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O que um filósofo estuda? | Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho   " Um filósofo não estuda autores e textos. Estuda problemas, estuda a realidade, estuda a existência e seus enigmas...

domingo, 31 de janeiro de 2021

Um erro comum

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

São Lourenço libera almas do Purgatório, pintura de Lorenzo di Nicolò


Eu estava assistindo a um vídeo no site YouTube de autoria de um jovem bispo protestante em que ele comete um erro comum dos irmãos separados protestantes quando vão falar sobre o purgatório. O erro é que segundo o entendimento católico romano, o purgatório é justamente ao que ele se referiu no vídeo como o tribunal dos jogos olímpicos gregos, o "Bema" (do grego βήματος τοῦ χριστοῦ, bematos tou Christoú), o tribunal o qual foi vertido à realidade da comunidade dos cristãos pelo Apóstolo São Paulo como o "tribunal de Cristo" (2 Coríntios 5, 10) que avaliará qual o galardão que um homem receberá depois de sua morte. No purgatório, entendimento católico, as almas já estão salvas, a única porta de saída do purgatório é para o céu e não para o inferno. Isso difere frontalmente da parábola do rico epulão e o miserável Lázaro (Lucas 16, 19-31), pois o epulão já estava condenado no inferno. O purgatório, mesmo que com seus sofrimentos terríveis ali, é uma parte do céu, é um anexo na forma de uma antecâmara à maneira de limpeza da alma.

 

Com a ideia do purgatório fica garantida a obra de Cristo Jesus, vicária, propiciatória, única por seus méritos decisivos, absolutamente necessários e de valor infinito para a salvação humana pelos méritos do Cristo. Eis o núcleo, ao meu ver, do erro teológico protestante sobre o purgatório de dizer que com o purgatório a salvação humana operada pelo Senhor Jesus Cristo seria anulada, porque, ao contrário, a questão do purgatório é com relação, como acima dito, com relação ao mérito. Ou seja, com a ideia de purgatório o homem não purifica-se a si mesmo e assim salvar-se-ia por si mesmo. Não, não, só Jesus salva, a questão do purgatório exatamente é a do galardão a que o bispo referiu-se e colocou mesmo como além da declaração de se um homem está salvo ou não, preocupação constante na teologia protestante o que é deveras importante, que é ao que se refere São Paulo aos coríntios na perícope escriturística que fala do Bema.

sábado, 30 de janeiro de 2021

Sobre o politicamente correto e a direita maluca

Autoria: João Emiliano Martins Neto


A direita é maluca, nunca terá um partido ou nem mesmo uma associação qualquer. Por que? Porque o politicamente correto é o que propicia o capitalismo por ensinar a suavidade, por ensinar de uma forma laica a se ser um cristão, a ter um coração verdadeiramente humano: compreensivo e misericordioso. O capitalismo e o cristianismo, também, precisam do politicamente correto, da suavidade. Cristianismo e capitalismo que a direita diz defender, mas no caso do execrável capitalismo da acumulação gananciosa, avarenta e egoísta que esmaga os mais humildes, capitalismo que a direita diz defender sem a suavidade nas relações não há comércio de mercadorias, porque imagina um tiozão tosco do pavê sendo grosseiro com potenciais consumidores de serviços e dinheiro só porque eles são gays, doentes mentais ou aleijados, por exemplo? Então, certos setores truculentos, toscos e boçais, os famigerados tiozões do pavê da direita estão dando um tiro no próprio pé ao descartar o politicamente correto e ainda mostram-se anticristãos, com pouca compaixão e humanidade. Desse jeito a direita não pode comandar ou ter sequer um centro comunitário de bairro, quanto mais um partido político, quanto menos uma influência nacional e mundial, nem pensar.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

"Aglomerei mesmo e recebi bem para isso!"

