Eu gosto de Satanás, pois livrou o homem da vida feliz, mas imbecil do Paraíso, ou seja, sem provar o fruto do conhecimento do bem e do mal.
O homem só tornou-se homem, racional, graças a Satã. O homem deu-se conta que estava nu, como uma criança tola e inconsciente e começou-lhe a cultura ao coserem folhas para vestirem-se.
A razão é o ingresso na maioridade. O homem foi expulso do Paraíso, e Deus mesmo o confessou, porque chegara à maioridade, tornara-se como Ele, Deus, ou como os seus sacerdotes, conhecedor do bem e do mal.
Com a religião matar-se-ia menos como ocorreu na época da Revolução Francesa de 1789 com a entronização da deusa razão humana, é evidente, mas ao preço da menoridade,. Enfim, bem-vindo, meu amigo, a um traço da maioridade que é a descoberta da face trágica do mundo.
Parece evidente que a compreensão totalizante do mundo dada pela religião é tranquilizante e plena de significado, mas quando colocamos a cabeça para funcionar vemo-nos longe do jardim de Deus. A menos que renunciemos a razão, o mundo pode mostrar-se bem feio, ainda que com alguma beleza acidental.
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