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O que um filósofo estuda? | Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho   " Um filósofo não estuda autores e textos. Estuda problemas, estuda a realidade, estuda a existência e seus enigmas...

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Filosofia

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Gilles Deleuze

Resumo: Uma reflexão minha sobre o que seja a Filosofia questionando a visão que o filósofo francês, Gilles Deleuze, tinha da mesma.


Há pelo menos umas duas, quase três semanas eu venho consultando na internet, no site de vídeos YouTube, sobre a questão da natureza da Filosofia, o que seria a Filosofia. Bom, e algo que chama-me a atenção é que a Filosofia tem sido para alguns como uma fábrica, criação de conceitos sobre o mundo, por meio da linguagem criativa dos filósofos, isso baseado na opinião de Gilles Deleuze, filósofo francês do século XX que cometeu suicídio, aliás, o que parece ser sintomático da loucura pretensamente criativa, como se Criador legitimamente não fosse somente Deus, de tal homem, sobre o que seja a atividade filosófica. Muito bem, se é assim, logo, a Filosofia não é um desvelamento do mundo, como até onde eu sei que é o que compreendiam os gregos antigos clássicos. O mundo é como que inventado pelos filósofos, desde Deleuze, segundo o pouco que eu soube da filosofia dele, em um jogo de palavras, cujo significado ou conceito é forjado pelos filósofos, da mesma forma que não se poderia chamar, mesmo que soe grosseiro, de promiscuidade, putaria, sem-vergonhice ou suruba, com toda razão, o tal "relacionamento aberto", vivido e denominado por alguns muito criativos na linguagem, porque não apontariam mais as palavras, e até mesmo com muita dureza, para fatos reais do mundo. Até a época do referido filósofo francês, em Filosofia apenas se queria buscar, assim eu entendo que pensava Deleuze sobre a Filosofia, por meio das palavras que constituem os conceitos, retirar o véu que encobria a verdade sobre o mundo, a sabedoria acerca do mundo.


Ok, baseado nisso, uma questão como o tal relacionamento aberto, que se for heterossexual, há de mais cedo ou mais tarde gerar filhos em pelo menos um dos componentes do sexo feminino do trio ou do quarteto ou poderia ser também um quinteto em relacionamento mais liberal. E como fica a questão das leis de concubinato ou de união estável dos países, pois hoje o que seja família não é mais a união fixa entre um só homem com uma só sua mulher mais a prole de ambos, mas alargou-se até mesmo, em muitos países ocidentais, para a união civil entre pessoas do mesmo sexo? O trio, quarteto ou até mesmo quinteto, da mesma forma ocorre com os homossexuais, há de depois de um tempo juntos formar uma união estável diante da lei positivada, então, como fica? Talvez por isso mesmo Gilles Deleuze, segundo o que eu entendo como consequência da filosofia dele, teria achado que era melhor cometer suicídio, pois que antevendo a confusão em que estava metido em sua criatividade filosófica psicótica.


Eu, modestamente, entendo a Filosofia e com uma pegada teológica, pois eu sou cristão, na forma de uma atividade que é definida simplesmente como amizade à sabedoria, que é a verdade sobre o mundo, seria a Filosofia para mim um obedecer à lei de Cristo, que sendo a verdade e o caminho e a vida, Cristo como Deus que é, portanto, é a sabedoria encarnada, pois sábio apenas seriam os deuses, diria Pitágoras de Samos, e o homem que ama tal sabedoria, é tal qual diz a Bíblia Sagrada, é o homem que obedece à tal lei. Por conseguinte, o filósofo legítimo é o cristão fiel que obedece em tudo à lei de Cristo.

 

Risperidona


Eu não teria dúvidas de dizer que hoje para quem queira saber do que se trata a Filosofia, e em face da influência louca de um Gilles Deleuze, essa pessoa deveria ser cristã fiel e como tal como que espiritualmente tomar o risperidona que é o santo remedinho controlado que eu tomo todos os dias, ao ingressar no cristianismo para que seja tal ingresso um à maneira de um antipsicótico contra a demência que seria a ideia de Deleuze que aliás o levou ao próprio suicídio...