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Ygona Moura

Dizia em uma postagem de ontem que eu estou rezando e fazendo boas obras, em particular as obras indulgenciadas prescritas pela Santa Igreja Católica, em favor das almas que estão a padecer no purgatório, então, eis que ontem mesmo fiquei sabendo na internet no culto e bem informado canal no site YouTube do Henry Bugalho que uma tal de Ygona Moura, negacionista da pandemia, espécie tão comum nos dias de obscurantismo em que vivemos, morreu de covid-19. Pagou pelos próprios erros, porque conforme o título desta minha postagem aqui, palavras da tal fulana, ela dissera em um vídeo curto do YouTube que promoveu mesmo aglomerações e ainda ganhou dinheiro por ser temerária, burra, assassina e suicida, ao fim de tudo.


Dizia que estou rezando pelas almas, hoje mesmo, agora mesmo nesta manhã do dia 29 de janeiro de 2021, acabei de voltar da pequena igrejinha jesuítica que é a Capela Nossa Senhora de Lourdes que fica no meu bairro de Nazaré, aqui em minha cidade de Belém, capital do Estado do Pará, fui ali rezar o Santo Rosário na forma de obra indulgenciada para ver se eu consigo uma indulgência plenária pela alma da desgraçada, infeliz e miserável Ygona Moura. Que ela descanse em paz se perto do fim e sofrendo do coronavírus pediu a misericórdia divina por sua torpe alma. Se ela fez isso, logo, talvez esteja a padecer no purgatório e sua alma pode ser ajudada, caso contrário, como talvez seja fortemente o caso, deve estar a este exato instante sendo punida no inferno por sua maldade, porque diante das barbaridades que ela dizia, fez e ganhou bem para isso, nem mesmo o Cristo Jesus deu-se o trabalho de rezar por gente mundana da laia dela (João 17, 9).

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Os vivos mimados e os mortos em necessidade

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Nos últimos tempos, há pelo menos mais de uma semana, eu venho ocupando-me de rezar e de fazer boas obras, destacadamente as chamadas obras indulgenciadas, em favor, sufrágio, das almas que se encontram no purgatório. Que Deus me dê forças a fim de que eu dê o melhor de mim, porque é uma obra excelente ajudar as almas dos salvos que se encontram a padecer terrivelmente nas ditas chamas purificadoras do além no purgatório.


As almas no purgatório ou a Igreja padecente, já estão salvas. Faz muito mais sentido e dá gosto de se rezar e fazer penitência por elas, visto que a sua necessidade é absoluta, elas não podem mais crescer  no amor tal qual nós, os vivos, podemos fazê-lo neste mundo e muitas vezes descuidamos de tal tarefa de simplesmente amar, até ao ponto de se preciso dar a prova maior do amor que é dar a vida por Deus e pelos homens, ainda que tais homens sejam nossos inimigos (Romanos 5, 8, 10) como o próprio Jesus Cristo e tantos mártires, Santo Estevão é um exemplo, deixaram-se imolar por seus cruéis carrascos e ainda perdoaram os assassinos (Lucas 23, 34; Atos dos apóstolos 7, 60), Santo Estevão morreu a pedradas, o Cristo todos sabemos como foi o fim dele. Os vivos, nós, vivos, somos muitas vezes é uns mimados, temos todas as oportunidades de crescer para ter um coração mais humano, mas preferimos optar pela roda viva do mal do egoísmo, da falta de perdão, da idolatria e do relativismo tendo por raiz de tal roda viva do mal o orgulho e a soberba. As almas no purgatório padecem da necessidade absoluta de que nós, vivos, com a ajuda das almas que já estão na glória do Céu, porém muito por nossa ajuda de nós, os vivos, as almas no purgatório precisam de nós aqui neste mundo esforçando-nos para ser gente: amar, amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos, a fim de que o nosso crescimento espiritual, mesmo que no sofrimento, sirva-lhes, também com nossas orações, de libertação do terrível sofrimento purgatorial, que, para exemplificar, é como estar com uns sete dentes doendo na boca e nada poder fazer por si mesmo, nem poder tomar um analgésico, arrancar tal dente ou procurar um dentista. O dentista, o analgésico ou a forma de arrancar tal dente podre, com a ajuda das orações almas santas do Céu, vem de nós, vivos.


