Autoria: João Emiliano Martins Neto
Bernardo Pires Küster, aquele sujeito dublê de católico, o extremo oposto de São Bartolomeu (Natanael), o israelita sem falsidade segundo dele testemunho o próprio Senhor Jesus Cristo (São João 1, 47). O tal Küster que é o bandido comum que comprou um sítio e um carro de desvio do dinheiro que a ele doaram para que ele fizesse um filme mal feito dele, Eles estão no meio de nós, filme que parece que foi feito com câmera de celular, bem reparou Nando Moura, ele teria dinheiro, penso eu, para filmar até mesmo com uma Panavision. Esse tal elemento em um vídeo recente comentando a declaração Dignitas infinita, ele quis destacar a cristologia da união hipostática que é a união das naturezas humana e divina na pessoa divina do Senhor para justificar a idolatria, a mega heresia da declaração referida recentemente publicada pela Santa Sé. Ele faz uso daquela expressão meramente poética, literária de na encarnação do Verbo, Jesus teria elevado a humanidade às raias do divino, o que é claro que pode ser a divinização do homem, a teósis, participação na natureza divina (II São Pedro 1, 4) de que fala São Pedro, no entanto, o homem é sempre homem.
Sem cair em um monofisismo que é a heresia coopta egípcia de achar que a natureza divina de Cristo teria engolido a natureza humana, mas, é bom lembrar que o Redentor é humano-divino sem separação onde o fulcro de nossa salvação é a carne (caro salutis est cardo), é a divina-humanidade dele, porém, não há mistura, não há confusão, miscelânia. Ora, a humanidade, a carne, pode ter o seu próprio caminho torto que ela optou por trilhar, apesar de em condições normais a doutrina da fé divina e católica romana possa ter-lhe chegado aos ouvidos de alguma maneira. No caso de Cristo é sabido que Ele já tinha a visão beatífica ainda em seus dias neste mundo e Ele mesmo é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A divindade, sim, é o que há de infinitude em Cristo que não há em nós, homens vulgares, eu entendo infinitude propriamente, ressalvando-se que o homem poderia-se até dizer que tem algo de para além do finito por ser imortal, contudo, não é incriado, o que constituiria a infinitude formaliter. Inclui-se nessa predicação limitada, humana, os menos vulgares daqueles de nós, mortais, que sejamos pelo nosso testemunho de santidade e sabedoria ou ao menos por prática de penitência e amor diligente à busca da sabedoria. E tal infinitude é algo de muito além do que a mera humanidade que é o que o Senhor tem em comum conosco. A união hipostática, portanto, é contra Dignitas infinita, não sendo tal união uma desculpa para elevar o homem para muito além de suas tamancas mesmo no caso dos santos quanto mais no caso dos pecadores ainda mais os contumazes merecedores com justiça de infâmia, corrupção, miséria, fome, pena de morte, tortura, castigos corporais.
A união hipostática por prever a distinção entre o humano e o divino preservou mesmo em Cristo a humanidade, o que é a vacina contra a peste do erro monofisita, pois que Ele cresceu em sabedoria, estatura e graça (São Lucas 2, 52). Ele espantava-se ante a incredulidade (São Marcos 6, 6) e por antítese a fé alheia (São Mateus 15, 28). O Senhor que chorou (São João 11, 35) ao saber da morte de São Lázaro de Betânia. Os homens vulgares, pecadores contumazes, e certamente eu sou o maior desses tais grande pecador que eu sou, persistimos na ignorância tornando-a dolosa ou culposa, não pedimos a Deus que nos cure de nossa perversa e idolátrica incredulidade, e o Cristo quando tentado resistiu ao demônio (São Mateus 4, 1-11) bem como quando na sua agonia mortal no horto das oliveiras, Ele poderia ter feito a sua vontade pessoal e ter desistido de sua missão salvífica, mas Ele fez a vontade do Pai (São Mateus 26, 39) ao contrário de muitíssimos de nós, pecadores quaisquer habituais, não raro covardes, e eu sou um grande, gigantesco covarde.
Se a união hipostática prevê união, também prevê distinção e nada de confusão. Nós, homens, somos somente isto: homens. O Senhor Jesus Cristo não elevou a nada de infinito e absoluto, em divino, a mera humanidade - repetindo há distinção e nada de confusão na união hipostática - em sua pólis, tribo, ajuntamento, aldeia, país, nação, comunidade. Não adianta ir muito acima das sandalinhas, não há mistura do divino com o humano nem em Jesus e nem muito menos em nós, humanos, ai de nós, pó e cinza que somos e que vamos passar, não raro somos merecedores da punição eterna.
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