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domingo, 31 de janeiro de 2021

Um erro comum

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

São Lourenço libera almas do Purgatório, pintura de Lorenzo di Nicolò


Eu estava assistindo a um vídeo no site YouTube de autoria de um jovem bispo protestante em que ele comete um erro comum dos irmãos separados protestantes quando vão falar sobre o purgatório. O erro é que segundo o entendimento católico romano, o purgatório é justamente ao que ele se referiu no vídeo como o tribunal dos jogos olímpicos gregos, o "Bema" (do grego βήματος τοῦ χριστοῦ, bematos tou Christoú), o tribunal o qual foi vertido à realidade da comunidade dos cristãos pelo Apóstolo São Paulo como o "tribunal de Cristo" (2 Coríntios 5, 10) que avaliará qual o galardão que um homem receberá depois de sua morte. No purgatório, entendimento católico, as almas já estão salvas, a única porta de saída do purgatório é para o céu e não para o inferno. Isso difere frontalmente da parábola do rico epulão e o miserável Lázaro (Lucas 16, 19-31), pois o epulão já estava condenado no inferno. O purgatório, mesmo que com seus sofrimentos terríveis ali, é uma parte do céu, é um anexo na forma de uma antecâmara à maneira de limpeza da alma.

 

Com a ideia do purgatório fica garantida a obra de Cristo Jesus, vicária, propiciatória, única por seus méritos decisivos, absolutamente necessários e de valor infinito para a salvação humana pelos méritos do Cristo. Eis o núcleo, ao meu ver, do erro teológico protestante sobre o purgatório de dizer que com o purgatório a salvação humana operada pelo Senhor Jesus Cristo seria anulada, porque, ao contrário, a questão do purgatório é com relação, como acima dito, com relação ao mérito. Ou seja, com a ideia de purgatório o homem não purifica-se a si mesmo e assim salvar-se-ia por si mesmo. Não, não, só Jesus salva, a questão do purgatório exatamente é a do galardão a que o bispo referiu-se e colocou mesmo como além da declaração de se um homem está salvo ou não, preocupação constante na teologia protestante o que é deveras importante, que é ao que se refere São Paulo aos coríntios na perícope escriturística que fala do Bema.

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