Autoria: João Emiliano Martins Neto
Davi e Jônatas |
Em minha postagem passada aqui neste meu blog eu mencionava que desde a época de Moisés (Deuteronômio 24, 1-4; São Mateus 5, 31), ou seja, desde a mais remota antiguidade, se ficarmos só no mundo judaico-cristão, os heterossexuais já reinvindicavam o direito ao divórcio. Jesus Cristo sempre foi contra o divórcio, segundo a letra da Bíblia Sagrada somente seria permitido o divórcio em casos do que é chamado no original grego do Novo Testamento de "porneías" (παρεκτὸς) em São Mateus 5, 32, que pelo próprio étimo da palavra referiria-se ao divórcio ser permitido no caso do parceiro ser dado à uma forma de sexualidade prostituída, sem fidelidade à uma boa consciência ao casar, pois o casamento válido na Igreja Católica é algo contraído livremente, aberto a ser consumado pelo sexo e aberto à vida ao contrário de um "matrimônio falso" que são as palavras usadas na tradução católica corrente da Bíblia ou na tradução protestante da Bíblia seria permitido o divórcio no caso de adultério.
Eros |
Parece que os heterossexuais há muito querem distância uns dos outros e não é raro o discurso mútuo depreciativo, seja feminista ou machista, absurdos, que homem e mulher tem um em relação ao outro. Não é raro em grandes cidades do ocidente moderno ou pós-moderno avançado um homem dizer um "oi" à uma mulher e ele ser dado como louco propenso a um processo judicial por assédio sexual ou moral. Parece haver na heterossexualidade uma incompreensão e repulsão mútuas, poderia-se chamar de pulsão de morte, a Thánatos heterossexual. Enquanto é impressionante o quanto o relacionamento homossexual é algo mais dado ao deus Eros em que há pertença um ao outro, que o diga o relacionamento entre o santo rei Davi e Jônatas (1 Samuel 18, 1-4; 2 Samuel 26, 27), filho do arquirrival de Davi, o rei Saul, não que eu tome como necessariamente homossexual a amizade que havia entre os dois, já que se o relacionamento de Davi é conforme a letra da sabedoria bíblica maior que o amor entre homem e mulher, portanto, todo o relacionamento meramente erótico e sexual fica aquém da verdadeira amizade ou em termos cristãos o amor ao próximo como a si mesmo, o amor dos irmãos cristãos na Santa Igreja. Na homossexualidade há uma necessidade mesma um do outro até ao ponto da, infelizmente, idolatria e relativismo, o que é um erro crasso, visto que Deus não divide a sua glória com outrem (Isaías 48, 8), todos devemos ser tributários a Deus, amá-Lo sobre todas as coisas e devemos ser beneficiários da Fé e o relativismo é um erro que cega o homem, no mínimo fazendo o homem pensar covardemente como um filósofo Martin Heidegger e um outro filósofo, ou sofistas, José Ortega y Gasset, que pensavam que o homem é muito mais covardemente a sua circunstância do que ele mesmo, conhecimento de si que de resto permanece oculto por causa do ateísmo e do relativismo.
Thánatos |
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