Autoria: João Emiliano Martins Neto
Para os materialistas históricos e dialéticos marxistas a verdadeira consciência humana seria a mais animal possível. Seria apenas a consciência de suas necessidades básicas, alimentação, abrigo, defesa contra predadores e tribos inimigas. Para o espiritualismo histórico e dialético a verdadeira consciência humana se dá por aquilo que é genuinamente humano tocando o angélico que é a consciência de que as primeiras coisas, Deus, a alma e o mundo, as questões espirituais, vem em primeiro e são mesmo as primeiras coisas, apesar de que as últimas a elas se opõem bem disse o Filósofo (Aristóteles).
Não havendo para Karl Marx e Friedrich Engels as chamadas ideias eternas de justiça e liberdade, por exemplo, mas, elas sendo fruto de um contexo social, histórico e econômico, a consciência humana jaz no risco da enloquecer, dado que os materialistas parecem não saber o que é matéria que na verdade só pode ser conhecida pela forma, segundo a noção de patamar filosófico, conforme bem mostra outro grande filósofo, Olavo de Carvalho, a que chegou o Filósofo macedônio em sua genialidade. Conhecemos algo pela forma ou fórmula, diz Carvalho. Uma mão cortada deixa de ser uma mão, já, já, apodrecerá e não será mais nada, assim como alguém que morreu deixa de ser o Seu Fulano de Tal e o que ele era é apenas o corpo de Seu Fulano de Tal. Os materialistas não se dão conta deste problema do patamar filosófico, ainda que o Filósofo tenha descido do céu das formas eternas de Platão, o seu mestre, para o chão deste mundo onde mesmo aqui, diriam os marxistas burros que na materialidade, se pode chegar ao universal. Pode-se chegar às primeiras coisas, tal ideia está na Metafísica do Estagirita que o marxismo nega colocando as relações materiais econômicas acima de tudo e um espiritualismo histórico e dialético a reconhece.
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