Autoria: João Emiliano Martins Neto
Immanuel Kant, filósofo alemão, dizia que as questões metafísicas como Deus, a liberdade e imortalidade da alma, poderia-se também incluir entre elas, a verdade, que é uma questão metafísica, podem ser pensadas, porém, não haveria como empiricamente experimentá-las. Hoje a leitura da Palavra de Deus na Santa Missa indica que algo de alguma coisa do tipo, Deus, talvez pudesse ser experieciada.
Deus teria enviado o profeta Isaías para dizer ao rei Acaz de Judá dizendo que se Acaz tivesse fé em Deus que ele venceria reis que se levantaram contra ele, Rason, rei da Síria e Faceias, filho de Romelias, rei de Israel. No evangelho de hoje, segundo São Mateus, Jesus Cristo censurou algumas cidades como Corazim, Betsaida e Cafarnaum onde teriam ocorridos milagres de Jesus, na suposição que Jesus seja Deus e que os milagres da Bíblia Sagrada tenham ocorrido, mas, mesmo assim tais cidades não se converteram.
A menos que a história de Isaías seja apenas uma invenção, que ele seja apenas um personagem literário ou uma pessoa louca, excêntrica, o doidinho de bairro e a menos que formalmente sobre Jesus Cristo ou Jesus de Nazaré, que é como é chamado o Jesus histórico, formalmente só se possa e se deva confiar na existência do Jesus da História e não no Cristo da fé como excepcionalmente na História um ser só, de alguma forma, Deus, matéria de apenas pensamento para Kant, de alguma forma, Ele teria se dado em Isaías e Jesus. Eu já ouvi falar que não há provas do que teria havido no monte Sinai onde é dito que o personagem bíblico Moisés teria recebido as tábuas da Lei.
Pode haver a metafísica para além do pensamento? Kant queria a metafísica como ciência. É possível que milagres e o que é exigido no cristianismo como os mistérios e a fé que ultrapassam a razão sejam levados em conta como algo empírico e científico? Não, porque a ciência exige a repetição do que foi testado uma vez e milagres não costumam se repetir. Seria a metafísica a filosofia primeira ou teologia, assim a chamava Aristóteles, se eu bem entendi, o Filósofo já previra algo primeiro e suprarracional.
Eu mesmo já achei que Deus de alguma forma misteriosa falou comigo e eu disse para algumas pessoas o que é que Deus pensava. Era algum tipo de exaltação psíquica da minha parte? Talvez. Eu mesmo sou doente mental, sou bipolar, contudo, eu sentia-me naquele momento muito bem, só que um dos sintomas da doença bipolar é nas maiores crises haver uma sensação de bem-estar, se bem que é uma sensação mórbida, na verdade sofrível, que não era o caso naquele momento - até porque eu submeto-me ao necessário tratamento em saúde mental - em que eu dissertava sobre um assunto tão alto e metafísico do tipo Deus.
Deus existe? A ciência poderá um dia explicar os milagres? São no mínimo pessoas excêntricas e meramente ignorantes as que dissertam sobre Deus fora dos bancos de teologia das universidades? O próprio Jesus Cristo o que será? Um louco, charlatão ou Deus mesmo feito homem? Uma coisa parece certa, a explicação mitológica e poética sobre as origens de tudo - o grande filósofo Martin Heidegger terminou na Poesia como expressão do ser - o que há ainda diz muito mais em um ou poucos versos de um hino do que bibliotecas vastíssimas de Filosofia e ciência.
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