Autoria: João Emiliano Martins Neto
Quando a raiz de amargura, revolta e blasfêmia: ódio a Deus cujos frutos de tal árvore enraizada na alma humana são podres e empesteiam com o seu terrível odor o mundo além de contaminá-lo mortalmente. Quando tal árvore falece o desespero do mundo faz-se presente, o amor cristão brota, muitas vezes depois das chuvas de lágrimas, no coração humano. O dar a outra face quando a primeira for batida, conforme ordenou o Cristo Jesus, o tudo desculpar, o não ressentir-se do mal sofrido, a paciência, a bondade, consoante recomendou São Paulo em sua carta aos coríntios, o saudar os adversários, tal qual ensinou Jesus, porque até os gentios saúdam os seus irmãos, mas qual é a recompensa genuinamente espiritual que eles obtém? Nenhuma, pois esperam tudo ainda do mundo. Amar os inimigos, outro ensino de Jesus Cristo, tudo isso torna-se possível quando o ímpeto conquistador deste mundo perde o sentido no instante em que morre a raiz, árvore, flor do mal e fruto podre de amargura, revolta e blasfêmia que todo homem ferido pelo pecado original traz em si.
Neste tempo de Quaresma não há dúvida que os exercícios espirituais de esmola, jejum e oração apressam a morte dessa árvore má que brota do coração chagado do homem. Com isso as ilusões deste mundo que passa com sua vaidade se desfazem. O cristianismo verdadeiro é o desespero em relação a este mundo que inspirado pelo diabo, o senhor deste século, semeia no coração do homem, terreno fértil por seu coração ferido pelo pecado, tal árvore do mal.
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