Autoria: João Emiliano Martins Neto
Ao fundo o santo Sínodo Vaticano II (1962-1965) e na frente os papas do Sínodo: São Paulo VI e São João XXIII |
Resumo: Uma reflexão minha sobre a paciência em quem quer que não seja um louco ou burro da direita atual, além de um grande pecador excomungado e por isso não esteja fora do mundo, fora da realidade e fora da Santa Igreja Católica pós-conciliar, pós-Vaticano II.
Ontem, dia 02 de outubro de 2020, conversando com um amigo protestante e mais uma vez veio-me aquela impaciência fruto da seita tetraplégica mental extremista de direita religiosa e política que é a internet, atual. Eu rápido condenei como do diabo a comunidade eclesial protestante do meu amigo... Logo depois fui à Santa Missa da festa dos anjos da guarda e no ato penitencial pedi perdão a Deus pela minha impaciência, pois diz a Bíblia Sagrada nas palavras de São Paulo aos coríntios de que o amor é paciente (1 Coríntios 13, 4a) e o cristão deve ser só um com o amor que é o próprio Deus (1 São João 4, 16b), o Cristo que humanamente, como somos homens, entregou-se pacientemente à morte, à suma injustiça de pagar pelos pecados de outrem. Cristo, Ele com o Pai e o Espírito Santo o único ofendido pelos pecados dos tais, a humanidade, nós, todos, homens.
Eu penso que a paciência é uma virtude que deve ser exercitada na Santa Igreja Católica Romana renovada no sacrossanto Concílio Ecumênico Vaticano II, porque o próprio Papa São João XXIII em sua sabedoria e ensino dizia que se vai mais longe sem o chicote e tal santo Sínodo Ecumênico dos anos 1960 do século XX foi uma forma de estabelecer um diálogo - e é evidente que quem dialoga é paciente: ouve mais e fala menos - com o homem moderno. Foi estabelecido um novo humanismo e um culto ao homem, pois o mesmo Deus em Jesus Cristo fez-se homem, sem divisão em sua natureza humano-divina. Como não ver aí um culto em Cristo e da parte primeiramente de Cristo, de Deus, ao homem, pois o Cristo é Deus humanizado? Cristo, Deus e homem ainda que sem mistura de criatura com o Criador. E o magno Papa do Concílio, São Paulo VI, disse - ele mesmo disse que houve um culto ao homem no Vaticano II no discurso de encerramento de tal Sínodo santo - ao encerrar esse Sagrado Sínodo que não houve nenhuma condenação do Deus que se fez homem em Cristo contra o homem que quer ser Deus que é o homem moderno que é o homem, segundo o pouco que eu entendo de modernidade, é o homem maduro, já que a verdade é filha do tempo, diria Santo Tomás de Aquino, porque é o homem avançado de nossa época livre em sua consciência emancipada do que podem ser meras instituições externas à liberdade, à intimidade, à coisa concreta que é o indivíduo e à dignidade humana do seu eu que se percebe como algo real, porque pensa, porque duvida, não sendo um mero objeto inerte e joguete do mundo, tal qual, aliás, é inerte e joguete tudo o mais que há no mundo com exceção do digníssimo homem.
Quem não é da nova direita que há no Brasil e no mundo, atuais, que é uma direita burra, cabeça de jumento com orelhas bem grandes a relinchar bem alto. Quem não está fora da Igreja Católica renovada no santíssimo Vaticano II, por isso não está fora do mundo, fora do real que exercite a cristianíssima virtude da paciência, e ouça mais, dialogue mais e fale menos ao tratar com seu irmão. Pois, onde está verdadeiramente o homem, o homem com honestidade, boa fé, livre com sua humana dignidade íntegra em sua consciência também livre se ele não é nenhum drogado, bêbado, criança ou doente mental em pleno surto e se ele tem boa vontade, está em busca da verdade e do bem, aí estará Deus. O Deus feito homem sem qualquer divisão em tal união histórica que houve em Jesus Cristo que soube também desgarrar-se em vista da integridade de Sua consciência das amarras do sistema político e religioso contaminados de Sua época. Que nós saibamos que se é em vista da liberdade honesta, dignidade e respeito justos ao homem, aí haverá o amor: Deus, a sabedoria, e se há o amor, há paciência, a verdade não se perde e nem o bem. Amém.
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