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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

RESTAURAÇÃO DE ASAFE - UM MINISTRO REVOLTADO

Por Pastor Carlos Roberto Silva 

O Salmo 73 traz a história de ASAFE, um ministro de música na casa de Deus praticamente desviado.
No início do Salmo, ele confessa que Deus era bom para com Israel, (Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração), porém, quanto a ele mesmo, sentia-se com seus pés à beira do abismo. (Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos) vs. 1 e 2

A partir do verso 3, ASAFE começa a confessar o que o levou a essa situação de stress espiritual, quase uma REVOLTA:


Ciúme e Inveja da Prosperidade dos ímpios
É um estágio terrívelmente crítico quando chegamos ao ponto de sentir inveja dos ímpios, dos soberbos, daqueles que roubam, daqueles que não servem a Deus e praticam a iniquidade.
ASAFE chega ao ponto de, em comparando, relatar que na sua visão deturpada pela inveja, ve-los muio mais em situação de estabilidade, riqueza e segurança.
ASAFE chegou ao ponto de arrepender-se de servir ao Senhor. Veja o que ele disse: Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração e lavado as minhas mãos na inocência. Pois todo o dia tenho sido afligido e castigado cada manhã. Se eu dissesse: Também falarei assim; eis que ofenderia a geração de teus filhos. vs. 13-15. Esse é o centro da decepção, o pico da revolta e o namoro com a blasfêmia. A situação estava tão complexa, que um servo de Deus com funções importantísimas na casa do Senhor, uma pessoa que tinha outros sob seu comando, ele que deveria agir como exemplo dos fiéis, estava agora praticamente desviado.
Outra afirmação que chama a minha atenção é a declaração de ASAFE no verso 16, quando diz: Quando pensava em compreender isto, fiquei sobremodo perturbado.
Essa é uma situação muito comum. Quando tentamos entender as coisas espirituais intelectualmente, não vemos saída, é como se desse um nó em nossa mente. As coisas de Deus são discernidas espiritualmente e não com a razão. Vejamos o que diz a Bíblia: Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. I Coríntios 2: 14-16.
O divisor de água nesse Salmo está no verso 17, quando ASAFE diz: até que entrei no santuário de Deus; então, entendi eu o fim deles.
O Santuário de Deus representa o lugar da nossa comunhão com ele, onde nos arrependemos, confessamos nossos pecados e lançamos sobre ele toda a nossa ansiedade. É lá que as coisas acontecem, onde se manifesta o sobrenatural e o extraordinário da sua glória. Um reservado sem máscaras nem pirotecnicas. Onde não se pode maquiar ou enganar a Deus. E o lugar onde nos despimos de nossas arrogâncias, orgulho e fantasias. Cara a cara, olho no olho. Aí é só maravilhas, como dizia o famoso locutor Fiori Gigliot, "abrem-se as cortinas e começa o espetáculo", porém, o espetáculo da restauração, da renovação espiritual, quando o Espírito Santo coloca em nós o discernimento da parte de Deus.
Vejamos que a partir do versículo 18, tudo mudou para ASAFE. Nos versos 21 e 22 ele chegou numa figura de linguagem a declarar: Assim, o meu coração se azedou, e sinto picadas nos meus rins. Assim, me embruteci e nada sabia; era como animal perante ti. Aqui ASAFE chega a ter vergonha de Deus e sentiu-se como um animal irracional.
O final do Salmo (23-28) é só reconhecimento, agradecimento e louvor senão vejamos:
Todavia, estou de contínuo contigo; tu me seguraste pela mão direita. Guiar-me-ás com o teu conselho e, depois, me receberás em glória. A quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti. A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração e a minha porção para sempre. Pois eis que os que se alongam de ti perecerão; tu tens destruído todos aqueles que, apostatando, se desviam de ti. Mas, para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no SENHOR Deus, para anunciar todas as tuas obras.
O remédio para toda revolta e decepção é adentrarmos com sinceridade na presença de Deus, nos arrependermos e confessarmos. Não adianta tentar entender os mistérios de Deus com a mente humana, nem desvendá-los com os olhos canais. O segredo é nos prostarmos de corpo e alma diante do seu altar.

Soli Deo Glória!

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