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sábado, 13 de abril de 2024

O inferno humanístico de Dignitas infinita

 Autoria: João Emiliano Martins Neto


Imagine que agora, referendado pela declaração Dignitas infinita, recentemente no dia 8 de abril de 2024 editada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé da Santa Sé, o inferno humanístico pode-se ter instalado de uma vez por todas no mundo. Não podemos mais livrarmo-nos de certos seres humanos nefastos, o qual se pode dizer que se eles têm, como todo homem o tem, algo de infinito dada a sua alma imortal que há de durar mais do que o universo que um dia há de se acabar, se há uma dignidade ontológica no homem a indignidade dos atos morais e existenciais pode fazer o homem merecer proporcionalmente à sua excelência, abaixo da dos anjos, merecer junto com os anjos maus o inferno depois deste século e já nesta vida merecidamente castigos corporais, prisão, miséria, infâmia, fome, tortura e até mesmo a pena de morte.


Até Deus tem um inferno: é o seu amor pelos homens, dizia com alguma sabedoria e com alguma sabedoria psicológica que lhe era própria Friedrich Nietzsche que talvez esteja merecidamente no inferno ele que foi ideólogo dos políticos corruptos e todos os corruptos que querem junto com Nietzsche a expansão e realização da vontade de poder ao arrepio dos princípios metafísicos, teológicos espirituais e da reta razão para uma boa filosofia. Na verdade a idolatria ao homem, o temor servil ao homem é o inferno ao próprio homem quando fraco, covarde, ignorante que acaba refém dos homens maus. Deus não tem inferno algum para Si a não ser o lugar chamado inferno onde Ele pode mandar uma alma humana para a punição eterna e fim de papo, que vá se lascar lá com o diabo para sempre. O problema é o inferno humanístico de Dignitas infinita envenenando o mundo e em particular o ocidente onde um pelo menos bom Papa, nem digo santo, deveria ser o seu Patriarca, título renunciado pelo tristemente papado de Bento XVI, ele que eu já ouvi dizer que era 99% protestante, o qual por temor servil ao homem cabeça-de-toalha muçulmano deste mundo senhorzinho cruel, barbudo e enfezado, Bento recuou de sua palestra em Regensburg dizendo que o ídolo islâmico é o mesmo Deus católico trino e uno.


Sem querer cair no reducionismo materialista economicista esquerdista a questão do homem reizinho absoluto deste mundo recai muito no capitalismo, no livre-mercado e livre-comércio entre as nações seja a do petróleo árabe dos cabeças-de-toalha, seja ao Swift dos bancos que um Vladimir Putin, se eu bem me recordo, já conseguiu contornar para a soberania de sua Rússia enxovalhada desde a Revolução Russa de 1917 e agora por ele mesmo enxovalhada em dialética marxista, da parte de um ex-agente da KGB que é Putin, agora dizendo-se "conservadora" como ratoeira para incautos direitistas. Seja na prosperidade capitalista como um todo o que importa na verdade são os negócios. Nega-se o ócio, nega-se a reflexão profunda, o que há nos estudos filosóficos são muito mais apologistas, historiadores e filólogos, sob este aspecto econômico que é importante, para não se cair no reducionismo, e o inferno humanístico instala-se no mundo, o ciclo dos renascimentos, pegando aqui uma linguagem budista, reinstaura o desejo, o inferno do eu fechado em si mesmo, e por isso refém da própria contingência, da vaidade e das aparências que não se deixa desaguar no oceano da sabedoria divina coisa que uma boa confissão sacramental resolveria de vez.


Sapientiam autem no vincit malitia. Contra a sabedoria o mal não prevalece, na prática onde incide a sabedoria um chega para lá em certos seres humanos malvados sempre há de acontecer no mundo pelo menos da parte do homem comum, o homem lá da feira do Ver-o-Peso daqui da minha cidade de Belém do Pará por exemplo que sente o peso-pesado de sustentar a vida. Tal homem hoje largado a si, inclusive na Santa Madre Igreja Católica, por uma elite seja clerical, seja mundana subintelectual completamente alienada e auto-satisfeita, unidimensional, que aproveita das benesses do capital tomando um cafezinho ou bebidas caras em restaurantes, em mesinhas burguesas ou pequeno-burguesas na porta da Tudo Conveniência aqui na capital do Pará, e em barzinhos chiques nas grandes cidades. 

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