Quando alguém defender a falácia positivista da ciência acima da moral, do bom senso e da religião cristã, desconfie. Mais um arauto do genocídio perto de você!
Por Leonardo Bruno
Quando se estuda a história do genocídio no século XX, em particular, do
extermínio nazista, quase sempre se imagina o regime de Hitler como uma
confraria política de bárbaros que seduziu uma nação tradicionalmente
intelectualizada a um projeto de loucura coletiva. Contudo, o genocídio
não é produto acidental de um hiato entre civilização e barbárie. Na
verdade, ela surge justamente entre as pessoas educadas,
intelectualizadas e bem situadas no meio acadêmico europeu e
norte-americano do começo do século XX. A eugenia, palavra inventada por
um evolucionista primo de Darwin, Sir Francis Galton, foi a obsessão
ideológica de cientistas, médicos, sanitaristas e intelectuais, para a
criação da raça humana perfeita. Essa pretensa modificação radical da
humanidade implicaria na mais ambiciosa e dramática política de
controle, depuração, segregação e eliminação "racial" dos socialmente
fracos ou de povos inteiros. Débeis mentais, pessoas com hereditariedade
de doenças ou fisicamente defeituosas, como também os negros, os
latinos, os judeus, os asiáticos e ameríndios deveriam ser frontalmente
eliminados em nome da preservação da pureza racial da raça branca
nórdica.
A eugenia foi um movimento mundial que teve um sólido apoio de uma boa
parte da classe acadêmica e científica. Até no Brasil seus ecos foram
escutados. Ganhou auras de respeitabilidade científica através de
investimentos de grandes associações filantrópicas americanas, como a
Fundação Carnegie e Rockefeller. Revistas médicas, trabalhos acadêmicos,
teses de universidades "respeitadas" como Chicago, Yale ou Harvard
aderiram alegremente à grande farsa científica do racismo biológico. Foi
de Harvard que surgiu um de seus maiores defensores, Charles Davenport.
Segundo o jornalista e historiador Edwin Black, em seu livro "A Guerra
contra os fracos", a política de eugenia nos Eua chegou a esterilizar,
em quase meio século, cerca de 50 mil cidadãos americanos. Os
eugenistas, através de lobbyes políticos, chegaram a criar leis
segregacionistas em vários estados americanos e, inclusive, proibiam
casamentos inter-raciais e de pessoas consideradas "geneticamente"
portadoras de doenças hereditárias.
Dentre os maiores apologistas da eugenia, é indispensável tocar no nome
da feminista americana Margareth Sanger. Se alguém tiver a oportunidade
de ler o que esta senhora escreveu, verá que não diferia em nada do que
Hitler prescrevia. O alardeado "controle de natalidade" defendido por
feministas e malthusianos nada têm a ver com o interesse das famílias ou
o bem estar delas. A lógica real era a eugenia, a diminuição gradativa
da reprodução dos considerados "fracos", como indigentes e pobres,
culpados pelos crimes hereditários de serem indigentes e pobres. A
Planned Parenthood, a maior instituição abortista do mundo, tem na
pró-nazista Sanger sua fundadora e mentora espiritual.
É comum uma certa militância secularista e atéia idolatrar a ciência
como resposta absoluta para todos os problemas da humanidade. O
positivismo é dogmatizado, elevado como a filosofia primeira do
universo. E a ciência alimenta uma espécie de ilusão de controle da
realidade. Na verdade, repetem as mesmas falsidades dos cientistas do
início do século XX. A ciência justificou o extermínio racial de Hitler.
Foi a mesma falácia do discurso científico que legitimou a União
Soviética e o marxismo-leninismo. Doutrinas e projetos políticos
endossados entusiasticamente pelas universidades!
Feito isto, conclui-se que o apelo abusivo da autoridade científca é uma
bandeira que camufla fraudes monumentais. Seja para defender uma agenda
racista ou genocida, seja para qualquer outra bandeira política, os
homens de jaleco agora são agraciados com uma reverência digna de um
clero secular. Isso ocorre atualmente com outras agendas, como a do
movimento homossexual e abortista. Milhões de diplomas universitários
são lançados ao mercado para promover novas e falsas bandeiras, sob a
aparência de seriedade acadêmica. Do aquecimento global à expansão da
doutrinação gayzista nas escolas, como as políticas de controle de
natalidade relacionadas à legalização do aborto, antes de serem meras
práticas isoladas, são frutos de toneladas de papel inútil de uma
inteligentsia universitária, financiada por ongs poderosíssimas.
Curiosamente, as mesmas entidades que um dia financiaram a eugenia e o
racismo. A Fundação Rockefeller, Ford, McCarthur, em colaboração com a
ONU e com os governos nacionais, jorram bilhões de dólares para esses
movimentos. A gênese das ideologias de engenharia social totalitária
mais perversas estão nestes movimentos ativistas. O apelo das
credenciais científicas foi e pode ser um grande instrumento da
destruição da vida de milhões de pessoas.
Quando alguém defender a falácia positivista da ciência acima da moral,
do bom senso e da religião cristã, desconfie. Mais um arauto do
genocídio perto de você!