Autoria: João Emiliano Martins Neto
A adúltera e Jesus Cristo |
Vagabundo, bichona, porco podem ser consideradas algumas críticas que o senso comum clama e brada aos céus por vingança pelo menos aqui na parte da terrinha brasileira onde eu vivo, mais especificamente em Belém do Pará. Ouve-se até doer os ouvidos os clamores e brados dos fariseus hipócritas que não têm pecados, pelo menos pecados públicos, ecoarem nas ruas e nas praças a atacarem os ditos vagabundos que o são os que por algum motivo, talvez preguiça, doença grave ou desorientação mesmo. Bichona é o brado, grito a plenos pulmões que vem dos santarrões que na calada da noite saem com travestis ou traem a esposa com várias mulheres com desde olhares libidinosos às saias, pernas e bundas femininas, as vezes masculinas, que desfilam nas ruas, ou seja, gente que desafia o nono mandamento que diz para não se desejar a mulher do próximo. Porco é o que dizem os implacáveis que tem a paciência que Fernando Pessoa não tinha em tomar banho.
Fausto e Mefisto por Anton Kaulbach |
Porém, eu acho que não se deve ir contra o senso comum, a não ser que se queira agir como Fausto que vendeu a alma ao demônio chamado Mefistófeles em troca de tudo saber, ter o conhecimento do bem e do mal certamente para ser como Deus, a velha tentação da antiga serpente (Gênesis 3, 4). Não devemos dar uma de "iluminados" conforme querem os esquerdistas que gostam de dizer que a direita é burra, sem dúvida alguma porque o pacto da esquerda com Mefistófeles já foi feito.
Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra (São João 8, 7), disse Jesus Cristo para livrar a adúltera de seus implacáveis acusadores. Que mesmo em nossa época pós-cristã em que predomina a filodoxia de um esculhambador geral da Filosofia como Friedrich Nietzsche em sua ideia de impor ao homem os ditames dos instintos e do inconsciente ou em nossa época pós-cristã na qual é dado como louco quem fale em salvação da alma, contudo, que mesmo assim ecoe a palavra de Cristo para aqueles inclementes fariseus que recuaram de lapidar a adúltera afastando-se da cena do assassinato iminente que praticariam a começar pelos mais velhos (São João 8, 9), certamente que velhos encarquilhados na prática de pecados ocultos.
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