Autoria: João Emiliano Martins Neto
Conta-se que quando um invertido, um homossexual, chegou no inferno alguns demônios receberam-no no inferno em festa, fizeram um verdadeiro baile no inferno, tais demônios empinavam a bunda e diziam para o recém chegado:
- Nós estávamos contigo quando tu principalmente na Praça da República de tua cidade de Belém do Pará, puteiro a céu aberto e tu mais raramente nos teus bailes dos lençóis à luz da Lua tu empinavas-te a tua bunda para os teus rapazes. Nós, demônios, aqui no inferno pensavámos que tentando-te a isso nós estaríamos indo contra a mesmice da lei natural divina que obriga ao homem a fazer ele empinar a mulher na cama e cavalgá-la, ele é o maioral. Nós queríamos reduzir o homem à escrava que é a mulher conforme determinação divina.
O baile no inferno corria solto e o invertido recém chegado, apesar de chorando a ranger os dentes com vermes imortais a comer-lhe a alma nas profundezas do núcleo do planeta Terra que é com toda a evidência cristã o centro do universo sendo o Sol que gira em torno dele. Era uma festa em tal baile aqueles demônios empinando suas bundas indo contra o senso comum dado como servil e ralé, próprio da ralé de povo, repeti-lo, servi-lo.
- Ah, este Deus maldito ao qual eu o odeio. - Dizia para si mesmo o invertido recém chegado no inferno. - E estou bem certo aqui neste lugar de meu ódio como eu nunca estive certo na superfície da Terra centro do universo, eu que na Terra plana ria de Olavo de Carvalho que está aqui também no inferno com Eduardo Bueno aquele infiel exibindo como eu a sua incircucisão dele que chamou Olavo de guru da Terra plana. Minha alma está bem assentada neste chão de chamas e ódio de meu delírio. Mete na minha bunda, demônio horroroso, mete! Tudo aqui é dor, minhas lágrimas escorrem como um rio dissolvendo a minha alma, mas aqui eu sou eu mesmo odiando toda esta ordem, razão, lei deste Deus que odiei, tive preguiça de compreender, naquelas mulheres que tinham tudo o que eu não tinha, que eu desprezei elas em meus bailes dos lençóis à luz da Lua com meus múltiplos rapazes e até mesmo na rua empinei a bunda naquela ante-sala do inferno que é a Praça da República da minha cidade de Belém do Pará, puteiro a céu aberto.