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domingo, 26 de fevereiro de 2023

Estação fanatismo e fogo de palha: o trem da liberdade nos trilhos brasileiros

Autoria: João Emiliano Martins Neto


A esquerda se apressa em juízos temerários, horrorizada e temerosa, com o crescimento dos evangélico-protestantes no Brasil, contudo, não há o que temer. Haveria que se temer em um avivamento do catolicismo romano no Brasil e no ocidente. Segundo o protestantismo prevê, ele prevê um Estado laico com liberdade religiosa e de consciência para a inconsciência e loucura que é a coexistência do pluralismo de seitas díspares, denominações que compõem o protestantismo. O catolicismo romano, pelo menos o de antes do Concílio Vaticano II, prevê que só há uma religião revelada por Deus, portanto, verdadeira que é a Igreja Católica, a qual possuiria o monopólio dos meios de graça que são os mistérios ou sacramentos válidos, onde Deus está presente só nela nos sacrários na hóstia consagrada ali depositada que é fruto do mistério da Eucaristia. Tal religião é garantida, no limite, por um Estado confessional católico, autoritário ou até mesmo totalitário com no máximo uma tolerância às demais religiões, contanto que elas sejam vividas de forma privada, sem direitos civis às mesmas. O protestantismo, mesmo o mais insano que é o pentecostal ou neopentecostal, é o oposto disso, é liberal no final das contas.


A insanidade e a agressividade pentecostal ou neopentecostal é apenas o que eu diria que seria uma estação fanatismo e fogo de palha, um mero episódio maníaco bipolar fugaz restrito à um período histórico que com o banditismo alarmante atual de seus líderes está se esvaindo. Enquanto isso o trem da liberdade segue nos trilhos brasileiros agora avançadíssimo com a conversão do Brasil ao protestantismo. Se é que há liberdade entre escolher entre bem e mal, no entanto, um liberalismo espera pelo Brasil, a começar do liberalismo econômico pela ética protestante e o espírito do capitalismo. Também há o liberalismo político e mesmo nos costumes no pacote protestante, que foi o que houve na Europa, visto que o protestantismo não tem as raízes civilizacionais que vem de uma concepção realista de lei e direito naturais que resulta em um machismo, homofobia e hierarquia social e no trabalho que o Brasil aprendeu da Igreja Católica, pois que há seitas protestantes - incluso as pentecostais ou neopentecostais - que aceitam o pastorado feminino, são liberais, racionalistas, vazias na fé - o protestantismo por si mesmo é uma perda da fé e um vazio na fé - apóstatas, mais próximas o que se poderia chamar de cientificismo.


A esquerda sendo esperta saberá ter paciência com o furor e agitação protestante pentecostal e neopentecostal. Já, já ocorrerá o liberalismo apóstata que é da essência mesma do protestantismo, basta ver as seitas mais antigas do protestantismo que são todas francamente liberais. O protestantismo que prevê a livre interpretação da Bíblia Sagrada ou daquele livrinho adulterado que os protestantes usam como desodorante debaixo do sovaco. Já, já mulheres serão admitidas na função de pastoras em um largo número de grupelhos protestantes. A seita do bandido psicopata Samuel Câmara que é uma Assembleia de Deus, aqui em Belém do Pará, já o admite. Depois vem a aceitação do pastorado de homossexuais praticantes, por fim há de vir a desmitologização do cristianismo e estará tudo acabado com o ateísmo e materialismo querido pela esquerda instalado de vez no Brasil.


A verdadeira inimiga é a Igreja Católica, pelo menos a do passado de antes do Vaticano II e não esta Outra atual onde houve nela o seu 1789. A esquerda precisa ter paciência histórica. Depois do episódio maníaco vem a depressão e se na depressão os evangélicos cometerem suicídio, é algo que se espera de um episódio depressivo e de fim de uma farra nada espiritual, mas de insânia, pois que é puro epifenômeno psicológico, doideira, o pentecostalismo ou neopentecostalismo, talvez assim seja com relação ao protestantismo como um todo.

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