Só uma última informação, eu entendo a Filosofia com uma pegada teológica, porque coisas como verdade e sabedoria, buscar o sentido e o que seja o ser eu julgo ser razoavelmente impossível ao homem que do presente sabe quando muito durante sua curta vida um milionésimo sobre a verdade do mundo, do passado consegue apenas devassar, acredito eu, apenas um milionésimo da penumbra que encobre o passado e muitas vezes os doutos homens não conseguem prever nada do futuro, vivem em uma vida arriscada se não confiarem nos grandes homens inspirados que Deus deu ao mundo como Jesus Cristo, Moisés, Isaías, Jeremias, o Buda ou um profeta Maomé.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Coragem para combater o bom combate

 Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Fotografia do recibo da intenção modificada para a Santa Missa de hoje

Resumo: Sobre a questão da coragem para o combate cristão, uma reflexão minha baseada em um fato que ocorreu-me, hoje, dia 19 de outubro do ano da graça de 2020, em que fui proibido de colocar como intenção para a Santa Missa de hoje em benefício de um certo tipo específico de pessoas.


São Paulo, em sua segunda carta a São Timóteo, na Bíblia Sagrada, diz que combateu o bom combate, terminou a carreira, guardou a fé (2 Timóteo 4, 7), ele certamente lutou pelos motivos justos e corretos, pois que conforme um lúcido discernimento do que seja o bem e a verdade, seguido e premiado por uma reta e tranquila consciência e com a liberdade justa e honesta de quem optou por servir o sumo bem e a verdade maior, que é também, caminho e vida que é Jesus Cristo (São João 14, 6), que é Deus que é digno que o homem lhe dê o assentimento da fé, a simples fé que é a raiz de toda a justificação (Catecismo Maior de São Pio X, capítulo X, questão 219), a fé que opera pelo amor (Gálatas 5, 6).


Assim como São Paulo, o grande, bem-aventurado e glorioso Apóstolo, devem seguir os cristãos praticantes na única e verdadeira Igreja de Cristo que subsiste na Santa Igreja Católica Romana mesmo que em face de temas espinhosos a exemplo da homossexualidade. Hoje, em uma paróquia que fica no centro de minha cidade de Belém, a capital do Estado do Pará, a Paróquia de Santo Antônio de Lisboa eu percebi, ao meu ver, uma certa fraqueza das pessoas ali, em particular do pároco, as quais não aceitaram que eu incluísse como intenção da Santa Missa de hoje, dia 19 de outubro de 2020, uma intenção de oração pela conversão e santificação dos homossexuais. No lugar eu deixei como intenção rezar pela pureza e castidade da humanidade, visto que é evidente que toda a humanidade e não só os homossexuais, é chamada à pureza por uma no limite e em alguns casos castidade absoluta, a fim de ser bem-aventurada, porque bem-aventurados, disse Jesus Cristo, são os puros, porque verão a Deus (São Mateus 5, 8). Na melhor das hipóteses, pelo contrário, a recusa pode ter sido um certo discernimento da parte do pároco em não se querer destacar um tipo de pecado muito específico de uma minoria de pessoas, talvez a fim de não estigmatizar certas pessoas, poucas, que são tentadas a um pecado como o da homossexualidade que a poucos atinge e certamente esmaga as pessoas homossexuais comprometendo-lhes gravemente a consciência por ser um grave pecado a homossexualidade, uma depravação grave, daqueles pecados que clamam aos céus pedindo a vingança de Deus (Catecismo Maior de São Pio X, capítulo VI, questão 963), e interessa a poucos.


