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O que um filósofo estuda? | Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho   " Um filósofo não estuda autores e textos. Estuda problemas, estuda a realidade, estuda a existência e seus enigmas...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

O caroço no angu. Martinho Lutero e meus 42 anos

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Martinho Lutero

 

Resumo: Notícia e reflexão minha sobre o caso de acusações recentes de que o arcebispo da arquidiocese católica romana da minha cidade, dom Alberto Taveira Corrêa, estaria envolvido em um escândalo de abuso sexual contra menores de idade e uma reflexão sobre a influência do testemunho e vida marcantes de Martinho Lutero em minha vida.


Sobre o que eu soube nos últimos poucos dias, desde sábado, dia 05 de dezembro do ano da graça de 2020, a respeito das denúncias que pesam contra dom Alberto Taveira Corrêa, o arcebispo da arquidiocese da minha cidade de Belém, a capital do Estado do Pará, denúncias de que ele teria abusado sexualmente de sete jovens seminaristas, alguns deles hoje são padres, todos à época dos supostos crimes eram menores de idade, e com o envolvimento de garotos de programa, eu acho que nesse caso caroço tem nesse angu. Por que? Porque como é que a Santa Sé, viria de tão longe, de além-mar, lá da Itália em uma visita apostólica à minha cidade Belém para investigar tal caso? Agora a culpa recai logo nas costas da grande imprensa malvadona de que a mesma estaria, em suma, com fofoca, com anticatolicismo, como dizem os mais paranoicos conspiracionistas e vitimistas mimizentos da direita débil mental, conforme quis explicar-se o arcebispo em carta aberta ao clero e aos leigos lida no último sábado ao final de uma Santa Missa que eu participei e em um vídeo recente do arcebispo veiculado nas mídias da arquidiocese. Eu acho que alguém está mentindo ou omitindo aí. Ou mente e omite o arcebispo ou mente e omite os seus acusadores. O futuro dirá, com a apuração dos fatos sonantes. Não adianta reclamar de forma ideológica, ou seja, farsesca utilizando a religião, passagens bíblicas, tal qual fez o arcebispo contra a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão, porque é como se diz, o povo aumenta, mas não inventa. E citar passagens bíblicas para tentar explicar-se ou justificar-se, conforme fez o arcebispo dom Alberto, citando aí trechos em que Jesus Cristo instrui sobre como se deve proceder diante do irmão que erra (São Mateus 18, 15-17), não cabe no caso de denúncias de que um crime foi perpetrado, no caso crime de abuso sexual de menores de idade (Artigo 227 da Constituição Federal de 1988, parágrafo 4) ou vulneráveis. O crime ultrapassa evidentemente os muros das religiões, pois afetam o Estado, a sociedade como um todo, o bem comum e a segurança dos cidadãos visado pelo Estado. Veritas omnia vincit, a verdade tudo vence, quem estiver com a verdade será invencível, mesmo que caluniado, difamado ou injuriado. A Igreja é a coluna e o sustentáculo da verdade (1 Timóteo 3, 15), escreveu o apóstolo São Paulo, então, quem estiver sendo sincero, honesto e transparente nesse caso, invencível será, porque também o Cristo disse que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja (São Mateus 16, 18), e será tal pessoa que encara a vida de frente um verdadeiro membro vivo e atuante da Igreja sustentando assim a verdade.

