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domingo, 10 de abril de 2022

Eu, traidor?

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Para que se diga que eu seja um traidor eu teria de recordar de já ter ter firmado algum compromisso com algum grupo ou comunidade, quase uma seita, na Igreja Católica, atual, que são certos grupos tradicionalistas católicos ou da renovação carismática católica. Não que eu deixe de achar interessantes certos postulados tradicionalistas da Igreja Católica pré-Concílio Vaticano II, que era uma Igreja Católica com uma clareza e luminosidade doutrinária maior e litúrgica apurada. 

 

Digo isso, porque ontem em uma livraria católica, a Paulinas, daqui da minha cidade de Belém do Pará, ali na antiquíssima Rua Santo Antônio no bairro do Comércio, que hoje é um bairro que faz jus ao nome da forma mais tipicamente mesquinha, brega belenense, pois é uma rua cheia de camelôs, pobretões que vendem bugingangas adulteradas, de valor reles, gente que deveria voltar a serem camponeses. Eu conversava com um membro do cabido metropolitano daqui da Arquidiocese de Belém, conversava com um cônego, o cônego Sebastião Fialho, e talvez como um traidor eu criticava os tradicionalistas.


Eu dizia ao cônego, repetindo o que um outro membro do Cabido Metropolitano de Belém, disse para mim, perguntando-me, era o cônego Vladian Alves, o meu pároco da Igreja Matriz da Santíssima Trindade aqui na capital do Estado do Pará,  perguntava-me ele diante da revolta dos tradicionalistas católicos, será que estavam todos loucos aqueles padres reunidos com o Papa à época do Sagrado Segundo Sínodo do Vaticano para quererem a Igreja Católica mais modernizada que se tem hoje?


Houve, entre inúmeras outras mudanças, com o Vaticano II uma simplificação litúrgica com a Missa Nova do Papa São Paulo VI para uma maior participação dos fiéis que não acorreriam à Missa que é a celebração eucarística, culminância da religião cristã, não mais acorreriam como mudos e distantes, alienados e meros assistentes de um culto e houve, por exemplo, o ecumenismo, onde a Santa Igreja Católica mesmo dizendo que é necessário à salvação perseverar e militar sendo católico romano, contudo, não quer a extinção física dos prédios, por isso muito menos a perda de direitos, por assim dizer, políticos das comunidades protestantes, outrora chamados de hereges e desde o Concílio chamados de irmãos separados. E que era para os católicos verem algo de exímio e verdadeiro no protestantismo quanto a algo relativo à Fé e para evitarem todo juízo depreciativo e temerário com relação a eles.


O cônego Sebastião é um exorcista daqui da Arquidiocese de Belém, ele não comentou nada acerca do que eu dizia para ele, só olhou bem nos olhos quando eu mencionei o que me disse o cônego Vladian. Se foram sábios os indevassáveis para qualquer homem comum os pensamentos do cônego exorcista acerca do que eu dizia para ele, certamente o Diabo em uma sessão de exorcismo não terá do que acusá-lo. No entanto, nenhum de nós perde por esperar, dia chegará, no Último Dia, o dia do Juízo Final, quando os mais secretos pensamentos maus e pecaminosos serão vistos de todos, serão vistos de todos a nossa falta de buscar a verdadeira luz que é Deus para entender através do tempos a sabedoria que é imortal que foi o que a Igreja Católica com os papas São João XXIII e São Paulo VI de gloriosa memória tentaram inserir, adaptar tal sabedoria eterna ao tempo e época moderna ou contemporânea concreta em que vivemos, assim atualizando o catolicismo para que o mesmo não fosse algo antiquado e do passado, morto.

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