Autoria: João Emiliano
Martins Neto
Resumo: Se os direitos
humanos são para apenas humanos direitos, como quer a direita atual
um tanto farisaica, quem é este humano tão direito e perfeito? O Estado, a sociedade e o mundo inteiro voltarão
a ser o Estado, o mundo, enfim, dos tempos pré-cristãos em que não
havia a misericórdia, o perdão e a compreensão humana como a
entendemos, hoje, em tempos e em um Estado, ainda que laico, influenciados pelo Evangelho de Cristo?
Direitos humanos para humanos direitos é uma frase muito comum usada nos últimos tempos pela direita nova que ressurgiu no Brasil dos últimos tempos em suas disputas políticas. Bom, é verdade que São Paulo, o Apóstolo, é muito claro na Bíblia Sagrada, em dizer que a autoridade porta a espada (Romanos XIII, 4b) e espada parece evidente que é um instrumento para aplicar uma pena até mesmo de morte contra os maus ou para pelo menos impor-lhes uma grave ameaça bem longe da indulgência que o moderno Estado de direitos de hoje tem oferecido. No dia 19 de agosto de 2020, eu fui ameaçado na rua, em uma praça, a Praça da República, daqui de minha cidade de Belém (capital do Estado do Pará) por um jovem muito transviado em uma vida de perversão sexual, prostituição e ele parece que não tem nada para fazer o dia todo e fica a vagar naquela praça que é também um lugar de muita depravação sexual sendo que eu mesmo, em meus momentos de queda no pecado homossexual já aventurei-me naquele lugar. O referido rapaz e eu certa vez estivemos próximos de um relacionamento íntimo e ele mesmo mostrou-me o seu órgão sexual em uma madrugada naquele lugar. Em uma outra vez, e foi aí que brigamos e rompemos de vez no que resultou tempos depois na agressão do último dia 19, ele quis um cigarro, mas dos poucos que eu tinha eu não quis, então, dar-lhe um cigarro. Esses desocupados que pedem cigarro nas ruas de minha cidade não querem nunca ouvir um não.
A direita atual,
aparentemente de acordo com São Paulo, entende ser uma subversão o
Estado passar a mão na cabeça dos bandidos em sua política de
direitos humanos, e a mesma direita diz, e eu acho que isso é mais
uma das mentiras ou fake news das muitas da atual direita, que a
esquerda hoje já não consegue mais ser revolucionária com os
proletários, vendidos como escravos que foram morar na casa grande
que eles são, de fato, às vantagens do capitalismo. Segue-se que
supostamente, hoje, a esquerda usa como instrumento revolucionário
toda a casta de desajustados da sociedade como os criminosos, os
quais é evidente que não se amoldam ao animal de rebanho que se
tornou o proletariado trabalhador, o famoso pobre de direita,
escravizado e seduzido pelo dinheiro. Mas, eu entendo que o Estado é
feito por homens, e homens que pelo menos aqui no Brasil e no
ocidente, em geral, dizem-se ser cristãos, logo, que teórica e
hipoteticamente teriam que ter uma consciência da necessidade da
misericórdia e humanismo diante do homem por quem o Cristo deu a Sua
vida que sem a qual estaria o homem perdido, porque a salvação
pertence ao Senhor (Jonas II, 10b). O Estado da época de São Paulo
não é o mesmo que o Estado de hoje influenciado pelas ideias
benfazejas cristãs, apesar de toda a separação que se faz no
Estado laico da religião em relação ao próprio Estado.
Há uma ideia que chamam de
“punitivista” e bem vingadora para o Estado não observar os
direitos humanos, ou seja, o Estado agindo com força total, mas não
são os mesmos direitistas que querem um Estado no limite que seja
cristão ou pelo menos mais permeado pelo religião cristã, os
católicos romanos puxam a brasa para o lado deles? Como pode um
Estado de inspiração cristã ser tão duro para com quem erra e ao
mesmo tempo o mesmo Estado que a esquerda quer que seja de direitos,
também seja laico, é a mesma esquerda que frequentemente se coloca
como afastada da religião cristã, porque eu mesmo conheço um sem
número de esquerdistas ateus? Parece que falta aí um Cristo sendo o
Cristo propriamente: muito antes que vingador, lembrando-se que é
amoroso e misericordioso que não veio chamar os justos que são os
sãos, todavia, sim, os pecadores que são os doentes (São Marcos II,
17). A direita punitivista e vingadora está mais para o lado do
partido dos fariseus. No referido dia 19 mesmo, quando eu fui agredido
pelo sujeito, eu chamei logo a guarda municipal que vigia a Praça da
República, a fim de punir de alguma forma o sujeito que me ameaçou,
e eu notei que um dos guardas ali, bem compreensivo, sabia que gente
como aquele agressor tem os seus amigos ali e que eles se desentendem
de vez em quando entre eles, portanto, eu seria apenas mais um
comprar a briga uns com os outros ali. Ora, um Estado, um governante
nos moldes pré-cristãos simplesmente sairia aplicando a lei de
forma mais dura e fim de papo como querem os fariseus da direita
atual. Um Estado com inspiração cristã, ainda que longínqua, como
o de hoje é mais compreensivo e humano. Pessoas como eu e o rapaz
agressor que somos homossexuais certamente em um Estado antigo não
poderíamos assumir a própria homossexualidade, eu não disse nada de
minha relação no passado inclinada à homossexualidade com esse
rapaz agressor, talvez por temor meu de uma reação da guarda nos
moldes antigos do Estado vingador e punitivista: bem pouco cristão
que quer a direita.