Tudo bem, mas é interessante que as pessoas homossexuais não foram esquecidas, por exemplo, no mais recente Catecismo da Igreja Católica, o de 1992, do Papa São João Paulo II, pois que antes simplesmente os homossexuais eu acho que eram apenas deformidades e assim reduzidas eram a pelo menos um desprezo tácito dado descerem tão baixo por causa do mal que praticam. Ou nós, homossexuais, porque eu também sou homossexual, ainda que não mais praticante de atos homossexuais, graças a Deus, porque eu procuro ser um católico praticante e fiel, não sem graves dificuldades e com inúmeras recaídas dada a seriedade que é a questão homossexual. A questão é que é obra de misericórdia espiritual o rezar pelos vivos e pelos mortos e o advertir os pecadores e pecadores, grandes pecadores, como os homossexuais praticantes devem ser advertidos e convidados a se converterem e se santificarem, isso é fato e foi essa a minha intenção ao colocar como intenção da Santa Missa de hoje pela conversão e santificação deles. Mas, tudo bem, não permitiram, talvez por fraqueza, talvez por um justo discernimento de não se especificar como que tão discriminatoriamente um certo tipo de pecador? Eu não sei, mas eu só sei que tais pessoas homossexuais são merecedoras de oração e advertência de estarem indo rumo ao abismo do inferno, as pessoas que vivem no pecado mortal que é a homossexualidade.


Talvez esteja faltando mais coragem para a Igreja Católica atual de se posicionar com liberdade, fielmente e com coragem diante do que é objetivamente mau que é o caso da homossexualidade onde no mínimo a função principal e talvez única do sexo que é a reprodutiva fica tolhida na relação homossexual. É evidente que a vontade convidada por uma bem informada, lúcida e clara inteligência sobre o bem e o mal, a verdade ou a falsidade acerca de cada assunto do mundo pode dar a coragem de mover uma tal consciência bem iluminada e livre a fim de combater o que é de fato o mal que esteja a formar objetivamente tumores malignos nas almas dos homens ou a destruir fisicamente os seus corpos, porque são muitos os casos de AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis no meio homossexual. Oremos para que os cristãos tenham tal luz em suas mentes, e com isso formem uma vontade com força e coragem.

domingo, 18 de outubro de 2020

O segredo do que seja o mundo

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

No túmulo de São Francisco, o Papa assina a sua nova encíclica "Fratelli tutti"

Resumo: Como entender o mundo? Quais as qualidades do homem que o tornam poroso para deixar-se penetrar pela verdade do que seja o mundo e comento um pouquinho também sobre a nova encíclica de Sua Santidade Francisco, Fratelli Tutti, em que a vida em sociedade para o homem é um mundo de irmãos e eu coloco no meu artigo que se segue como uma chave para compreender o mundo.


A abertura honesta e humilde ao que seja a verdade e o bem é a forma que eu vejo como capaz de fazer o homem desvendar o segredo do que seja o mundo. No Brasil, atual, em que surgiu uma seita política de direita que sataniza o seu adversário de esquerda como se fosse a encarnação de todo o mal, não levando-se em conta que o próprio cristianismo que a atual direita diz defender um dia não tenha sido novidade no mundo, sobretudo e até hoje para os judeus que certamente veem o cristianismo como um judaísmo liberal e progressista sem as amarras das tradições e costumes (São Marcos 7, 1-13) dos fariseus que até hoje influenciam os judeus. Ou se a esquerda é a encarnação de todo o mal, os poderosos, hipócritas aduladores que não ousam abertamente exercer a crítica, opressores e ricos terão para sempre os seus privilégios assegurados, visto que seria em si mesma má a defesa de rupturas, do novo e do moderno. Estamos diante de uma direita, sobretudo a direita, muito burra com seus lugares comuns e negacionista da realidade. Eu vejo como muito interessante a nova encíclica de autoria do Santo Padre, o Papa Francisco, a Fratelli tutti, que eu já dei uma folheada, como um documento, em continuidade com o espírito e intenção do Sacrossanto Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), em particular com a declaração Nostra Aetate, que ainda não li inteira, mas que algo de seu entendimento eu consigo perceber, e vindo tal entendimento dos ataques burros, cegos, que a direita lhe lança. Eu percebo que há uma intenção e entendimento na Santa Igreja Católica de o catolicismo, ao menos desde o Santo Vaticano II, não ser uma mera seita de seres fanáticos, impenetráveis ao entendimento: cabeças duras, ou no limite gente impenetrável ao Espírito Santo, e por que também não dizer uma gente que possa estar precisando tomar talvez tomar algum antidepressivo, fazerem uma boa caminhada ou adicionarem mais café à própria dieta, a fim de dar-lhes mais bom ânimo. Ou que, enfim, que sejam cristãos, de fato, confiem e pratiquem o que disse o Cristo para que os seus continuadores tivessem coragem, pois Ele mesmo venceu o mundo (São João 16, 33). Pelo que eu já li da nova encíclica do Santíssimo Padre, há o arrazoado, ali, de que o homem tende à uma fraternidade e à união, por exemplo no campo cotidiano social, complementaria eu, em que todos os homens com uma reta consciência, porque formada pelo que de fato sabem e segundo o que de fato ignoram, seja tal homem um cristão ou um muçulmano ou judeu ou mesmo um ateu, tenderiam os homens de boa vontade a serem todos irmãos.