 

Dom Alberto Taveira Corrêa


Mudando de assunto, caros amigos leitores, mudando de assunto de maneira até mesmo sintomática diante de acusações de abusos por parte de pessoas como dom Alberto que deveriam pastorear o rebanho do Senhor, dom Alberto que segundo informações que eu obtive, ele está apegado ao cajado dele de pastor, quer muito manter-se no poder, e diz que só o largará morto... Rosnados desse homem a parte, eu acho interessante que nestes meus 42 anos de idade, que eu, graças a Deus, completei no último dia 02 de dezembro do ano da graça de 2020, eu acho interessante que Martinho Lutero, ao longo dos últimos anos desde o ano de 2006 quando eu conheci o protestantismo, Lutero mostrou para mim de maneira marcante com a própria vida e testemunho dele de alguém que já não sabia como agradar a Deus com boas obras, sendo bonzinho, bom moço. Ele mostrou-me o de fato e único e verdadeiro Pastor e Bispo da alma humana (2 Pedro 2, 25) que é o Cristo. A Santa Igreja Católica pode, de fato, muito mais no passado, mas ainda hoje, por causa de fariseus hipócritas como estão acusando que dom Alberto seria um dos tais, colocar fardos pesados nas costas dos outros que os fariseus que dizem ser dom Alberto não se dispõe a levantá-los nem com um só dedo (São Mateus 23, 4), como alertou o Cristo sobre os fariseus da época d'Ele. Dom Alberto, se for verdade o que dizem dele, deveras, ele está lá no bem bom da Igreja, comendo, bebendo, morando bem em um imóvel confortável ali na Travessa Doutor Moraes com a Avenida Nossa Senhora de Nazaré, em um bairro central de Belém como é o meu bairro de Nazaré, e, segundo o acusam, curtindo os favores sexuais de algum belo e jovem rapazote ou o que é verdadeiramente inaceitável, coagindo ou pelo menos seduzindo a algum rapazote menor de idade a servi-lo sexualmente, não que tais rapazotes não provoquem os mais velhos de mil maneiras valendo-se da própria força e beleza juvenil. Entretanto, o seu clero, talvez sobretudo os religiosos, e o povo leigo se mata penitenciando-se sob pesados fardos em suas costas como aqueles que vemos durante as procissões anuais do Círio de Nossa Senhora de Nazaré...


É evidente que um católico, e eu sou católico, graças a Deus, não pode aceitar a doutrina basilar e central protestante da reforma luterana que é a da justificação somente pela fé, a sola fide, no mínimo, segundo eu entendo, pelo risco que é para a alma humana comum, pois a santidade é algo raro, não participar da normalidade sacramental, mas uma coisa é certa, tal doutrina foi nascida da vida e testemunho concreto e real de Lutero. É algo o testemunho de um Lutero que diz com muita veemência a muitos de nós, cristãos, de todos os matizes, que somos muitas vezes cristãos mornos, imersos em um aquário de uma cultura ocidental inspirada hoje de forma remota e distorcida no cristianismo, onde não se vê mais a necessidade de pescar ninguém de tal situação para uma consciência cristã genuína. Quantas vezes eu rezando com o que possa haver de ortodoxo na ideia de Lutero, ainda deitado em minha cama de manhã, sem praticar a boa obra tipicamente católica ou esforço humano algum de ajoelhar-me e acender uma vela diante de meu oratório, mas por tal atitude praticamente passiva de rezar tendo em mente o testemunho luterano, deitado, eu com isso tomei consciência ao longo dos meus 42 anos de que, de fato, o Cristo é o Salvador, de fato, concretamente, verdadeiramente e realmente, e que não há boa obra que eu faça por melhor que seja tal obra, jamais chegará aos pés do que o que o Cristo fez pela humanidade, pois que de fato Ele consumou tudo na cruz do Calvário (São João 19, 30) nas palavras d'Ele próprio no alto de Seu trono glorioso, ainda que paradoxalmente de humilhação e morte que é a santíssima cruz...


