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quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Diagnóstico e memória: minha doença mental e um lembrete aos saudáveis preconceituosos

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Nestes dias de derrota da direita nas eleições 2022, direita que tinha gente hipócrita do tipo do falecido Olavo de Carvalho que era doente mental como eu e como tantos outros Brasil afora, ele que foi internado em um manicômio, eu fui internado duas vezes em manicômios. Ele foi internado no ano de 1977 e fugiu do mesmo, e ele ainda odiava a nós, doentes mentais. Direita que através do site de media watch de Olavo, o Mídia sem Máscara, os articulistas ali balbuciavam críticas - talvez ressentidas por eles quererem muito nos alijar do convívio social - contra nós, doentinhos. Ainda dentro de uma época de obsessão política que inspira a alguns de nós bem pensantes na internet. Época de obsessão em que a política popularizou-se, não é mais coisa apenas de uma aristocracia de esquerda fanática em chatas questões econômicas marxistas, a infra-estrutura do mundo seria na economia, conforme queria Karl Marx. É bom um doente mental como eu ter em mente, na medida em que a minha mente estiver por enquanto minimamente sã para expressar, o diagnóstico e memória: minha doença mental e um lembrete aos saudáveis preconceituosos muitos deles mesmo que não assumidamente seriam bolsonaristas no pior sentido da palavra e tratam, refiro-me por exemplo aos meus familiares, como se eu não tivesse doença, limitação alguma, e para ir mais além, reagem com violência diante de uma simples precaução perante a minha fraqueza mental como se eu fosse um criminoso. Ou como se eu não fosse frágil para o trabalho, diagnosticou um antigo psiquiatra meu, certa vez, diante do senhor meu pai, eis um testemunho importante de diagnóstico e memória. Eis o testemunho, nós, que sofremos do transtorno bipolar, segundo esse médico psiquiatra, somos fracos para o trabalho, que o diga uma profissão como a de advogado que nós, bipolares, gostamos muito, psicopatas perigosos do tipo de um falso pastor Samuel Câmara também prefere ser advogado. Nós, bipolares, em tal profissão de advogado acabamos semiloucos, na hipomania, segundo o meu antigo psiquiatra. Minha família, o senhor meu pai à frente, cobra de mim acima de tudo trabalho, é o materialismo nosso de cada dia, é a de cada dia ou até obsessivamente de cada instante reflexão pífia dos porcos, o materialismo a metafísica de galinheiro que o caracteriza dizia do materialismo o genial filósofo Olavo de Carvalho. Diagnóstico e memória, por favor, eu não sou o mais apto para o materialismo marxista do trabalho misturado à ética do trabalho protestante e o espírito do capitalismo da acumulação, cobiça, sede de lucro e ganância que domina o mundo. Visão empresarial que é uma das mais curtas de todas.


Os saudáveis preconceituosos que tem algo de bolsonarismo na pior acepção da palavra, porque eu mesmo sou um bolsonarista, votei em Jair Messias Bolsonaro no segundo turno destas últimas eleições 2022. Contudo, por favor, sem ser gado, sem ser um fanático tiozão do Zap fechando rodovias baseado em fake news e sem ser cruel ainda mais contra os mais fracos de todos os mais fracos de todos os fracos que somos nós, doentes mentais, cuja derrota existencial é a mais crassa e defintiva de todas para um ser humano, que é um animal conhecido por ser racional. Trata-se da própria loucura, o eclipse da razão, é literalmente uma morte em vida para um homem. Por falar em política, pelo menos com Jair Messias Bolsonaro na Presidência da República, que eu saiba, ele não abordou com muita ênfase a questão de nós, doentes mentais. A não ser eu citaria aqui de cabeça baseando-me em uma entrevista de Guilherme Boulos ao Dr. Christian Dunker, as chamadas comunidades terapêuticas dirigidas por pastores evangélicos. Todavia, eu acho que tais comunidades se referem, se eu não estou muito enganado, aos viciados em drogas, se bem que viciados em drogas e alcoólatras não raramente vão parar às pressas em hospitais psiquiátricos manicômios para tratar-se, o que é uma humilhação para eles. Na questão obsessiva da política dos dias atuais, certamente que os saudáveis preconceitusos de direita contra nós, doentes mentais, seriam os fanáticos do antigo site de media watch citado acima, o Mídia sem Máscara, tentando incitar aos senhores "bons da bola": sãos mentalmente, que eles deveriam castigar a nós, doentes mentais, mais do que já somos castigados por nossas enfermidades. Não querendo justificar, no entanto, à guisa de explicação, no passado os maltratos contra enfermos mentais nos antigos manicômios eram até a práxis diante da falta de medicamentos eficazes para pelo menos controlar os sintomas infernais que afetavam os doentes mentais que expandiam-se inevitavelmente para com os que com eles conviviam, realmente instaurando o inferno na terra.


Diagnóstico e memória, depois de três anos e dez meses de governo do Bozo miliciano e genocida que disse para parar de "mimimi" à uma a população brasileira inteira exposta a se contagiar com a Covid-19. Disse que era o Brasil um país de maricas para o povo com o Covid aí comendo no centro naquela época de pandemia e perguntava até quando o povo ficaria de frescura. Perante um diagnóstico e memória de doenças graves como a Covid-19 e as enfermidades mentais, Luiz Inácio Lula da Silva já prometeu que cuidaria de nós, brasileiros. Eu espero que ele desta vez roube menos e cuide mais, então.

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