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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Teologia - entre a ciência e a devoção

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Evágrio Pôntico

Resumo: Uma reflexão minha sobre a Teologia ser uma ciência diferente, onde é inseparável da mesma a racionalidade e a abertura a algo além da razão humana.


Nos últimos tempos, há algumas semanas, eu venho interessando-me em cursar a Sagrada Teologia em uma faculdade de minha cidade. Então, de lá para cá venho assistindo na internet a alguns vídeos sobre o assunto teológico e uma coisa que eu noto é a presença de muito mais devoção por parte de quem aborda a Sagrada Teologia do que ciência, um raciocínio lógico baseado em evidências e um certo ceticismo metodológico. Com exceção de um dos vídeos, de uma série, de autoria de um professor católico de Teologia, o professor João Gracioso no sítio YouTube, o que mais vi no mesmo YouTube da parte tanto de pelo menos uma católica e de pelo menos um senhor protestante, mas no todo é a devoção a Deus imperar, e em todos os casos uma fusão de ciência com devoção, o que talvez seja o método mais apropriado para a Sagrada Teologia, uma ciência sem dúvida que sui generis, e chamada de rainha das ciências, a única ciência exata, ensina o filósofo Olavo de Carvalho, ao mencionar Aristóteles para quem a Teologia, ou Sabedoria era a filosofia primeira chamada depois de metafísica. Explicarei no próximo parágrafo.


Vocês podem notar, caros leitores, que eu mesmo usei o termo Sagrada à Teologia, ou seja, a Teologia, por conseguinte, carrega algo do que é separado, santo, para o serviço divino, separado do profano, natural e mundano. A Teologia Sagrada é algo que tem o componente do sobrenatural onde habita Deus. Evágrio Pôntico já dizia que quem reza é que é teólogo, então, o teólogo por mais científico que ele queira ser, o abrir-se ao milagre, ao sobrenatural, o como que Deus ex machina, o baixar do divino no cenário e na História humana é algo cientificamente esperado pelo teólogo, o que desafia o conceito comum, profano e natural de ciência, onde o que importa é a regularidade das leis da natureza a se darem normalmente por meio de uma hipótese científica que ao ser falseabilizada possa ser tida e havida como teoria e um fato ou ao contrário possa ser impugnada, segundo o método científico. É como se para a Sagrada Teologia, o milagre fosse algo natural e comum e é claro que não é, caso contrário não seria milagre. Deus se deu e podemos sabê-lo no que está escrito na Bíblia Sagrada na história de seu povo eleito por Ele mesmo (Salmos 104, 6), os israelitas, prometeu desde a época de Moisés um Messias, mais especificamente a Bíblia remete a um profeta semelhante a Moisés (Deuteronômio 18, 15. Atos dos Apóstolos 3, 22; 7, 37) que na chamada plenitude dos tempos veio ao mundo nascido da Virgem Maria, cujo nome de tal Messias é Jesus. Deus até hoje se dá, revela-se, aclarando e atualizando, e os teólogos refletindo a respeito, o que diz a Bíblia na Sagrada Tradição viva da Santa Igreja Católica Apostólica Romana e no Sagrado Magistério que interpreta a ambos os dois, Bíblia e Tradição. Tendo bem ciente a interpretação do Magistério Santo, cabe ao teólogo traduzi-lo racionalmente e, não nos esqueçamos, a devoção e a piedade filial diante do Pai do céu e do Pai aqui na terra que é o Santo Padre o Papa, o porta-voz do Espírito Santo.


Teologia - entre a ciência e devoção, eu acho que entre as duas cabe a argamassa da compreensão que uma tal ciência sublime como a Teologia exige primeiro a fé, a obediência, sim, a devoção por Deus e por Sua Santa Igreja Católica Romana para depois buscar entender racionalmente, cientificamente, o conteúdo do maravilhoso, do miraculoso que de vez em quando, raramente, interrompe o curso fatal do mundo rumo ao que lhe é próprio que é o ceticismo, o niilismo, a culpa não perdoada e não expiada a esmagar a consciência humana, a tragédia e a finitude.

Um comentário:

Frank Matos disse...

Entrei aqui porquê senti saudade de você. E aí João, tudo bem?

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