Hoje é dia de Santo Tomás de Aquino, uma gloriosa alma a festejar no Céu com a Trindade Santa, a Virgem Maria, São José, os demais santos e os anjos. Que Santo Tomás possa ajudar-nos com suas orações no Céu e as nossas orações aqui na terra a fazer a Igreja militante e peregrina no exílio deste mundo a navegar no aprendizado do amor e que ele interceda junto com nós, os vivos, pelas almas dos verdadeiros irmãos nossos que encontram-se sofrendo no purgatório, porque muitas vezes os vivos neste mundo são uns mimados e há muito já tomaram a decisão de não serem irmãos de ninguém, porque só pensam em seus próprios umbigos, por tal tipo de gente nem o Cristo quis rezar (João 17, 9) e nem São João, aliás, disse para que não se reze por tal tipo de gente (1 João 5, 16).

Gays inconscientes e mercenários

Autoria: João Emiliano Martins Neto


Há horas, sempre que caio na tentação do pecado homossexual, eu noto o grande número homens que se prostituem sexualmente na homossexualidade e se prostituem no sentido estrito do termo, isto é, fazem sexo por dinheiro. Eu os encontro a rondar os logradouros públicos de minha cidade de Belém, a capital do Estado do Pará, por exemplo, um deles é o informal bas-fond homossexual de minha cidade que é a Praça da República.


Eis que são gays inconscientes e mercenários. Não gostam dos gays passivos que eles costumam penetrar, ainda que haja más línguas que dizem que eles também fazem o papel do execrado passivo, isto é, são sodomizados. Ora, são gays, não adianta quererem mentir, ainda que sejam os gays ditos superiores, pois são os ativos, mas são sempre gays, porque quem não quer sê-lo que atenha-se ao sexo com o sexo oposto, no caso, com as mulheres. E eles são perigosos, ai de quem não pagar-lhes o programa, eles são capazes de agredir até mesmo mortalmente, se bem que alguns matam pagando ou não, porque o ódio ao que são, gays e sempre gays, diante do gay puro que é o passivo incita-lhes a agressão, talvez por sentirem-se fracassados já que não possuíram uma mulher. Eu já fui perseguido por um dos tais, em uma madrugada, até o meu endereço e o homem ao chegar na portaria de meu condomínio fez o maior escândalo, revelando aos gritos o que fizéramos intimamente juntos como se ele ter permitido o ato não o configurasse um homossexual, porque um homem de verdade só se permite o sexo com mulheres, tendo, no limite, horror ao homem como ele próprio é homem.


Estes gays inconscientes e vendidos são os verdadeiros egodistônicos que a psicologia e a psicanálise podem cuidar. Odeiam a si mesmos, mas ao mesmo tempo lucram e muito com a homossexualidade que abominam, mas praticam.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Teologia - entre a ciência e a devoção

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Evágrio Pôntico

Resumo: Uma reflexão minha sobre a Teologia ser uma ciência diferente, onde é inseparável da mesma a racionalidade e a abertura a algo além da razão humana.


Nos últimos tempos, há algumas semanas, eu venho interessando-me em cursar a Sagrada Teologia em uma faculdade de minha cidade. Então, de lá para cá venho assistindo na internet a alguns vídeos sobre o assunto teológico e uma coisa que eu noto é a presença de muito mais devoção por parte de quem aborda a Sagrada Teologia do que ciência, um raciocínio lógico baseado em evidências e um certo ceticismo metodológico. Com exceção de um dos vídeos, de uma série, de autoria de um professor católico de Teologia, o professor João Gracioso no sítio YouTube, o que mais vi no mesmo YouTube da parte tanto de pelo menos uma católica e de pelo menos um senhor protestante, mas no todo é a devoção a Deus imperar, e em todos os casos uma fusão de ciência com devoção, o que talvez seja o método mais apropriado para a Sagrada Teologia, uma ciência sem dúvida que sui generis, e chamada de rainha das ciências, a única ciência exata, ensina o filósofo Olavo de Carvalho, ao mencionar Aristóteles para quem a Teologia, ou Sabedoria era a filosofia primeira chamada depois de metafísica. Explicarei no próximo parágrafo.