Por direito, a verdade e o bem de maneira integral, o porta-voz da verdade é o cristianismo que se encontra persistindo, subsistindo na Santa Igreja Católica Apostólica Romana, porque a Igreja Santíssima Católica é o corpo do próprio Deus (Jesus Cristo), que é a Sua Cabeça (Colossenses 1, 18). Mas, todo homem inteligente, honesto, humilde e são é capaz de desde a sua realidade concreta ser como que poroso para deixar-se penetrar pela verdade, percebida com liberdade justa e honesta, é capaz o homem do discernimento lúcido e com coragem de perceber o que seja o segredo do que seja o mundo, a verdade, cuja suma é Deus que é onde se encontra em grau máximo a verdade, o bem e a beleza que se fez homem em Jesus Cristo, segundo o que crê e ensina a Igreja. A todo homem desperto em qualquer cultura e tempo, a verdade, o bem e o belo, qualidades inerentes na natureza, o mundo como que proclama-lhe a sua verdade a todo homem verdadeiramente de boa fé. Fala ao homem bom e de bem tais qualidades e conforme do que até o ponto em que eu li a Fratelli Tutti, o mundo dos homens é o mundo de irmãos e acrescento eu, pois ainda estou no começo de minha leitura da referida encíclica, é proclamada a verdade sobre tudo o que há a todo homem desperto, verdadeiramente e com justiça livre e que abdica do temor servil aos ídolos.


Os conservadores e tradicionalistas quererão da Santa Igreja e do Papa uma visão farisaica e legalista, sectária, da verdade, do bem e da beleza impenetrável ao diálogo e ao entendimento que presidem um mundo de homens, de fato, e de irmãos que é a vocação humana social, política e conforme o que se entende com inerente ao que seja o Estado e é a vocação mesma do próprio Deus trinitário cristão que não é solidão, mas é comunhão e família, bem diferente de hierarquizações estanques, duras, cheias de soberba, incompreensivas, fascistas e unitárias tal qual querem os mais conservadores em graus maiores ou menores.


Finalmente, eu acho muito interessante, inspirando-me na encíclica do Papa, o segredo do que seja o mundo na forma de um progressivo autoconhecimento em cada homem, em todas as culturas e ao longo do tempo do homem a respeito de si próprio, então, ele passa a conhecer o mundo, a cuidar do seu mundo, a Casa Comum, à maneira de um mundo de irmãos e o homem conhece assim a Deus, ou os "deuses", tal qual dizia a antiga inscrição no templo de Delfos, referindo-se à época ao politeísmo, auxiliado poderosamente e definitivamente pela luz como que do sol: única em luminosidade para devassar toda a penumbra do passado e do presente e a preparar o futuro que vem através da Revelação divina cuja plenitude ocorreu em Jesus Cristo, consoante o que crê e ensina a Santa Igreja Católica.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

A nobreza cristã ou para além do "cristianismo" dos brasileiros

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Resumo: Reflito a necessidade de uma Fé cristã e católica romana verdadeira, não só feita de sentimentos, ainda que sinceros, aqui neste artigo sobre a época de quadra nazarena em Belém, a capital do Estado do Pará, que ocorre após a procissão do Círio de Nazaré em que nós, belenenses, celebramos a Virgem de Nazaré.

