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Olavo de Carvalho   " Um filósofo não estuda autores e textos. Estuda problemas, estuda a realidade, estuda a existência e seus enigmas...

sábado, 3 de agosto de 2024

Eu ainda sou olavete?

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Não, eu não sou mais olavete. Não posso mais ser olavete depois de bem informado por uma longuíssima live de Mateus Schneider Larsan no site YouTube, um sedevacantista, um pobre cismático, que mostrou bem o gnosticismo de Olavo de Carvalho. Eu até em postagem anterior escrevi que "nós, olavetes", deveríamos ocupar espaços, porque eu tentei desculpar a falsa sabedoria gnóstica que coloca o homem como ecumênico radical, Olavo dizia-se ser assim, pois para a gnose o sábio não prenderia ao que seriam formas "exotéricas" das religiões o que é decididamente impossível no cristianismo onde Deus revela-se trino e uno: Pai, e Filho, e Espírito Santo. Onde há outra religião que sendo monoteísta não caia senão no unitarismo de falsidades como judaísmo e islamismo ou alguém que sabendo das três pessoas divinas cristãs: o Pai, o Filho, e o Espírito Santo sendo ao mesmo tempo um só Deus não vá pensar que é um politeísmo tipo hindu? E qual é a religião onde Deus fez-se homem em Jesus Cristo e Ele mesmo disse que os que vieram antes dele eram ladrões e salteadores (São João 10,8)? O cristianismo é exclusivista, é pegar ou largar.


Como ser olavete e por isso gnóstico sem ser assombrado pelo espectro do deus maligno demiurgo que os gnósticos são ousados em blasfemar dizendo que ele seria o Deus Pai cristão, Jeová que é um só com Jesus Cristo e com o Espírito Santo? A assombração vai longe, o Máscara de Ferro ou o outro nome do demônio que perturba o médium espírita Divaldo Pereira Franco, com Olavo de Carvalho depreciando as argumentações, a razão e suas representações no pensamento humano, que seriam lá no fundo da mente gnóstica de Olavo a obra do demiurgo quando a graça não destrói a natureza, mas a aperfeiçoa que é um ensino teológico católico romano bem antigo, por isso eu digo e repito filosofia de verdade é a teológica católica. Não que Olavo não faça de forma brilhante a defesa gnóstica que ele faz, filósofo gnóstico que ele o é. Uma filosofia do gnosticismo que teria feito Olavo, Mateus Larsan não a vê (escrever "ver" é bem gnóstico por superar a razão dada pelo demiurgo) gnose filosófica em Olavo de Carvalho ele só refere-se à gnose como heresia. Paradoxalmente para atacar a razão e o trabalho filosófico por conceitos ele usa a razão, os conceitos, Olavo argumenta e muito de maneira prolixa e sempre parando para bebericar alguma coisa, comer pipoca até derramar-se todo dela e fumar.


Não é possível ser olavete a quem queira ser católico e mesmo a quem queira um pouco de sanidade sem condenar a sua pele, sem condenar a sua razão como uma prisão de seu espírito, prisão feita pelo demiurgo.

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