Vocês podem notar, caros leitores, que eu mesmo usei o termo Sagrada à Teologia, ou seja, a Teologia, por conseguinte, carrega algo do que é separado, santo, para o serviço divino, separado do profano, natural e mundano. A Teologia Sagrada é algo que tem o componente do sobrenatural onde habita Deus. Evágrio Pôntico já dizia que quem reza é que é teólogo, então, o teólogo por mais científico que ele queira ser, o abrir-se ao milagre, ao sobrenatural, o como que Deus ex machina, o baixar do divino no cenário e na História humana é algo cientificamente esperado pelo teólogo, o que desafia o conceito comum, profano e natural de ciência, onde o que importa é a regularidade das leis da natureza a se darem normalmente por meio de uma hipótese científica que ao ser falseabilizada possa ser tida e havida como teoria e um fato ou ao contrário possa ser impugnada, segundo o método científico. É como se para a Sagrada Teologia, o milagre fosse algo natural e comum e é claro que não é, caso contrário não seria milagre. Deus se deu e podemos sabê-lo no que está escrito na Bíblia Sagrada na história de seu povo eleito por Ele mesmo (Salmos 104, 6), os israelitas, prometeu desde a época de Moisés um Messias, mais especificamente a Bíblia remete a um profeta semelhante a Moisés (Deuteronômio 18, 15. Atos dos Apóstolos 3, 22; 7, 37) que na chamada plenitude dos tempos veio ao mundo nascido da Virgem Maria, cujo nome de tal Messias é Jesus. Deus até hoje se dá, revela-se, aclarando e atualizando, e os teólogos refletindo a respeito, o que diz a Bíblia na Sagrada Tradição viva da Santa Igreja Católica Apostólica Romana e no Sagrado Magistério que interpreta a ambos os dois, Bíblia e Tradição. Tendo bem ciente a interpretação do Magistério Santo, cabe ao teólogo traduzi-lo racionalmente e, não nos esqueçamos, a devoção e a piedade filial diante do Pai do céu e do Pai aqui na terra que é o Santo Padre o Papa, o porta-voz do Espírito Santo.


Teologia - entre a ciência e devoção, eu acho que entre as duas cabe a argamassa da compreensão que uma tal ciência sublime como a Teologia exige primeiro a fé, a obediência, sim, a devoção por Deus e por Sua Santa Igreja Católica Romana para depois buscar entender racionalmente, cientificamente, o conteúdo do maravilhoso, do miraculoso que de vez em quando, raramente, interrompe o curso fatal do mundo rumo ao que lhe é próprio que é o ceticismo, o niilismo, a culpa não perdoada e não expiada a esmagar a consciência humana, a tragédia e a finitude.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Email fictício a um amigo

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 


Resumo: Um email fictício endereçado a um amigo que serve de um testamento de uma vida como a minha que eu pretendo que seja uma vida reflexiva e crítica, ou seja, que merece ser vivida.


Meu caro amigo, a morte pode colher o homem de repente e como a vida é um presente de Deus, não cabe que uma tal dádiva passe como uma sombra despercebida nem que seja para deixar confusos e irritados os burros que vivem inconscientes por aí, sem pensamento, com suas vidas toscas que não valem ser vividas, porque irrefletidas. E, para mim que sou cristão e que desde as últimas semanas de dezembro do ano da graça de 2020, eu venho interessando-me em tornar-me um teólogo, profissão rara já que a maioria prefere ser apenas mais um a superlotar as fileiras concorridíssimas dos que vendem as suas almas para os limítrofes assuntos meramente humanos ou naturais, não cabe que uma vida como a minha não deixe de pelo menos por escrito de, tal qual e encarnando em minha vida a Palavra de Deus, por meu testemunho de vida - se Deus permitir - a Palavra do Senhor "não voltará para mim vazia, mas realizará toda a obra que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei." (Isaías 55, 11).