Então, caro leitor, nestes meus 42 anos de idade uma das grandes contribuições para esta minha vida de um pouquinho mais de quatro décadas neste mundo está o fato interessante, um como que alívio e um testemunho de sabedoria alvissareiro que é o conhecimento da religião protestante em minha existência no que tal religião e facção do cristianismo tem de substancialmente relevância universal e interdenominacional. O protestantismo apesar de ser uma heresia aos olhos de Roma, mas fala poderosamente à subjetividade humana onde a resposta da fé se dá e que muitas vezes tal resposta é oculta ao mundo, a exemplo de Abraão que creu no promessa de Deus e a sua fé lhe foi imputada para justiça (Gênesis 15, 6; Romanos 4, 3), tornou-o justo. Tal resposta oculta ao mundo pouco caso faz da boa aparência diante do mundo que os fariseus hipócritas de plantão buscam e que fazem questão que a mão esquerda deles saiba o que faz a mão direita (São Mateus 6, 3) e que gostam de tocar trombeta ao darem esmolas (São Mateus 6, 2) para serem vistos pelos homens, conforme denunciou o Cristo.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

42 anos

 Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

João Emiliano Martins Neto

Resumo: Uma nota social pelo dia do meu aniversário deste ano de 2020.


Obrigado, ó meu Deus, por estes meus 42 anos de idade que eu completo hoje, dia 02 de dezembro do ano da graça de 2020. Que nós, homens, toda a gente, sejamos sempre gratos a Ti, o Criador do céu e da terra e que por isso tudo Tu sustentas, pois sem Ti nada pode subsistir, pois não há autossuficiência, evidentemente, para a mera criatura.

 

Tudo isso eu a Ti peço, ó Senhor Deus, por Cristo Jesus Vosso Filho que vive e reina para sempre na unidade do Espírito Santo. Amém.


Armadilha para cristãos

 Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Resumo: Um alerta para os cristãos de todos os matizes quanto as armadilhas que a direita sectária possa estar armando para eles.


Nesta onda de conservadorismo e modinha de dizer-se de direita o que até há bem pouco tempo atrás era prova de ignorância, grosseria, ingenuidade e no extremo de nazismo e é também modinha, hoje, até mesmo de gente que há bem pouco tempo atrás dizia-se de extrema-esquerda como uma transtornada política bipolar como Sara Winter, hoje diz-se defensora das bandeiras da direita, algumas muito justas como a da família, do cristianismo e a da vida, mas ela usa o sobrenome e a simbologia de extremistas de direita fascistas e nazistas do passado em suas manifestações. Até ontem Winter era ardorosa feminista, ou seja, é uma louca essa mulher talvez em pleno surto de episódio maníaco bipolar, devo recomendar-lhe, então, que tome um dos meus santos remedinhos controlados que eu tomo todos os dias, porque eu sou bipolar, que é o carbonato de lítio, vai fazer-lhe muito bem. Diante de tal modismo é bom que os cristãos tomem cuidado, há uma armadilha adiante no caminho em tudo isso da mesma forma que a esquerda armava armadilhas para as minorias que ela elegeu para si. 


Explico. O cristianismo forjou toda uma cultura, uma alma, um discurso e instituições ao homem ocidental que é difícil de se aquilatar e que extrapola e em muito à religião cristã em sentido estrito e às igrejas cristãs. Está presente o cristianismo no próprio Estado moderno previdenciário e de bem-estar social-democrata tão detestado pelas direitas em ascensão atualmente que aí pode-se dizer que tal força política, pelo menos em seus círculos liberais e libertários, acumpliciada com os pastores caçadores de níqueis da teologia da prosperidade acusados muitos deles do crime de lavagem de dinheiro, começam a cavar um alçapão para pegar cristãos incautos que vendo a sua doutrina cristã ser pisada em um certo sentido pela libertinagem e até mesmo ateísmo e apostasia esquerdista, segue-se que filiam-se os cristãos à direita. Eu vejo nisso a armadilha do individualismo moderno liberal, porque a modernidade tem o seu lado já isento de cristianismo, um pós-cristianismo: não mais também tributário ao cristianismo que deu-nos inclusive a própria noção de indivíduo e liberdade de consciência, conforme viu um dos pais da modernidade, Martinho Lutero, diante do tribunal de Worms que o queria esmagar em uma fase consolidada do cristianismo no mundo, no século XVI. Há uma situação que de fato desgarra-se na ponta de tudo o que os cristãos tem de mais caro, um relativismo, ou seja, não reconhecer nada como estável e verdadeiro que não parta de um talvez materialismo atomístico do indivíduo que é na verdade um mero átomo solto e perdido em tal individualismo ingrato e longe de suas raízes familiares, culturais, sociais e civilizacionais, as quais sem dúvida que colocam em ato as suas potencialidades e talentos.


