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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

As faces do fruto: maioridade, conhecimento, vergonha e cultura humana

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 


Resumo:  Quando o casal primordial da espécie humana Adão e Eva comeram do fruto do conhecimento do bem e do mal eles tornaram-se adultos, então, perderam a inocência, adquiriram o saber e tiveram vergonha por notarem-se nus, daí nasceu o convívio em sociedade e suas vestes dadas pelo próprio Deus: a cultura.

 

Que fique bem claro que no caso da homossexualidade a simples inclinação para tal coisa como a homossexualidade que é o que se chama de concupiscência que a todos heterossexuais ou homossexuais afeta não é pecado, o pecado consiste na prática homossexual que vai desde o estimular em si pensamentos pecaminosos homossexuais, mas poderiam ser também heterossexuais; os olhares de cobiça às pessoas do mesmo sexo, ou poderiam ser também por pessoas do sexo oposto; até o ponto da prática homossexual em si mesma, da mesma forma poderiam ser práticas heterossexuais sem o sagrado sacramento do matrimônio.


Porém, dito isso, é interessante que no caso da homossexualidade parece que só de uma pessoa admitir que é homossexual simplesmente, ela pode há tempos estar sem qualquer prática homoerótica, por ter a inclinação afetiva e erótica para pessoas do mesmo sexo a pessoa já é tida e havida ou já se percebe como pecadora, equivocadamente com toda a evidência: no caso de uma pessoa em abstinência sexual. Talvez isso ocorra pela gravidade que é a homossexualidade como um pecado grave contra a natureza e por ser o pecado que chega a bradar ao céu por vingança. Parece que a pessoa homossexual mesmo sem prática alguma contumaz na homossexualidade perceba-se como alguém que provou do fruto do conhecimento do bem e do mal e com isso como já adulto, já na maioridade, então, se dá conta que está vergonhosamente nua (Gênesis 3, 7). Os homossexuais, então, seriam mais sábios do que os heterossexuais? Parece que Deus protege os heterossexuais, pelo menos os incólumes que nunca mancharam-se com práticas homoeróticas, com um véu de inocência que os cobre de notarem a nudez própria de todo homem, se eu estou bem certo em minha interpretação acerca do mito da queda do homem, que os homossexuais percebem em si mesmos. Os heterossexuais inocentes são as criancinhas de Deus, são ignorantes e nada tem de se envergonhar, porque mesmo que estando nus não se veem assim.


Seria a cultura, segundo o filósofo ateu e francês Michel Onfray, a vestimenta que antes Adão e Eva tomaram para si na forma de folhas de figueira (Gênesis 3, 7) ou que se pode dizer que também é a cultura a vestimenta que o próprio Deus deu a Adão e Eva (Gênesis 3, 21) depois que eles comeram o fruto do conhecimento do bem e do mal. O homem, então, passou a cobrir-se com a linguagem talvez suave do politicamente correto, com leis escritas, com uma filosofia mais humanística: pluralista, relativista e subjetivista, eu acrescentaria que com uma etiqueta a fim de que a sua entrada na maioridade, o homem passou a ser como Deus, pois que conhecedor do bem e do mal (Gênesis 3, 22a), fosse mais sociável e suportável. Ora, eu vejo o caso do homossexual do mesmo modo. Hoje há todo um cuidado no linguajar para não ofender a gays e lésbicas, há leis anti-homofobia e a favor do casamento gay ou pelo menos de um tipo de um união estável que garanta bens como uma herança justa ao par de uma dupla homossexual e há até uma filosofia, talvez a kantiana, sobretudo, onde como não há mais o conhecimento, resta o que é o real para nós, homens, como nós vemos e vemos o mundo.


É claro que em tudo isso há uma falsificação tremenda da realidade e o que é pior, por nada, se for caso de homossexuais não mais praticantes, porque cristãos e católicos. Seria bem melhor assumir-se com uma dificuldade, ser decididamente cristão e no caso a homossexualidade, e se for preciso sofrer alguma justa discriminação, como prevê o Catecismo da Igreja Católica, tudo bem, como um alcoólatra não seria admitido para trabalhar em uma adega. Mas sobretudo deve-se manter-se em uma conduta sóbria de castidade, pureza ou abstinência sexual absoluta, participar dos sacramentos, sobretudo o da penitência, levantar a cabeça e seguir em frente com a consciência tranquila, porque lavada, santificada e justificada no nome de Jesus Cristo como ocorreu com os cristãos de Corinto que eram ex-gays ou gays não praticantes (1 Coríntios 6, 9-11).


Se o ideal de pureza e castidade não for possível para o homossexual, pois comprovadamente em nada a homossexualidade torna uma pessoa incapacitada para um convívio mínimo humano socialmente que a cultura cubra a sua nudez com pelo menos as vestes de peles de leis justas contra uma certa selvageria homofóbica e o cubra com a veste de uma linguagem politicamente correta polida e educada que proteja as pessoas homossexuais de um tratamento desde o verbal desumano, porque o homem é um ser também cultural, e Deus mesmo viu isso ao providenciar vestes ao casal primordial na despedida deles do jardim do Éden.

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