 

Tu sabes de minhas tentações na homossexualidade, eu sou um homossexual e a homossexualidade se é algo que a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, à qual servimos com sincero, entretanto, também de forma crítica e inteligente, a Igreja diz ser uma grave depravação e é em si mesma é a homossexualidade algo desordenado, contudo o meu desejo carnal e afetivo pelos homens é sincero, é de coração. Evidentemente que é simétrica homossexualidade, apesar de sua anormalidade e coisa humilhante e que chega a ser ridícula que é, mas é a homossexualidade alinhada, em um certo sentido, ao desejo heterossexual entre eles, os heterossexuais. É a homossexualidade algo de genuinamente humano, o afeto, a paixão, o amor é o mesmo. Ok, dirás, mas é o inverso do que ocorre na heterossexualidade, é o mundo da afetividade ao contrário do que deveria dar-se, normalmente, na busca comum da complementariedade afetiva que ocorre deveras entre macho e fêmea. À essa complementariedade afetiva alude a Santa Igreja em seu mais recente Catecismo do ano de 1992, também no mesmo Catecismo está escrito o que aludi acima de que a homossexualidade seria uma grave depravação. Sim, tudo bem, meu caro leitor deste email, eu concordo contigo. O macio, liso e sem pelos afeminado, travesti ou mulher trans a que alude o bem-aventurado, santo e glorioso Apóstolo São Paulo (1 Coríntios 6, 9), nosso suporte no Céu a sempre rezar por nós, seria o afeminado como que uma pirueta, a roda da subversão homossexual que a leva mais adiante, a fim de o homossexual masculino mais próximo do feminino ser a fêmea que o macho da relação espera. Há, pelo que se pode notar, uma busca de se ser um complemento afetivo torcendo a natureza das coisas, porque normalmente os homens são peludos, rústicos fisicamente e tem a pele mais áspera. O meu sentimento e afeto pelos homens é sincero, é o que eu posso deixar-te aqui como testamento, todavia, se a Palavra de Deus que deve encarnar-se em nós cristãos e que passa pelas luzes dos estudantes de Teologia e os teólogos, se a Palavra de Deus interpretada infalivelmente pela Igreja condena tal prática, quem somos nós para discordarmos? O conselho da vontade divina é luz, cabe a nós, cristãos, comuns aceitarmo-la e a quem é teólogo ou estudante de Teologia traduzir e explicar de forma crítica, aberta, inteligente e com fé na Escritura e na Igreja acerca de tal conteúdo e mandamento.

 

Outra coisa, caro amigo, é que tu sabes de minha inclinação para o protestantismo. O testemunho muito concreto e pessoal de alguém como Martinho Lutero, alguém que já não sabia de que forma agradar a Deus e que conhecera em sua época um certo homem que para ser propício ao favor divino chegou ao ponto de tornar-se um mendigo cadavérico, um esqueleto vivo a carregar um saco pesado às costas com o intuito de penitenciar-se, tal testemunho humano terrível marcou o já desesperado Lutero que em sua angústia de escrúpulos e legalismo extremados não deixou de legar a sua marca indelével na Teologia em uma antropologia teológica marcada por algo genuinamente cristão que é o drama do homem unir-se a Deus, apesar de seus pecados, apesar de suas tentações. O Cristo mesmo, Deus e homem sem divisão, ainda que sem mistura, provou de tal drama ao ser tentado em tudo como nós, homens, ainda que Ele não tivesse pecado (Hebreus 4, 15), porque o pecado é algo que desumaniza o homem, contudo o Cristo impacientava-se por conviver com os homens relapsos sem fé de Sua época a deixarem o pecado e o mal neles dominar (São Mateus 17, 17; São Marcos 9, 17-19) e o próprio Cristo no jardim das aflições do Getsêmani, jardim que como todo jardim pode ser uma forma de santuário para um diálogo privado da criatura com o seu Criador, queria  o Cristo que Lhe fosse afastado de Si o cálice (São Lucas 22, 42) amargo de dor de dar a Sua vida por nós todos, homens, àquela época inimigos (Romanos 5, 6-8) Seus, frios, indiferentes, malignos vendidos às trevas. Jesus Cristo Senhor nosso e por isso o nosso Salvador, como o revela Martinho Lutero em seu Catecismo Maior, pois o Cristo é um Senhor sui generis, pois que tem domínio, contudo pela espécie contrária (sub contraria specie), não na dominação comum dos senhores e reis deste mundo, ao contrário, pelo serviço, serviço ao homem, sua mera criatura, a lavar os pés dos homens e querendo que nós lavemos os pés uns dos outros (São João 13, 14), sirvamos, em tudo amando e servindo até ao ponto de nossas vidas serem eucarísticas, isto é, de doação até a morte, se preciso for, por amor a Deus e por amor aos homens, da mesma maneira tal qual gostaríamos que dessem a vida por nós em nossas necessidades que podem ser as mais agudas. Também no protestantismo, meu caro amigo leitor, eu noto como a Igreja Católica teria uma visão para mim claramente equivocada de graça, pois que a graça tal qual expõe essa igreja deixa de ser um favor imerecido para ser uma dívida de Deus para com o homem, o que desnatura o que seja a graça (Romanos 11, 5). É bem conhecido o que a teologia católica diz da graça que Deus dá mais graça ao homem que esforça-se em fazer boas obras, entretanto, onde aí há a graça se na verdade parece que Deus está é endividando-se para com o homem? 