O alçapão, armadilha, laço das direitas armado para os cristãos incluem alas fascistas e nazistas da direita que esquece-se em uma noção hierarquizante dura e incompreensiva, esquece-se do mundo de irmãos querido expressamente pelo Cristo, quando Ele disse que todos somos irmãos e a ninguém chamemos de pai ou mestre a não ser ao Pai celeste e de mestre não chamemos a outro a não ser a Ele mesmo, o Mestre Jesus (São Mateus 23, 8-10). Tais alas fascistas e nazistas da direita renegam o judaísmo, a raiz de Jessé (Isaías 11, 10a), como diz a Santa Bíblia, em que está enraizado o cristianismo, pois o Cristo Jesus era um judeu, ainda que o fundador de um judaísmo dissidente do judaísmo errôneo farisaico da época; um judaísmo liberal, o cristianismo propriamente dito, onde é Deus quem vai em busca do homem e o serve dando-lhe a Sua divina vida, ao derramar o Seu sangue precioso na cruz, para salvação do homem por graça, e somente por graça (sola gratia), conforme hoje concorda a Igreja Católica com os protestantes, mediante a fé no Cristo (Efésios 2, 8). A armadilha das direitas em ascensão no Brasil e no mundo ou a ressurreição de Caifás que é a revolta dos velhos hipócritas fariseus da época de Jesus Cristo condena apressadamente minorias como os homossexuais não refletindo pelo menos um pouco de que o relacionamento humano vai além de um contato venéreo e físico, conforme gente da direita que não é do número da plebe rude e ignorante querem impingir sobre os pobres homossexuais. Mas ao mesmo tempo eu já soube que caminhoneiros, hipócritas, que apoiam Jair Messias Bolsonaro, atual presidente de direita do Brasil, relacionam-se carnalmente com travestis. Desde quando que a direita da época de Cristo e a de hoje, os fariseus de ontem e de hoje não são ou pelo menos tendem a ser, consoante está escrito na Bíblia Sagrada e na palavra do próprio Cristo: paredes branqueadas (Atos dos apóstolos 23, 3), sepulcros caiados (São Mateus 23, 27), raça de víboras (São Mateus 23, 33), hipócritas (São Mateus 23, 23, 25, 27, 29), em suma?

 

Eis como pode-se dar a armadilha para cristãos vindas da direita. Seja por um liberalismo ou libertarianismo atomizante, solitário e egoísta do indivíduo e outrossim por um fascismo e nazismo hierarquizante, como se um faxineiro não fosse muito mais capaz, pelo menos fisicamente, de lavar um banheiro, coisa que um grão-burguês ou aristocrata ou não sabe como começar ou não teria fôlego para terminar de lavá-lo. Que Deus nos livre de tudo isso.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Sobre Martinho Lutero (comentário a um vídeo)

 Comentário meu ao vídeo abaixo:


Martinho Lutero era um cego e um analfabeto bíblico, quis contradizer São Paulo que escreveu aos romanos que nas coisas criadas pode-se descobrir que Deus existe em suas perfeições invisíveis, o seu eterno poder e divindade, tornando assim todos os homens indesculpáveis de se dizerem ateus ou indiferentes a Deus (Romanos 1, 20).