 

Neste ano do Senhor de 2020, no dia 11 de outubro, mas sempre no segundo domingo de outubro de cada ano, até os próximos quinze dias teremos a chamada quadra nazarena aqui na cidade de Belém que fica no Estado do Pará, Brasil, onde nasci e resido, que é quando a Igreja Católica da capital paraense celebrará a Virgem de Nazaré, cujo início de tal quadra é marcado pela festa do Círio. Bom, então sobre isso eu gostaria de refletir o que é nobre e convém ao cristão que neste tempo forte de quadra, devemos, nós, cristãos e católicos, lembrarmo-nos, para darmos pelo menos um passo além do "cristianismo" próprio dos brasileiros que é um "cristianismo", seja católico ou protestante (neopentecostal), muito superficial ou de fogo de palha, porque mais de sentimentos ou de sensações do que um cristianismo vivido com fé, de fato, porque se a fé opera pelo amor (Gálatas 5, 6), logo, vivido na prática com genuíno amor a Deus sobre todas as coisas, isto é, obedecendo-Lhe os Seus mandamentos (São João 14, 21) e por isso com genuíno amor e respeito ao próximo como a nós mesmos (São Marcos 12, 30, 31).

 

A nobreza cristã de um povo, o que convém a tal povo enquanto cristão, membro vivo e atuante do corpo de Cristo que é a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, a glória de tal povo que se diga cristão, é o que é a glória de Cristo, que é a cruz, o sofrimento, causado pelo pecado, a morte e o mal que chegou ao mundo desde o pecado de todos nós, homens, com Adão (1 Coríntios 15, 22), nosso pai primordial, que enlouqueceu o mundo (Gênesis 3, 17). O que é nobre, segundo o cristianismo verdadeiro que é o católico romano é o servir e não ser servido, mesmo que seja um sofrimento de cruz, que é o mais humilhante, o de experimentar as próprias misérias e negando-se a si mesmo, expiar os próprios pecados, como Cristo que paradoxalmente renegou a Sua inocência e Sua glória divina, - enquanto nós, homens pecadores, não somos nada inocentes e nem temos glória por nós mesmos - daí chegar à vida, à glória da ressurreição, um dia, tal qual o Cristo também ressuscitou não sem antes padecer e morrer vergonhosamente a punição que a nós cabia a fim de salvar-nos. Porque é como está escrito que todo aquele que se exalta será humilhado, assim como todo aquele que se humilha será exaltado (São Mateus 23, 12).

 

Em tudo amar e servir, como dizem os jesuítas, está o que é nobre, aristocrático, é o melhor, é o que distingue o cristão, em sua humilhação, serviço a Deus e aos seus semelhantes, ainda que em um extremo isto lhe custe o derramamento do seu próprio sangue, sangue seu derramado por seus próprios irmãos, mas ele, tal povo, deverá pedir o perdão divino aos seus próprios algozes, como fez Jesus Cristo (São Lucas 23, 34) ou como fez um Santo Estevão (Atos dos Apóstolos 7, 60). Tal pessoa nobre cristã e como um todo tal povo em sua nobreza cristã "levará desaforo para casa", coisa que o brasileiro culturalmente detesta em sua comum imprudência, inconsciência e soberba. Deverá o nobre cristão e católico seguir perdoando, relevando as faltas e fraquezas do próximo, ajudando os pobres e miseráveis com esmolas ou bons conselhos que o purificarão mais do que o cumprimento de ritos (São Lucas 11, 41), rezando a todo o tempo e fazendo penitência por si mesmo, pelos seus familiares e pela vida do mundo todo. Eis um pouco da nobreza cristã para além de uma atitude como a do "cristianismo" dos brasileiros que é evidentemente algo, eu não digo que fingido, porque é sincero e eu acredito que pode mesmo justificar e salvar o brasileiro, porque é como admitia o Santíssimo Padre o Papa São Pio X de que a virtude da Fé, que é a raiz de toda a justificação (Catecismo Maior de São Pio X, questão 219). Contudo é evidente que o brasileiro salvar-se-á correndo um sério risco, pois o que seria o normal que é ele participar cotidianamente dos sacramentos, o brasileiro comum não o faz, logo, será uma salvação que ocorrerá como que a beira do precipício e como que por meio de chamas de quem nunca mais achegou-se aos sacramentos. Entretanto será uma salvação arriscada como que por meio de tal sentimento que se dá no coração do brasileiro quando da época de uma festa religiosa como a do Círio de Nazaré.

