Bom, caros amigos, já ouvi de um direitista que o esquerdista, que a esquerda na pessoa de seus correligionários, os esquerdistas, são chatos. Ora, a chatice como aquela coisa repetitiva, maçante e que aborrece pode ser mesmo a nota constante do esquerdista, pelo menos os mais extremistas, porque ateus, que defendem uma salvação pela Política, pela força bruta humana, algo sem dúvida alguma orgulhoso, perverso e incrédulo, que não acolhe a graça divina. Mas, eu diria que vejo algum fruto em tal chatice que seria, deveras, uma estruturação da sociedade, através do Estado com suas leis e instituições, a fim de propiciar no aqui e agora da civitas hominum, historicamente, socialmente e concretamente, a estruturação de condições materiais e reais para que o pobre e o proscrito como o louco, o gay, a mulher, a prostituta, o viciado em drogas ou alcoólatra ou o operário possam viver dignamente, ainda que diante de suas vicissitudes, diante de suas intempéries metafísicas que os referidos pobres e proscritos e tantos outros não conseguem vencê-las humanamente. Ora, tais intempéries metafísicas como a do louco que precisa tomar os seus remedinhos psicotrópicos prescritos pelo médico, tais intempéries são mais chatas ainda do que os protestos dos chatos esquerdistas e por dever de consciência, sobretudo cristã, uma sociedade com o seu Estado, leis e instituições, por dever de consciência bem pode e deve socorrê-los, coisa que a chamada caridade privada seria sempre restrita.
Nós, os esquerdistas podemos ser chatos, sim, mas o mundo deficitário que jaz no maligno com suas mazelas: as intempéries metafísicas, é mais chato ainda e o individualismo burguês liberal de certos círculos direitistas, na, ao meu ver, na pressa de recolher-se ao seu atomismo doméstico individualista, apenas torna qualquer boa intenção de tais individualistas em algo sumamente aquém das reais necessidades da sociedade dita cristã, pois arrogam-se dizerem-se cristãos, mas que na prática não milita o máximo possível necessário para ao menos minorar o sofrimento humano.
Nós, os esquerdistas podemos ser chatos, sim, mas o mundo deficitário que jaz no maligno com suas mazelas: as intempéries metafísicas, é mais chato ainda e o individualismo burguês liberal de certos círculos direitistas, na, ao meu ver, na pressa de recolher-se ao seu atomismo doméstico individualista, apenas torna qualquer boa intenção de tais individualistas em algo sumamente aquém das reais necessidades da sociedade dita cristã, pois arrogam-se dizerem-se cristãos, mas que na prática não milita o máximo possível necessário para ao menos minorar o sofrimento humano.
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