 

Bom, por enquanto é isso, meu excelente amigo, o que eu gostaria de a ti endereçar, sendo que já aqui despedindo-me de ti eu não poderia deixar de mencionar quanto à minha inclinação para a esquerda política, porquanto tu sabes o quanto o status quo, hoje, vigente no mundo transforma Deus e o homem em serviçais do capital que busca a acumulação e a circulação hoje no fetiche usurário do dinheiro a ser empregado quando é lembrada lá na ponta como meio das necessidades dos homens serem supridas, mas que na verdade o capital, o dinheiro, tornou-se o centro da relação do homem com Deus e dos homens entre eles mesmos sem qualquer correspondência com a necessária partilha, solidariedade e o suprir das necessidades do homem que é quem trabalha até a morte para por em circulação tal capital.

 

Um abraço, meu amigo.

domingo, 3 de janeiro de 2021

O aborto legal e a irrelevância do cristianismo

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Resumo: Bem ou mal a esquerda consegue atuar de maneira eficaz, ainda que pela defesa da morte, na sociedade.


Muitas pessoas contrárias ao aborto legal são membros de uma classe média pequeno-burguesa perfeitamente hipócrita que não faz nada pelas crianças e nem por suas famílias empobrecidas, mas que são uma gente que no máximo cria os seus cães poodle que gostam de desfilar com elas nas ruas das grandes capitais do mundo. São uma gente que se vai à Missa é apenas em batizados, casamentos e em missas de quinze anos, depois nunca mais são vistas na Igreja. As crianças que não são abortadas vivem vidas miseráveis em lixões, sem saúde e educação, sendo acolhidas pelo tráfico de drogas ou o que é pior pelo tráfico espiritual de pastores evangélicos caça-níqueis. Um tal cristianismo católico ou evangélico assim é irrelevante e a esquerda com todo o seu ateísmo, apostasia e materialismo, bem ou mal, apesar da defesa do homicídio dos nascituros, com a defesa do aborto legal acaba fazendo muito mais e de forma eficaz pela pobreza do que gente totalmente alienada em um catolicismo não praticante ou em um protestantismo evangélico capitalista selvagem ganancioso e lucrativo de curral eleitoral de pastores normalmente acusados de lavagem de dinheiro.

Teologia ou ideologia?

 Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Resumo: Uma reflexão minha sobre o que seja a Teologia que é um estudo a serviço da verdade e não do poder sem nenhum pudor.


Se Deus me permitir, no final deste ano da graça de 2021 eu hei de ingressar no curso de Teologia da Faculdade Católica de Belém (Facbel) que é ligada à Arquidiocese de minha cidade de Belém, a capital do Estado do Pará.


