A persistente e perene hipótese Deus: fantasia ou realidade?

Hoje estava rezando e me veio à mente algo que já ouvi em algum lugar que é de que se Deus não existir é preciso inventá-Lo, porque Deus que representa o mais alto ideal humano - quando vimos algo como um ideal de uma sociedade sem classes marxista foi por água e sangue humano abaixo no século XX - a mais alta aspiração humana, o pensamento e idéia mais sublime e extraordinária que o homem pode ter, como diria Santo Anselmo de Cantuária em seu argumento ontológico. Ora, se algo assim tão colossal não existir, mas somente as contingências e tragédias desta vida que muitas vezes disfarçadas de um bem se mostram lá na frente instrumentos de tentação e perdição para o ser humano, se coisas reles desta vida gozam do privilégio de existência como pode a idéia mais alta, perene e persistente na alma humana que é a idéia do que seja o Absoluto, que é a idéia de Deus, logo essa não vá existir? Seria o homem assim tão perenemente e historicamente tão doente e fraco para querer e buscar sempre por algo quimérico, fantasioso, caprichoso e absolutamente inexistente? Se Religião é auto-ajuda, como alguns eu diria que apressadamente concluem, então, Deus é o maior Lair Ribeiro fodão de todas as galáxias sempre consultado e reverenciado por gerações de homens e em todas as culturas e classes sociais, não é mesmo?