Mais rascunhos para uma autobiografia

Caros amigos, eu fui protestante por sete anos de minha vida e uma coisa que achei digna de nota no meio protestante, pelo menos o meio protestante mais recente e abundante no Brasil que é o ‪neopentecostal‬/‪‎pentecostal‬ histérico e cheio de acrobacias bizarras psicopatológicas, é que o protestante tem mesmo, como dizia Max Weber, a tendência de ser empresário, de querer ganhar dinheiro e prosperar materialmente. Enquanto o católico, segundo Weber e a experiência de minha própria vida o comprova, prefere a ‪Filosofia‬, a ‪‎cultura‬, a ‪arte‬ e os temas humanísticos. É interessante que uma vida filosófica presida a vida da humanidade, porque ganhar dinheiro é muito bom, mas o dinheiro não pode nos dizer o que fazer com ele e como obtê-lo, se, de preferência, honestamente até mesmo para evitar de virar mulherzinha na cadeia, não é mesmo? A ironia do destino é que xinguei de bandido o pastor potentado e ricaço de uma denominação evangélica que frequentei, pois descobri que alguns irmãos dele e ele estavam sendo investigados pela Polícia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro.

Realmente, as frases que dizem que só a Filosofia ensina a compreensão e que fora da Igreja (Católica) não há salvação, nunca foram tão atuais nesse país que está ficando cada vez mais ‪gospel‬.