Eu gostaria de refletir, aqui, caro amigo leitor, sobre se a Teologia pode confundir-se à uma ideologia que é a falsa consciência, o vestido transparente de ideias que inutilmente cobre o ridículo rei nu que quer o poder total, entretanto, não consegue ter poder nem sobre si mesmo para evitar o ridículo de estar nu e que para isso faz uso de meras narrativas, discursos falsamente brilhantes a fim de manter-se no poder. Depois de anos interessado em Filosofia que é uma ciência que começou em seus primórdios como uma crítica à religião estabelecida, isto é, como um movimento que se poderia dizer iluminista por ser crítico ao fazer uso da razão humana a fim de se entender o mundo e não usar do recurso ao divino ou da mágica, diriam os ateus caluniosamente; depois desse tempo todo de humanismo e laicidade próprios da Filosofia eu voltei-me para o estudo da ciência sagrada. Bom, mas a ciência do Sagrado não precisa ser de forma alguma algo que não seja um exame crítico, ainda que atrelado ao que Deus revelou que não é discutido, assim como o filósofo e o cientista, respectivamente, não discutem o fundamental que é a razão e as suas pesquisas empíricas de laboratório. A Teologia não precisa ser ideologia, um mero discurso para manter-se no poder uma casta sacerdotal corrupta e ignóbil, contudo a Teologia como um falar a partir de Deus, diria o grande Karl Barth, é a Teologia o entendimento racional do conteúdo do que seja o Sagrado que é tudo o que é separado para o serviço divino, para que a Deus seja dada toda honra e glória.


No caso da Teologia em sentido estrito que é o estudo do cristianismo, eu acho interessante as conclusões teológicas fecundas que há na liberdade, apesar das divisões, do protestantismo. Ideias fecundas e interessantes como a luterana da justificação do homem somente pela fé ou o calvinismo com sua teologia da expiação em que o Senhor Jesus Cristo teria morrido somente pelos eleitos. No catolicismo a questão da obediência ao clero e a manutenção da unidade eclesial podem calar ou ao menos obliterar a intuição ou dedução do que seja a verdade teológica, mas tudo bem, é evidente que para nós, católicos, o Espírito Santo que é fundamental para o teólogo e para os cristãos, em geral, age de maneira privilegiada e infalível no Santo Padre, o Papa, porque ele detém as chaves. Contudo, dizendo com Galileu Galilei que a Terra se move, de fato, ela se move e o próprio Galilei que fora condenado em sua época, hoje a Igreja Católica mesma reconhece o erro que cometeu contra o pensamento.


Os teólogos devem afirmar e reafirmar a Teologia como Teologia, jamais ideologia. A Teologia como um dizer algo acerca de Deus, a partir de Deus, tendo o Espírito Santo como guia, e, sim, para nós, católicos, o Papa é o porta-voz privilegiado do Espírito Santo, por isso o doce Cristo aqui na terra que é o Papa jamais em nome da unidade que pressupõe a verdade que é o Cristo manso e humilde de coração quererá à força, logo, com violência e orgulho forçar nos estudos teológicos e também para os simples fiéis o que seja a mentira que tem pernas curtas, mais cedo ou mais tarde cairá.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Por um ano de 2021 no confessionário

 Autoria: João Emiliano Martins Neto

 


Resumo: Minha mensagem de feliz ano novo de 2021 reconciliados com Deus.


Quero desejar um feliz ano da graça de 2021 a todos os meus leitores e a todas as pessoas de boa vontade com idas mais frequentes ao confessionário para reconciliarem-se com Deus. Que nós todos não fiquemos muito tempo longe do sacramento da penitência mesmo que por causa de pecados leves, mas que não deixemos de cortar de nós qualquer raiz de amargura fruto da revolta do homem decaído pelo pecado contra o seu Criador.


Mesmo que os pecados sejam leves procuremos o sacramento da penitência, porque os pecados leves, como dizia Santo Agostinho, devem fazer-nos estremecer diante da montanha que lá frente eles se tornam em pecados verdadeiramente graves.


Abraços a todos!

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