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quinta-feira, 22 de março de 2018

O que é ser um crasso filósofo?

Autoria: João Emiliano Martins Neto

O que é ser um crasso filósofo? Crasso filósofo, ou em latim, crassus philosophus, que dá título a este meu blogue, eu diria que quer dizer ser alguém que como os gregos ou que como Platão e seu platonismo que é para mim a raiz de tudo o que seja Filosofia e filosofar, e é o platonismo o perene método de todos os tempos da Filosofia, cujo coroamento da mesma ocorrera com o Filósofo (Aristóteles).
Como Platão ser um filósofo crasso, no grosso modo, eu diria assim, é um processo de ascese que propicia a atividade teorética em busca da verdade ao não deixar que nenhuma idéia ou preconceito e mesmo o preconceito e ingenuidade de não se ser preconceituoso sejam os pecados da gula, preguiça e de idolatria de quem queira ser um grande que é o crasso filósofo, que é o filósofo consistente, decidido e determinado, ainda que ele acabe obsessivo. O filósofo crasso, em sentido forte e com efeito, é um asceta pronto a renunciar a todos os prazeres incluindo o prazer de se não ter o prazer como ocorre com certos cristãos absolutamente acríticos.

O crassus philosophus é aquele camarada que sempre com um olhar penetrante e perspicaz é capaz de romper o muro, a cortina de ferro e carapaça do banal, do que é comum a todos e que passa despercebido pelo vulgo, no sentido do povão e no sentido do vulgo como a ralé, povão e multidão dos sentidos satisfeitos do homem comum, inclusive os sentidos satisfeitos por estarem insatisfeitos como no caso de certos religiosos mais fanáticos. O filósofo crasso desbanaliza o banal, parafraseando uma feliz definição do professor filósofo Paulo Ghiraldelli Jr.. O crassus philosophus quer tudo saber e esclarecer e inclusive ele procura saber se é possível saber, como ensinara Immanuel Kant, e se vale a pena saber e esclarecer. Nada cega o filósofo em sentido forte e consistente, grosso, mas ele a tudo ilumina com o seu olho de coruja que sai na noite, nas trevas aonde só se vê o escuro do fim da História que são os fatos, a fim de compreender o que houve, a fim de dar sentido o que pode não ter sentido algum, pelo menos um sentido humanamente compreensível, mas talvez tão-só compreensível pelos olhos da fé cristã e da virtude também cristã do fiel em estado de graça, que podem turbinar, é evidente, dando-lhe mais lucidez aos olhos da coruja filosófica em sentido forte que é ele, o crassus philosophus.

Eis o que eu diria para você, caro amigo leitor, o que é um crassus philosophus para mim e que é o sentido e leitmotiv deste meu blogue.

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