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quarta-feira, 28 de maio de 2025

A gazelidade ou a arquigazela (conto)

Autoria: João Emiliano Martins Neto 


- Não vou olhar este rapaz vindo na bicicleta, convém ao casto disciplinar os olhar. - Assim pensou o católico e pobrezinho dele, homossexual, cujo sobrenome é Souza, enquanto ele fumava na rua.


- Que pernas! - Souza acabou olhando. É forte a sua gazelidade, arquigazela que é ele.


- Vai encher o cu de rola! - Disse um gaiato para Souza que apenas foi educado com o gaiato cumprimentando-o com um bom dia.


- Ele se fosse patrão seria um péssimo patrão, seria autoritário. - Disse Souza para um colega de trabalho do gaiato. - Eu que sou bicha, bicha, bicha, veadésimo, ficaria facilmente debaixo dele.


- Tu és uma gazela. - Com bom humor e leveza respondeu o homem.



Um demônio no inferno conversando com outro:
 

- Satanicamente orgulhoso de sua virilidade e de seu emprego, o gaiato é um dos nossos.


O outro demônio respondeu:


- Ele é um supremacista da virilidade, é a besta escravizada pelo capital na ausência do Estado com seu trono, majestade, sendo o rei, queria aquele Vigário do Inimigo, que queria o controle estatal da ganância da livre-concorrência. O gaiato é um membro humano, encarnado, de nosso bando.



Interrompeu o colóquio um demônio encarregado:


- Eu quero como sempre de vocês e de outros demônios a boa e velha tentação sobre esta bicha Souza. Apesar dela ser católica devota, quero ela na sua cegueira boiolesca, na sua gazelidade de arquigazela, apesar da cadela admitir o óbvio e justo que ela como bicha está abaixo dos machões fariseus orgulhosos como o gaiato que a ofendeu que é mais um dos nossos em seu orgulho do que ela maldita moneide que é humilde e católica para nossa derrota.

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