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O que um filósofo estuda? | Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho   " Um filósofo não estuda autores e textos. Estuda problemas, estuda a realidade, estuda a existência e seus enigmas...

domingo, 12 de janeiro de 2014

Trecho de uma carta a um irmão separado

Por João Emiliano Martins Neto

ao contrário do que ensina a orgulhosa teologia da prosperidade muito disseminada entre vocês amados irmãos separados 

"Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!" (São Mateus 5:4 Bíblia Ave Maria)

Caro irmão,
Apreciei deveras a seu último sermão em sua, como nós católicos devemos chamar às igrejas protestantes, comunidade eclesial. Apenas gostaria de lembrá-lo - ao contrário do que ensina a orgulhosa teologia da prosperidade muito disseminada entre vocês amados irmãos separados - a respeito da humildade de um Deus como o nosso que se fez homem. Também esse Deus nasceu em uma manjedoura ao alertá-lo que poupe de se gabar por Deus ser mais propício a um do que a outro. Pois, se, por exemplo, há gente humilde, que, segundo suas palavras, não conseguem; se há pessoas que não são amadas verdadeiramente; se há pessoas angustiadas ou cansadas, eis que segundo as beatitudes (São Mateus 5:1-12) são consideradas pessoas felizes, apesar de suas lágrimas e sofrimento.




Que neste aniversário de nossa Belém, capital do Pará

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Os erros de Augustus Nicodemus sobre a doutrina da graça no catolicismo

Frequentemente os protestantes se confundem ao exporem a doutrina católica da graça. Chamam-na de pelagiana, de semipelagiana, meio sem muito critério, sem muito sal. É velha tal acusação, que data de João Calvino. Focaremos, nessa postagem, a acusação de semipelagianismo, doutrina condenada infalivelmente.

Para entendermos as várias posições da graça, utilizaremos um gráfico feito por Garrigou-Lagrange, em sua obra "Comentários ao Tratado da Graça" :
Não pode a graça ser "eficiente por si mesma" e "não eficiente por si mesma", pois tal violaria o princípio lógico tertium not datur. As posições teológicas, heréticas ou não, situam-se entre esses dois extremos, em maior ou menor intensidade. Sustenta esta posição, de modo geral:

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal, queiram ou não


Se em vez disso você insiste em responder com “Feliz Natal”, terá de fazê-lo com plena consciência de que essas duas palavrinhas fatídicas serão ouvidas como uma declaração de guerra. É assim que, neste como em outros casos, o sentido do que dizemos já não depende da intenção com que o fazemos, mas do propósito imaginário que um fingidor histérico nos atribui. Como ele nos odeia, tem de fazer de conta que a nossa gentileza é uma ofensa intolerável.



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Por mais que me esforce, não consigo imaginar como se faz para desejar “Feliz Natal” contra alguém. Mesmo que estejamos nos dirigindo a um cidadão que rejeita o nosso Cristo com todas as suas forças, o que lhe ensejamos com essas palavras, já que ele não quer os benefícios da vida futura, é que pelo menos desfrute de alguma paz e bem-estar na sua casa enquanto, na nossa, celebramos o Advento do Salvador sem incomodá-lo no mais mínimo que seja e até pensando alguma coisa em seu favor durante as nossas orações. No entanto, de uns tempos para cá um vasto grupo de ateístas militantes, escorado em organizações bilionárias e no apoio da grande mídia, decidiu fingir que se sente mortalmente ofendido quando assim o cumprimentamos. Quando em vez disso um deles nos diz “Boas Festas”, o sentido da sua mensagem é claro: “Vá para o diabo com o seu Natal, o seu Cristo e toda a sua maldita religião. Esconda-a, pratique-a nas catacumbas mas tire essa coisa hedionda da minha frente.” Subentende-se que, saudados com tamanha gentileza, devemos retribuir desejando para o nosso interlocutor uma pletora de bens deste mundo e total despreocupação quanto à existência do outro. Se em vez disso você insiste em responder com “Feliz Natal”, terá de fazê-lo com plena consciência de que essas duas palavrinhas fatídicas serão ouvidas como uma declaração de guerra. É assim que, neste como em outros casos, o sentido do que dizemos já não depende da intenção com que o fazemos, mas do propósito imaginário que um fingidor histérico nos atribui. Como ele nos odeia, tem de fazer de conta que a nossa gentileza é uma ofensa intolerável.

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