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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Pensar com a própria cabeça?

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Friedrich Nietzsche

Resumo: A própria cabeça pode muito bem ser auxiliada pelas cabeças dos mestres, levando-se em conta os erros que eles cometeram e que podem ser evitados ao ouvir as suas orientações salutares fruto de suas cabeças experientes.

 

Pensar com a própria cabeça é visto como um ato liberatório, mas pensar é fácil, é ter um instrumento para ter acesso à verdade sobre o mundo, a realidade, mas isso não quer dizer que o pensamento com a própria cabeça seja dócil diante do que a verdade sobre o mundo tem para apresentar que pode ser trabalhoso para se digerir, muito triste e duro. Por isso eu acho interessante pensar com as cabeças maduras dos mestres que já trilharam um caminho rumo ao entendimento, a sabedoria, e deixaram lições imortais inclusive pelos erros que cometeram a fim de os evitarmos. Eu penso com as cabeças dos mestres, a minha cabeça pode ser ainda virgem e inexperiente. Um de tais mestres é Olavo de Carvalho, e também Platão, Aristóteles, Santo Tomás de Aquino, Karl Marx ou Friedrich Nietzsche. Mas, tirando as doenças que afetaram as cabeças de alguns deles, com exceção de Santo Tomás, Aristóteles e mesmo Marx, que apesar de não ter uma pegada metafísica ou religiosa, mas é um clássico sobre a modernidade e o capitalismo que causam a exclusão da maioria do povo alheio às conquistas e riquezas produzidas por esse próprio povo excluído que é o trabalhador proletário. Com relação às doenças, Platão acabou dilacerado e vendido como escravo em um mercado, porque quis ser o último filósofo representado por um chefe doutrinário autoritário chamado que philosophus basileus, o rei filósofo. Carvalho acabou dilacerado pela direita e pela esquerda, então, vê paranoicamente e farisaicamente comunistas em todo lugar em uma noção reacionária sobre o mundo como se ao longo da História todas as grandes ideias não tivessem sido revolucionárias. Por fim, Nietzsche acabou dilacerado por seu vitalismo, apego à expansão dos instintos como índice de verdade e sabedoria o que o levou a pegar sífilis das prostitutas italianas. Ainda que Nietzsche tenha nos deixado a lição no mínimo interessante do homem como parte de um conjunto de forças do cosmos e que na expansão dos próprios instintos, a vontade de poder, o homem deixaria de ser um ressentido em busca de deprimir os fortes que dão vazão aos seus instintos, fazendo tais ressentidos tudo ter um sentido moral ou cristão para camuflar a própria impotência de viver a plenitude da vida.

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