Autoria: João Emiliano Martins Neto
Em uma postagem passada eu escrevi de forma um tanto cética sobre a procissão católica apostólica romana do Círio de Nossa Senhora de Nazaré que ocorre no segundo domingo de outubro de cada ano aqui na minha cidade de Belém do Pará, a capital do Estado do Pará, mas, depois de ter visto a imagem peregrina da Soberana (Virgem e sempre Virgem Maria) dentro da berlinda em meio à multidão da perspectiva de uma garagem lateral do prédio onde eu resido em minha cidade de Belém do Pará, para mim foi realmente Círio outra vez, apesar dos pelo menos os meus círios terem sido marcados por solidão, inclinação à inversão sexual, apesar de até hoje eu viver cercado de gente que quando não é muito ignorante ou de gente decididamente má e corrupta (ou os dois males reunidos) e o Círio mesmo ser marcado por uma elite que toma de forma interesseira e cética o Círio como um tal de "cultura", ocasião para ganhar dinheiro, poder no caso da família maldita Barbalho que domina o Estado do Pará, há décadas, apesar de uma cantora famosa como Fafá de Belém ter dito neste ano que a verdade não existe e anos antes ter profanado o Círio misturando-o com o carnaval, e apesar de uma multidão que pode ser violenta como toda massa de gente reunida ferida e amaldiçoada junto com este mundo que jaz no maligno, marcado pelo pecado que deixa as sandálias dos outros voarem em uma porta lateral da Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré do Desterro aqui em Belém. Eu rezei uma Ave-Maria em latim ao avistar a imagem sagrada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário