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O que um filósofo estuda? | Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho   " Um filósofo não estuda autores e textos. Estuda problemas, estuda a realidade, estuda a existência e seus enigmas...

sábado, 1 de novembro de 2025

Desmentido materialista?

Autoria: João Emiliano Martins Neto 



Olavo de Carvalho em uma de suas aulas magistrais sobre o período vil helenístico da filosofia quando um Diógenes de Sínope acaba como um porco mendigo cercado de cães masturbando-se em público, na rua, depois do coroamento para filosofia que foi um Aristóteles, diz Olavo que uma pessoa normal seria espiritualista e materialista ao mesmo tempo, depreendo que conforme o caso, a circunstância. Haveria mesmo um desmentido materialista, ao sabor das circunstâncias, penso eu, ao espiritualismo que é a minha filosofia da história como uma meta-história?



A opacidade, reducionismo e cárcere determinístico materialista, pois são essas as propriedades do materialismo, desmentiria assim o materialismo à uma concepção espiritualista com uma verdade indestrutível como a verdade e dogma da fé divina e católica que ilumina todas as circunstâncias fortuitas da vida a quem for forte para sustentar o dogma? É de se notar en passant que o meu espiritualismo meta-histórico é um cristianismo meta-histórico presente em toda a história humana de todos os povos e tempos desde o Éden. Desmentiria o materialismo aquela liberdade interior ante toda a opressão, seja política, dos vícios, das paixões, do jogo de aparências, hipocrisia sociais, contra o medo. Seria a imposição do desejo e apenas desejo de poder de um sujeito absoluto tão propriamente moderno, cartesiano que ignora-se a si mesmo? Desmentiria o materialismo a boa e sã moralidade que diz que o homem,  protagonista e ser mais excelente neste mundo sensível é responsável e livre até o fim por suas escolhas, apesar do fogo intenso das paixões que o assole?




Sabe-se como Olavo de Carvalho acabou em total desgraça - só não acho muito provável que ele foi para o inferno pois recebeu os mistérios no leito de morte - um psicopata, amoral, maquiavélico em sua defesa política, restando ele miseravelmente ideológico, um cérebro doente que ele foi a um delinquente como um Jair Messias Bolsonaro. Para Olavo convinha uma união dos filhos da luz com os do Belial materialista em vista do poder pelo poder e sem nenhum pudor. 




Olavo de Carvalho que na voragem de sua defesa indefensável de Jair disse que tudo para os loucos onipotentes políticos, tudo é ideologia, pois não haveria certeza "matemática" de nada no mundo. Bom, mas, o próprio Olavo ensinou isto certa vez, de que se a lógica teria a ver com a matemática e se no princípio era o Logos, segundo São João Apóstolo lembrado por Olavo, o princípio, o principal, o Rei e Rei dos reis é Jesus Cristo, o Logos, que impõe como coisa certíssina o dogma católico apostólico romano. Coisa certíssima, matemática. Cabe aos sãos reis deste mundo deporem as suas coroas perecíveis aos pés do verdadeiro Rei e pararem com suas vontades nietzscheanas de poder mimadas, loucas tendo uma mente maligna por trás como a de Olavo de Carvalho, um homem que foi um vigarista em tudo em sua porca vida.

Rio 40 graus

Texto infra que não foi escrito por mim, mas muito revelador da parcialidade de nossos desgovernantes brasileiros encapetados no combate ao mal. Encapetados pela ganância capitalista onde em uma Faria Lima vive-se da usura do dinheiro que multiplica-se e que se dane a necessidade humana por bens e serviços, por isso pode matar-se - como nesta chacina de 2025 nos favelões do Alemão e Penha no município do Rio de Janeiro - nas favelas e periferias os pretos, os travestis, os transexuais pisando no chão com sandálias recrutados pelo tráfico pelos barões do mercado financeiro.


Imagem retirada do Facebook da página Anarquismo - Liberdade 



A imagem sintetiza uma ferida aberta do Brasil: a violência seletiva e o peso desigual da lei.



Enquanto nas favelas o “combate ao tráfico” se traduz em chacinas, balas perdidas e corpos de gente pobre e preta, nas avenidas de luxo o tráfico de verdade, o do dinheiro sujo, da evasão fiscal, da lavagem e da corrupção estrutural, é blindado por terno, status e influência. A mesma sociedade que aplaude o extermínio nas periferias, faz silêncio cúmplice diante dos crimes sofisticados de colarinho branco.



A chacina na favela não é um “erro operacional”, é um mecanismo de controle. É a forma como o Estado mantém territórios pobres sob medo, enquanto o verdadeiro poder, econômico e político, continua intocado. Não se trata de defender bandidos, mas de exigir coerência: se há guerra às drogas, por que só há sangue de um lado?



Enquanto a morte faz ronda no morro, a vida toma sol na Faria Lima. Essa é a face mais cruel da desigualdade, um país onde a justiça tem CEP, cor e classe.

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