 

Eu acho que Martinho Lutero produziu uma ideologia, isto é, uma falsa consciência prendendo-se em um mundo de sofrimento, de cruz, para justificar a própria miséria dele, pois Lutero sofria de escrúpulos terríveis ao ponto de achar que a mera inclinação para o pecado já é pecado e com isso por causa de um mero pensamento fortuito impuro, se ele acabara de receber o sacramento da penitência, já retornava para o confessionário para confessar-se de novo ao padre.

domingo, 29 de novembro de 2020

Sócrates discute com Hípias sobre a beleza

 Comentário meu ao vídeo abaixo:

 

A beleza pode a rigor ser definida por harmonia e simetria. Pode-se encontrar coisas belas como desde um deus, passando por uma bela virgem mulher ser humano, uma égua e uma panela, mas a suma, o que há de mais belo: harmônico e simétrico encontra-se em um deus, é evidente, porque um deus ou Deus é o que há de mais elevado que o homem pode pensar.

 

 

sábado, 28 de novembro de 2020

Comunismo e morte repentina

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Resumo: Um testemunho meu explicando o porquê eu não seria um mero excomungado por defender o que seria claro para mim de que na Bíblia Sagrada há um comunismo cristão ali, não marxista materialista, ateu e apóstata, mas um comunismo de raiz espiritual cristã.


Nestes dias de fanatismo político com o pessoal no Brasil e no mundo fascista de direita burro e paranoico dominando e enxergando comunismo em quem deles discorde em uma vírgula, cabe este meu artigo aqui em o qual eu quero dizer que se eu morrer de repente, e as vezes acontece que a morte ocorre de assalto na vida do homem, então, eu quero deixar claro, se alguém lembrar-se da minha memória para uma certamente que improvável diante de minhas muitas fraquezas investigação de minha santidade para uma improvável beatificação ou canonização de minha pessoa, que publicamente na internet eu já defendi algo que poderia ser um comunismo cristão na Bíblia Sagrada, no Novo Testamento, mas nem por isso eu julgo que eu seria um excomungado por supostamente defender o moderno comunismo e moderno socialismo marxistas apóstatas, contudo que por outro lado têm boas coisas como o fim da exploração capitalista e um mundo de irmãos com a partilha, mas com coisas terríveis se imiscuem em tal moderno comunismo que não é o que eu defendo por ser frontalmente contrário à fé. Como é público para mim, parece claro que há um tipo de comunismo na Bíblia em Atos dos apóstolos, capítulo 2 e versículos 44 e 45 e no capítulo 4 e versos de 32 a 37. Os apóstolos e discípulos do cristianismo antigo tinham tudo em comum e ninguém passava necessidade. Não se via pessoas pedintes com fome e sem quase nenhum dente na boca, naquela época entre os cristãos, como eu vejo hoje em minha Arquidiocese de Belém (capital do Estado do Pará, Brasil), a pedirem esmola na porta de um suntuoso templo católico mariano daqui da capital como o é a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré.


Eu acho que o que a Santa Igreja reiteradamente condenou foi o socialismo moderno que é materialista onde a classe social e as condições econômicas é que determinam a consciência humana e não algo transcendente em Deus como a raiz, fundamento, luz e verdade mesma do mundo que fala ao homem em sua consciência nos milagres, prodígios, através das coisas criadas e no testemunho dos cristãos.


É isso, meu caro leitor, se ouvirdes falar de mim e acusarem-me de eu ser um excomungado por defender o comunismo ou por eu ser um filocomunista ou filosocialista, defende-me com as minhas palavras, acima. Também defende-me no testemunho da Santa Igreja Católica, renovada pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, que nos últimos 58 anos mostrou-se como o bom samaritano não a condenar, mas a auxiliar a todo homem moderno do qual surgiu o moderno comunismo e socialismo marxistas que no pecado não sabe o que faz tal homem, como disse o Cristo no alto de seu trono glorioso da cruz, pequenino e iludido tal homem moderno em sua maldade de querer emancipar-se, no caso do marxismo sócio-política e economicamente emancipado de seu próprio Deus, Aquele que é tudo em todos (1 Coríntios 15, 28).

