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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Maldita inversão?

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Maldita inversão? Devo mesmo amaldiçoar a minha inversão, o fato de eu ser homossexual? Por mais que seja talvez, de fato, uma forma de desorientação a homossexualidade, o se gostar afetiva e sexualmente de alguém do mesmo sexo, visto que simplesmente fisicamente o homem foi feito para a mulher, o macho para a fêmea e vice-versa. Por mais que seja pecado, segundo a Igreja Católica, a homossexualidade, eu não posso negar o prazer e "bem", por assim dizer, que me causa a prática homossexual. Pelo menos segundo a Psicanálise eu estou certo em dar vazão à minha afetividade e sexualidade homossexual, visto que Sigmund Freud dizia que a falta de sexo na vida de uma pessoa seria uma forma de alienação. Apesar de que eu acho Freud suspeito a enfatizar tanto o sexo na vida do homem, visto que ele era um adúltero que tinha um caso com a própria cunhada.



Maldita inversão? Mas o meu sentimento e a minha inclinação afetiva, e eu diria mesmo que física são genuínas por pessoas do meu mesmo sexo, por homens. Realmente eu amo os homens em geral. Isso pode ser uma forma de alienação acerca de quem eu sou, isto é, que eu sou um homem? Será que o homossexual foge de ser quem ele é, que era um conselho que Friedrich Nietzsche dava? Talvez, porque nota-se o quão feios são alguns homossexuais que acabam afeminados, travestis, escandalosos e inconvenientes e até mesmo algo um tanto esquizofrênico tal qual seria o caso dos transexuais. Parece que a homossexualidade e para piorar transexualidade uma forma de estar fora de si, um tipo de alucinação e eu já soube de um psiquiatra e analista político, Heitor de Paola, ele dizer que a homossexualidade seria um delírio alucinatório. Não digo que eu duvido de tal diagnóstico, se queremos chegar à sabedoria não devemos ter viés nenhum e esperar que mesmo na confusão de informações e opiniões dos mais sábios e qualificados a realidade fale por si.



Maldita inversão? Bom, se eu não fosse homossexual talvez a minha vida espiritual de católico romano fosse menos atribulada, com menos tentação, com menos ida ao confessionário? Pode ser. Segue-se que um heterossexual se acha menos pecador? Só aí está chamando a Deus de mentiroso, diz São João. "As prostitutas e os publicanos vos precedem no reino dos céus," disse ninguém menos que o Senhor Jesus Cristo aos fariseus. Realmente, um homossexual é mais atacado e estigmatizado nem que seja pela reprovação popular e social, ele tenderia, portanto, só por essa casca sociológica de se achegar mais a Cristo do que um heterossexual que é visto pelo social como alguém até mesmo digno de elogios por ser o machão que faz sexo com todas as mulheres do pedaço, contudo, que, segundo a religião católica tal pessoa está pecando em um certo sentido com a mesma gravidade que um homossexual, no entanto, é evidente que a homossexualidade é mais grave não apenas espiritualmente, também segundo uma boa e reta razão.



Maldita inversão? É possível que sem a inversão homossexual eu não teria me aproximado da Igreja Católica, aproximado de Deus e mesmo que eu não fosse homossexual eu não teria conhecido certos homossexuais como um Clodovil Hernandes, Elton John ou o escritor Oscar Wilde que tinham alguma coisa de verdade, de luz e de instrução a dizer. Ainda não conheci nenhum santo que tenha sido homossexual, que justamente se santificou, que se divinizou tendo que passar pela prova de fogo terrível da homossexualidade.



Maldita inversão? Uma coisa eu espero que seja certa em minha vida que, conforme diz o versículo do salmo 50, que a sabedoria seja infundida no meu mais íntimo desde que eu seja sempre sincero e que com toda a minha afetividade, sinceridade, sentimentos, consciência e mais do que consciência, pensamento, segundo a filosofia do genial Olavo de Carvalho, que eu conheça por presença o real que fala a quem tem ouvidos de ouvir e que se mostra a quem tem olhos de ver que é quem sinceramente e docilmente aceita ser instruído, guiado, iluminado e moldado por ele.

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