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segunda-feira, 15 de abril de 2019

Os peritos em pecado

Autoria: João Emiliano Martins Neto

Quem melhor entende de pecado é o pecador, mas o honesto, o que reconhece que o mal é mal, não vai se transubstanciar em bem. Diante do mal-estar evidente consequência de seus erros e crimes pode o pecador mostrar-se um grande conhecedor do que seja o mal no mundo.



Concordo com o filósofo Luiz Felipe Pondé no que ele já dissera que o pecador é o perito em pecado, é aquele que melhor sabe falar sobre pecado, muito melhor do que quem não é tentado. Mas deve ser o pecador honesto, aquele que realmente reconhece o óbvio. Qual óbvio? De que merda é merda e não melhora, e merda quando se mexe na mesma, a merda ainda fede, a merda é o pecado. O pecador bem sabe o quanto falta-lhe uma luz especial vinda de Deus, que ele contraria ao pecar e apaga tal luz em si. Tal luz ainda lhe falta que convide-lhe em sua inteligência a vontade a agir, até porque a pobre humana razão é lenta rumo à sabedoria e mesmo assim será sempre, pela humana razão, um saber humano que não cura, por exemplo, a maioria das doenças, pois a Ciência filha da razão é impotente para a maioria dos males, apenas oferecendo-lhes paliativos. No caso do pecador desonesto esse é tempo perdido, o cara já pode ter sido iluminado quase que com uma visitação do próprio Deus, mas ele não cede como os pecadores que não se converteram citados no livro do Apocalipse. Ele já fez a sua opção em não humildemente amar, isto é, servir a Deus e aos irmãos com generosidade, logo, sem orgulho e sem avareza que é o toma-lá-dá-cá de quem dá de si apenas o resto e ainda com vanglória, usura e enchendo de dívidas a quem ele beneficiou.

Sem dúvida que pelo influxo da graça divina o pecador honesto ou antes quem tem alguma fraqueza, mas esforça-se para não cair em tentação, que é aquele que rompeu com o pecado, o que é uma situação melhor ainda para uma alma humana. O honesto pecador, perito em pecado por olhar o pecado de frente e no íntimo de algo que tanto o faz mal, certamente que não tardará em buscar trilhar o bom caminho, ele reconhecerá que é um bosta fazendo o que faz de errado e deixará o seu mau caminho. Situação melhor ainda, é evidente, é a de que eu rapidamente mencionei acima que é a do homem que não está em pecado, rompeu com o pecado, mas em estado de graça e na penitência rumo à santificação, esse homem ainda não é santo, contudo tal homem, encontra-se a pelo menos em um segundo degrau acima do pecador honesto, ele sabe de suas fraquezas tanto quanto o pecador honesto e sendo ambos peritos em pecado, ele esforça-se, com a ajuda divina, no caminho do bem, no amor à verdade, não pesa-lhe na consciência ainda estar em erro mesmo depois de iluminado de alguma maneira, seja pela razão natural ou pela luz sobrenatural incriada do Alto por meio da fé e da graça. 


Fujamos do pecado, porque o mesmo fere a Deus nosso Senhor e de novo o crucifica, logo, fere a Igreja santíssima, corpo de Cristo e por isso fere-nos a nós, batizados, membros de tal corpo o que causa debilidade espiritual como quem bebeu a noite inteira e n'outro dia está com ressaca, padece das consequências de seus excessos e desvios. Mas, a honestidade pode haver, deve haver a honestidade diante do óbvio ululante que é a consequência do pecado, porque vê-se em si e em outros que está-se em meio a enjoos e mal-estar resultantes da embriagues no pecado que os pecadores bebem da taça aonde encontra-se o vinho que é o sangue de Cristo e dos mártires que imolam com seu egoísmo, idolatria, avareza, falta de amor e burrice espiritual.

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