 

E por falar em filocomunista, Dom Marcel Lefebvre, um homem sectário, ignorante, duro, incompreensivo, ele, sim, um excomungado, chamava o Santíssimo Padre São João Paulo II de ser um "filocomunista", esse Papa que em sua sabedoria soube garimpar coisas boas no moderno comunismo, que aliás não realizou-se em parte alguma do mundo, na questão da defesa do Papa aos direitos humanos e um  mundo de irmãos em uma nova ordem mundial com o auxílio da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o fascismo e nazismo tendentes no ideário nacionalista que causou duas guerras mundiais e hoje ressurgiram no mundo.

 

Reiterando, nem por isso eu sou um marxista ateu e apóstata, mas ao meu ver na Santa Bíblia parece-me claro haver um tipo de comunismo cristão, na vida dos primeiros cristãos em associação aos santos apóstolos, onde a partilha, qual ocorre na comunhão trinitária na argamassa e força do Divino Espírito Santo, ocorria entre os cristãos onde as necessidades de ninguém passavam despercebidas conforme a capacidade de cada um da comunidade podia ajudar.

Deus, deuses, o absoluto, a verdade personificada

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Resumo: Reflito aqui sobre Deus desde a ideia politeísta como sendo Deus ou deuses a própria verdade e sabedoria personificada, não um mero discurso com algum sentido, que fala ao homem intimamente.


Deus, deuses, o que seja a perfeição, a unidade, a plenitude a que o homem aspira, mas não consegue alcançar  por si mesmo, em si mesmo e em nada natural, são coisas, eu entendo, como dos fortes e corajosos e também dos livres e dos inteligentes. Porque quantos homens na verdade fracos, medrosos e também em um cativeiro de seus próprios vícios, cegos, burros e sem noção da própria temeridade arrogam-se serem como Deus, isto é, senhores e reis deste mundo para que o que eles entendem como a perfeição, a verdade, eles entendem que são eles mesmos e o que eles querem como lei seja imposto sobre o mundo. Desde eras remotas os homens fortes, corajosos e também livres e inteligentes sempre ficaram do lado de Deus ou dos deuses contra a tirania do homem sobre o homem. Tais homens malignos até assumem, porque disse o Cristo Jesus que a boca fala do que está cheio o coração, eles assumem a óbvia pretensão maluca deles, premidos por suas consciências esmagadas por si mesmos, como Friedrich Nietzsche que escreveu certa vez que se houvesse Deus como ele poderia ser Deus? Eles contrariam o que lhes resta de consciência reafirmando que não há verdade, mas que eles têm a verdade deles, dizem também que cada um tem a sua verdade, impondo assim no mundo uma igualdade do nada saber com certeza e de forma universal ou pelo menos menos nada saber acerca da verdade mais alta e fundamental para o conhecimento do mundo. Impõem assim o relativismo no mundo, impõem a ditadura do relativismo no mundo. Mil anos de trevas com tal tipo de gente no comando do mundo.


Eu entendo Deus, o absoluto, a verdade personificada quando nada deste mundo criado ou natural pode em si encerrar a última palavra sobre o que seja a verdade, a alma, o entendimento ou espírito sobre o mundo. Que homem ou anjo por mais que seja inteligente, poderoso e adornado de qualidades que seja pode forjar para si uma consciência onipresente e onissapiente que dê conta intimamente de tudo o que há no mundo ou no universo ou que consiga forjar um novo homem, anjo semelhante a si ou um universo como Deus fez tudo isso e do nada? Onde está o último e genial cientista ou filósofo que dê a resposta final para os mistérios mais espantosos do mundo?

