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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Os evanjegues e os excluídos sexuais: fanatismo e desilusão amorosa

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Ontem eu estava novamente no famoso cinema pornográfico daqui da minha cidade de Belém do Pará, o Cine Ópera, e apesar da minha - na minha opinião - sensualidade e eu estar ali nu e abrindo as minhas partes íntimas só uma pessoa pertencente a um grupo seleto me sodomizou, mas, muito rapidamente, não chegou ao orgasmo, ele disse que o meu ânus é apertado e a camisinha, segundo ele, teria se rasgado. O grupo de homens a que ele pertencia e ele próprio depois me excluiu, contudo, logo no início uns dois homens ali queriam curtir comigo, um deles um corôa muito atraente, todavia, eu disse que acabara de chegar e ainda ia beber umas garrafinhas buchudinhas de catuaba que eu tinha comprado.


Eu acabei no final de tudo da minha estada excluído ali no Ópera, fui um excluído sexual, apesar de eu me insinuar para os homens ali, um deles ali riu do meu erotismo de abrir as minhas partes íntimas, as minhas nádegas, para conquistá-lo, será ridículo no final de tudo o erotismo? Seria o deus Cupido um deus menor? Eu acho que a não satisfação sexual pode gerar opções na vida como o ser fanático por ordem e limpeza, seria esse o caso de minha mãe perfeccionista? Seria o caso dos malditos evanjegues, os protestantes pentecostais ou neopentecostais que têm os seus pastores que gritam, que berram de seus púlpitos imperativos categóricos? Dane-se o real para eles, o dever ser é tudo e aos berros, isso seria sintoma de uma falta de sexo aguda e da mais alta gravidade?


A desilusão amororosa, quando não nos querem afetiva e carnalmente ou a repressão sexual, a fim de se propiciar a civilização e todo o bem que disso advém poderia gerar fanatismo religioso ou um apego quase que militarista a ordem e limpeza e aos imperativos categóricos aos berros dos pastores protestantes. A repressão sexual propicia a civilização a exemplo do amor a Deus sobre todas as coisas. Civilização ainda que com mal-estar, diria Sigmund Freud, contudo, ele era suspeito visto que pegou a própria cunhada, então, para ele era algo bem enjoado a civilização. E Deus seria algo como que de fato pouco interessante sexualmente, ainda mais para os evanjegues protestantes que não concebem nada de criado e natural como expressão do divino. Deus que é expressamente uma vacuidade para o bandido psicopata, aquele tal Samuel Câmara, líder da primeira seita Assembleia de Deus que surgiu no mundo na minha cidade de Belém, e se Deus seria uma vacuidade faltar-lhe-ia o corpo que para o qual se apegam os mais eróticos tipo eu e o bandido. Com a civilização temos o amor ao próximo, o próximo que pode ser bem desinteressante sexualmente, pode estar doente, muito pobre, pode ser feio, cheirar mal, pode estar afetado pelos mais baixos vícios, pode ser burro, ignorante, pode ser tosco, é um pobretão qualquer que o que é a civilização, no seu aporte cristão pelo cultivo do amor no sentido caritas, aí entraria o Deus cristão que é caritas, parece, portanto, ser o verdadeiro, o mais sublime e estaria acima de Cupido se o erotismo acabar ridículo, risível. A divindade cristã, chefe desta que chamamos de civilização ocidental manda amar o próximo, ajudá-lo.

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