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segunda-feira, 9 de maio de 2022

A autoridade que não ousa dizer o nome

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Eu assistia a um vídeo daquele ser lamentável, e lamentável que o diga não um padre ou um pastor e sim uma psiquiatra minha que elogiou-me por eu não vestir-me de mulher ainda que eu seja tão homossexual quanto tal ser lamentável, uma travesti ou drag queen, chamada Rita Von Hunty, pseudônimo de Guilherme Terreri Lima Pereira do canal Tempero Drag do site YouTube, em que ela falava sobre se é pecado ser LGBT. Chamou-me a atenção o fato dela colocar algo como autoridade, que viria sempre das religiões e por isso tal argumento não valeria, como algo abaixo do que sejam as referências e o empirismo próprio da Ciência e que seria circular e autoritária o que possa vir de saber das religiões, em especial o cristianismo que é a religião mais influente aqui no ocidente.


Mas, eu me pergunto, a Ciência se é feita por homens e se são os homens que com sua experiência do mundo compõem o que é o empirismo não é também circular e autoritário o que vem sempre de homens? No fim das contas a autoridade, sim, a autoridade está presente e vem de homens, vem do novo clero, o clero moderno, a comunidade acadêmica. Ao que se nota há aí uma autoridade que não ousa dizer o nome. Se antes era o clero católico ou protestante com a autoridade da Igreja Católica fundada por Deus ou pelo menos a autoridade vinda do que é chamada de Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, na modernidade vale um clero laico como autoridade e o que é pior que não se pretende autoridade, contudo, são poucos os que poderiam ter os anos de estudo de especialistas acadêmicos para não crerem no que eles dizem e escrevem. Só algum psicopata ou alguém muito vaidoso e arrogante beirando a psicopatia ousaria desafiá-los na autoridade que eles têm, sim, em suas especialidades.


Rita von Hunty de forma radicalizada, mas, nós, ocidentais desde o surgimento da Filosofia há mais de 2500 anos na Grécia, temos por autoridade, sim, autoridade, a autorreferência de nós mesmos, dos homens quando rompemos com os deuses ou com Deus e com o mito, as metanarrativas a exemplo da Bíblia Sagrada ou a exemplo das mitologias de povos egípcios, gregos, germânicos, indígenas amazônicos e de tantos outros povos que de longe explicam, ainda que de forma poética, de forma muito mais luminosa e literariamente valiosa sobre o mundo e que se reportam a arquétipos que seguramente seres sobrenaturais e fantásticos como anjos, os deuses ou o prórpio Deus deram-nos a desvendar algo sobre o mundo, algo da sabedoria. Resta para a nossa pobre ciência e classe acadêmica é ser autorreferente, circular, tautológica e alguns desses professores e cientistas na penumbra, hesitação e timidez de seu ceticismo, ateísmo, materialismo e dúvidas não conseguem nem vir a lume nos jornais, revistas, sites ou a um site YouTube para comunicar-nos as suas descobertas, falta-lhes sabedoria, além do dom da palavra, a retórica.

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