 

Um apelo metafísico ou teológico para se entender o mundo pode até parecer ser fruto da ignorância como no politeísmo achava-se que as forças da natureza eram comandadas por trás de si por deuses, conforme entendia-se no politeísmo helênico, por exemplo, mas um dia o que é considerado o verdadeiro Deus revelou-se único no monoteísmo. Viu-se, eu entendo assim o monoteísmo, justificando tal revelação monoteísta, a necessidade da unidade de vistas no comando do mundo na forma de uma cabeça única e absoluta no comando do mundo que como que não seria tal cabeça uma só se a verdade e a sabedoria necessárias para o que há como é e será é algo que no mundo dos homens une em um só os melhores homens e também une em uma só carne, como no sacramento do matrimônio, homem e mulher como não uniria e seria um só Deus conforme a ideia monoteísta? Corroborando o monoteísmo, vê-se sobretudo pelo argumento inteligente de Aristóteles de que o movimento de tudo o que se move necessariamente partiria de um só motor imóvel, porque um movimento de tudo ao infinito sem um primeiro movente não seria lógico. Pode parecer ignorância ou algo antiquado um tal apelo metafísico ou teológico, entretanto eu vejo como dos mais interessantes para uma mente inteligente, que reflete, em vista da busca da unidade do conhecimento sobre o mundo na unidade da consciência de si mesmo que é algo que passa pelo autoconhecimento de si mesmo, porque, por exemplo, que Ciência ou Filosofia já conseguiu esvaziar os cemitérios e os hospitais onde pereceram, perecem, perecerão e sofrem tantas pessoas a não ser o Deus que teria se feito homem em Jesus Cristo que ressuscitou mortos e curou tantos doentes?


O homem tende à verdade, à unidade, o homem busca saber sobre si mesmo, e assim saber mais acerca do mundo e dos deuses, diria a sabedoria de Delfos. No caso dos melhores homens eles honram a espécie buscando saber que sabem, de fato, sobre alguma coisa. O homem honesto e sincero sabe de sua precariedade, finitude e precariedade e finitude de tudo o mais que há no mundo e que está incomensuravelmente abaixo dele enquanto espécie e gênero. O homem de bem e honesto, sincero, da mesma forma que o melhor dos homens de sua época e um dos melhores homens de todos os tempos que foi Sócrates, tal homem, a exemplo de Sócrates, se for excelente só deve saber que nada sabe, mas que certamente deposita o que possa saber com amor à sabedoria e humildade na santa fé católica romana que é a religião do próprio Deus que atravessou os céus para ter com os homens. Sócrates faria o mesmo se houvesse cristianismo em sua época, depondo aos pés da Santa Igreja de Cristo que subsiste, persiste e brilha na Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja da qual são membros, mesmo que não participem dos sacramentos, todos os homens não alienados de sua humanidade, sobretudo os pobres. Sócrates, o sapietíssimo, depositaria aos pés da Igreja a sua coroa de rei da criação que é todo homem, pondo-se aos pés da Igreja de Deus, a serviço da Igreja, a serviço de Deus e dos homens, sobretudo dos mais necessitados, e não a serviço da própria cegueira, loucura e burrice e com isso querendo arrastar a outros que o idolatrem como deuses, como fazem os ímpios.


A verdade personificada é Deus, sábios são os deuses, diria o filósofo Pitágoras de Samos. A verdade única no Deus único que revelou-se plenamente como trindade santa: família, comunidade, em Jesus Cristo é Alguém, é uma pessoa como Cristo que sendo Deus e homem sem divisão, mostrando o destino divino do homem, mas já na época do Antigo Testamento como diz Isaías, a verdade não sendo apenas palavras acertadas em um discurso, quer dialogar com o homem, põe a alma do homem em movimento, pois sendo conhecimento, verdade pura faz o homem dialogar inclusive consigo mesmo. Dá-lhe vida, desperta-o, chama o homem no santuário íntimo de sua consciência, mas que perdoa-o no sacramento da penitência ressuscitando o homem do mundo dos mortos e antes disso já na fé em Jesus Cristo torna o homem justo, porque a fé em Jesus é o princípio da justiça.

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