Autoria: João Emiliano Martins Neto
- Oi, mano, entre aqui, aqui é a casa da misericórdia! Seja bem-vindo! - o padre Paolo, talvez mais esquerdista do que padre, porque induzido pelo erro de uma realidade teratológica de um mundo decaído pelo pecado original, degenerado mais do que conduzido pelos mandamentos divinos recebeu padre Paolo a Marcos na residência e capela católica em uma avenida de Belém do Pará outrora com muitas palmeiras imperiais raquíticas, pois que pouco afeitas ao clima equatorial da capital paraense, ele recebeu Marcos com uma máscara cirúrgica, há pouco o mundo vivia a sindemia mais do que pandemia de Covid-19.
- "Como é velho e cansado este homem, a Igreja Católica parece alguma coisa velha e cansada." - assim pensava Marcos que naquele tempo ia com frequência premido pela infância que é a tentação homossexual para receber o sacramento da penitência naquela residência e capela católica.
No inferno disse um demônio aos seus demônios de sua facção - Esta bicha nem sabe o quanto ela é apegada ao gostinho dela por homens. Um dia ela descobrirá e tentará ser casta mais sistematicamente, veremos o que faremos com ela. Para piorar esta bicha maldita indecisa, cega pela imaturidade da inversão, atrapalha a gente buscando a desgraça do sacramento da penitência, que ódio! - vituperava o pobre demônio.
- Estes gays são a nossa clientela da que chamamos de misericórdia, mas um dia por estas redes sociais de internet eles vão descobrir a farsa ou pelo menos precariedade, ambiguidade alucinante que seriam os "papas" das últimas décadas que não se sustentam com suas heresias da época e depois do Vaticano II. - comentava o padre Paolo em uma audiência com um importante Arcebispo do norte do Brasil próximo à renovação carismática católica, seita fanática e pretensamente extática, um tanto montanista catafriga, fruto do período confuso pós-conciliar.
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Ano de 1962, primeiro do Concílio Vaticano II
- Eu não quero emitir condenações. Os meus acordos com os maçons, as suspeitas são fundadas sobre o meu envolvimento naquele truísmo de modernismo da época de Pio X policialesco, esse tipo de ideia e gente é mais atinada com o movimento da história do que estes simplórios apegados à letra da lei que são muito ousados em conclusões, as quais em nossa época percebemos no mecanismo do que é o corpo dominado pela ciência; a alma, para nós o que seja o psicológico em nosso tempo é algo puramente subjetivo que as intersubjetividades devem entrar em acordo em um mundo de irmãos à maneira maçônica tolerante e em vias de alargar os direitos. - assim disse o "Papa" João XXIII para um perito do Concílio Vaticano II que ele acabara de convocar.
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Tempo presente
Depois, já em casa, de conversar com um viciado em drogas e devasso na Praça da República de Belém do Pará, diz Marcos: - Tesão da porra! - exclamou Marcos ficando no seu quarto despido empinando as nádegas diante do espelho, maquinalmente, o que parece desmentir a ideia do "Papa" de que o corpo seria tão indenpendente da alma.
Marcos fez tal gesto quase maquinalmente diante do espelho depois de: - Vem mais tarde aqui na praça - o viciado e devasso mostrava para Marcos o volume do pênis coberto pela bermuda. Marcos e o sujeito já tiveram relações íntimas em plena Praça.
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