Eu acho que é preciso que
haja um equilíbrio aí, por fim, entre uma direita que se quer tão
cristã, que o seja, lembrando-se, como disse o profeta Habacuc, para
que Deus em Sua ira se lembrasse da misericórdia (Habacuc III, 2c),
diz a Bíblia Sagrada. E uma esquerda que diante da misericórdia
lembre-se que Deus não deu a ninguém licença para pecar
(Eclesiástico XV, 21) e um Estado que ofereça direitos como os
direitos humanos, entende-se que não seja para humanos direitos, que
é conforme o que a direita gosta de forma flagrantemente farisaica
de dizer hoje, porque em uma perspectiva cristã quem é o humano
direito e sem pecados para atirar a primeira pedra (São João VIII,
7) se como disse São Paulo todos pecaram e estão privados da glória
de Deus (Romanos III, 23)? Eu mesmo seria o último a atirar a
primeira pedra, eu cujo meu passado pesa-me no sentido de eu ser por
isso chamado a ser mais misericordioso para com o meu próximo. O meu
passado pecaminoso pesa-me, ainda que perdoado por Deus através do
sacramento da penitência (São João XX, 23). Eu que diante da guarda municipal não tive
a coragem de dizer toda a verdade ali para tal o guarda naquele
dia 19 eu que já fui perseguido por um guarda municipal, em uma
outra vez passada em uma madrugada por estar cometendo um crime ali
naquela praça da República em uma vez em que eu fazia sexo com um
amigo meu por ali.
Que Deus Nosso Salvador e
Deus que animou-se a humanamente a dar a vida por nós todos Seus
inimigos, fracos, à época de Sua crucificação (Romanos V, 6-8),
que Deus tire do meu coração, eu que me digo um cristão, logo, um
outro Cristo neste mundo, que Ele tire de meu coração toda a falta
de perdão contra aquele pobre rapaz lá da Praça da República para
que como Cristo todos nós, cristãos, estejamos animados do mesmo
sentimento de Cristo que humilhou-se tomando forma de escravo:
assemelhando-se a homem (Filipenses II, 6, 7) mesmo sendo Deus e amou
até o fim a nós, seus inimigos, chamando-nos de amigos, por isso
não exitou em derramar o Seu sangue precioso pela nossa salvação.
Que nós, cristãos, devemos fazer o mesmo sendo mansos e humildes de
coração (São Mateus XI, 29) como Cristo pela vida de um mundo tão
ingrato como esse em o qual vivemos. Mas nada do que se estranhar, visto
que este mundo está morto em seus delitos e pecados até que Cristo
por meio de nós, cristãos, entretanto sobretudo, através dos padres romanos
ordenados (2 Coríntios V, 18) venham dar-lhe a vida juntamente com Cristo (Efésios II,
5).
3 comentários:
É meu caro João, só não entendi por qual motivo você não deu um cigarro para o rapaz. E, por que você disse que ainda é homossexual?
Frank, meu caro, obrigado por visitar o meu desconhecido e hoje homônimo blog. Mas, a tua pergunta foi respondida no próprio artigo, eu tinha poucos cigarros, acho que só uns dois, tem mais o rapaz queria o cigarro que eu estava fumando e em tempos de pandemia em que assepsia é tudo. Esses vagabundos da rua que querem cigarro precisam ouvir um não, se preciso for.
Eu disse que eu sou homossexual, eu até gravei uns dois vídeos nos meus canais homônimos no site YouTube a respeito, porque é como o Catecismo da Igreja Católica (1992) define pessoas como eu que tem preferência sexual predominante ou exclusiva por pessoas do mesmo sexo.
Entendi. Mas vou continuar rezando por você. Manda aí o link desse vídeo.
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