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domingo, 6 de novembro de 2022

Diagnóstico e memória: o escândalo da fraqueza mental e a coragem de encará-la

Autoria: João Emiliano Martins Neto



Ontem eu assistia à uma live no canal de O Antagonista no site YouTube, o CD Talk, apresentado por Cláudio Dantas, no qual ele entrevistou o auto-intitulado filósofo Luiz Felipe Pondé e em certa altura ali da live Dantas se referiu aos dez anos de lançamento de um livro de Pondé, o Guia Politicamente Incorreto da Filosofia, um clássico brasileiro preparatório da obsessão política em que vivemos ou a sabedoria e os bons sentimentos serem coisas de "politicamente corretos" de esquerda. Ponto para a esquerda que é mais sábia e até mais cristã. Pondé referia-se que o que teria inspirado para escrever tal livro foi um certo General George Smith Patton Jr., o qual durante a Segunda Guerra Mundial em um hospital de campanha ficou escandalizado com um pobre soldado com uma crise de nervos, enquanto dava valor a um outro soldado que perdera as duas pernas.


Pondé, autor das "narrativas" ou ideologias de direita de nossa época das fake news ou pós-verdade já que em nossa època possivelmente de uma vez por todas a civilização e a sabedoria parecem estar sepultadas há muito sob sete palmos de terra. Nem menciono a Igreja Católica que deve ser alguma coisa de uma era geológica muito pretérita ou pré-histórica ou alguma coisa de algum universo paralelo. Pondé assim não enxerga que apesar do testemunho de fraqueza lamentável que possa ser um diagnóstico de fraqueza mental, e que com diagnóstico e memória a família do próprio soldado e ele mesmo deveria diante de sua condição ter se abstido de guerrear. Caso a família do soldado não fosse cega, incompreensiva e sem memória tal qual o é a minha família e até eu mesmo, alertados que fomos por um antigo médico meu psiquiatra que alertara há muito em uma consulta acerca do limite imposto para o trabalho a quem é doente bipolar que é o meu quadro clínico. Se não se quer ser católico, é ser inteligente, é ser minimamente humano eu acho que em qualquer época e sábio o reconhecimento sem escândalo insensato e com coragem que existe a fraqueza das enfermidades mentais. É, de fato, ao se reconhecer que a cabeça pode adoecer é ser inteligente e é também ser corajoso, é ter até mais coragem e fortaleza do que o soldado que perdera as suas duas pernas, no entanto, não perdeu praticamente tudo, a começar pela cabeça, ao ser doente mental. Patton que era nada menos que um alto dignitário das forças armadas de um país importante como a América, deveria conhecer bem o mundo e deveria ter encarado sem escândalo que há fraquezas mentais, em saúde mental, isso é fato queira ou não a pessoa mais preconceituosa do mundo muito mais um chefe militar. O general que pode até ser um politicamente incorreto tosco e burrão, porém, ele era são mentalmente, devendo, então, ter compreendido a situação do pobre soldado com crise de nervos com coragem, sem uma atitude tão incompreensiva, burra, cruel e de um senso comum de uma vulgaridade digna de qualquer homem-massa - Pondé na live em um lampejo de lucidez e honestidade definiu o que é o homem-massa politicamente incorreto promovido por ele nos últimos anos - bebedor de cachaça do boteco da esquina com ideias fixas e irrefletidas. Se tivesse sido sábio o tal general, ele teria sido mais corajoso e forte, além de compreensivo e bondoso. Não encarar que os nervos de homem algum são de aço é algo que se deveria aprender em casa, mas, talvez nos lares americanos protestantes seguidores da falsa religião protestante por sua falsidade e erro o protestantismo não ensine sabedoria alguma aos seus seguidores e os falsos pastores protestantes não ensinam ninguém a ser gente que o digam os falsos pastores protestantes que eu conheci em minha vida, em minha cidade de Belém do Pará, que com uma tal burrice crassa ou maldade mesmo beirando a psicopatia odiavam-me por eu ser doente mental. O general burrão ainda reclamou, junto com o com trejeitos homossexuais Pondé, de estar no século XX. Pondé disse se lamentando na live, imagine se Patton vivesse em nosso século XXI. Pondé no século idealizado por Patton, o XIX, talvez fosse condenado a trabalhos forçados, pois ele tem um jeitinho gay que não engana. A verdade é filha do tempo, disse um sábio, e parece ser verdade. Talvez antes, nós, doentes mentais, éramos um dos tipos de gente os mais incompreendidos no passado. Foi dissipada a partir do século XX em diante a névoa de burrice sobre a nossa condição.


É possível que diante do horror máximo que é a própria guerra a prova maior de sabedoria e coragem seja a de encarar a derrota quase que máxima que é a de um homem sofrer de uma doença mental. Porém, ideólogos como Pondé e os falsos pastores protestantes mais importantes do Brasil atual, eles padecem da realmente derrota máxima que é a falta de caráter com sua crueldade para fornecerem a "narrativa" psicótica ou melhor dizendo, psicopata, para darem poder e sem nenhum pudor a qualquer chefete tosco de direita como um Jair Messias Bolsonaro e que não conseguiu nem sequer se reeleger presidente nas eleições deste ano de 2022.

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