 

Da cruz, rude cruz de dor para a vida. Cruz, rude cruz que conduz à vida a todos aqueles que não se enganam com atalhos e ilusões em relação à verdade. Ainda que feridos, cansados, míopes e com os joelhos desconjuntados tenham que a cada dia seguir essa mesma verdade que é o Cristo (São João 14, 6) renegando-se a si mesmos (São Lucas 9, 23) a carregar após Ele e como Ele a sua devida cruz rumo à morte de cruz do velho homem desordenado e louco como o mundo ferido pelo pecado de Adão. Rude cruz do próprio egoísmo e vontades desordenadas, mas que conduz tal cruz e morte à vida. Eis a nobreza cristã o que é mais do que na época de festas como a do Círio de maneira fugaz chorar ao ouvir canções de gosto e conteúdo questionáveis de uma Fafá de Belém, Roberto Carlos ou padre Fábio de Melo ou fazer sacrifícios físicos extenuantes como participar da chamada "corda do Círio" e depois encher a cara de cerveja para compensar que é o em que basicamente consiste o "cristianismo" dos brasileiros, ou seja, um "cristianismo" de aparências, péssimas aparências: temerário, perigoso para não dizer raquítico e estéril.

domingo, 11 de outubro de 2020

Ave, Tu, Maria, cheia de Deus!

Autoria: João Emiliano Martins Neto
 
Cartaz do Círio de Nazaré deste ano de 2020
 
 
Resumo: Mensagem de minha autoria sobre o Círio de Nazaré deste ano de 2020, felicitando a ti, meu leitor, com uma reflexão sobre o tema do Círio deste ano que é a saudação angélica à Virgem e Sempre Virgem Maria que por tal saudação do anjo: "Ave, Maria, cheia de graça" foi nominada Maria como o revolucionário e novo começo para a humanidade.

Ave, Tu, Maria, a cheia de Deus! "Ave, Maria, cheia de graça", é o tema do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a nossa padroeira de nós, paraenses, deste ano de 2020. Ave, cheia de graça! Saudamos como o arcanjo São Gabriel (São Lucas 1, 28), À nossa Mãe Maria com um salve e A chamamos de cheia do favor de Deus, confiante e muito operante em tal favor. Salve, Maria, a plena de Deus, plena de amor. Maria, plena da Verdade, plena de Deus, de luz, de sabedoria, de amor, plena da suma verdade, bem e beleza que é personificada em Deus. Plena é Maria de Deus que opera tudo em todos (1 Coríntios 12, 6), mas em Maria Senhora Nossa tal presença de Deus é maior do que em todas as outras criaturas, sendo Maria a maior das criaturas, por isso é Ela a panhagía, a Toda Santa, a Imaculada Conceição.

Ave, Maria, cheia de graça é a saudação do anjo São Gabriel à Maria quando da anunciação de que Ela conceberia virginal e miraculosamente o eterno Verbo divino, a segunda pessoa da Santíssima Trindade (São Lucas 1, 35), porque São Gabriel viu em Maria um tal favor de Deus que lhe excedia a ele, anjo, mesmo sendo Gabriel uma gloriosa criatura angélica muito acima ontologicamente do que o melhor dos homens, inclusive incomensuravelmente acima de Maria, de fato, conforme a natureza. Mas, a graça aperfeiçoa a natureza, dá-lhe o acabamento e coroa-lhe de uma forma luminosa muitíssimo acima do que a melhor condição natural seja mineral, animal, humana ou angélica à maneira daquela coroa de doze estrelas (Apocalipse 12, 1) que coroavam a Divina Theotókos, cujo refugir é o da graça e não o da natureza, segundo a visão de São João no livro do Apocalipse.

O "sim" único de Maria a Deus, diferentemente e muito acima em importância a qualquer outra criatura humana que já houvera existido antes e depois de Maria, tal "sim" mudou, revolucionou a História ao ocasionar a humanização do Verbo trazendo com tal anuência à proposta de Deus o próprio Deus para habitar entre nós, o Verbo divino a verdadeira luz que vindo ao mundo ilumina a todo homem (São João 1, 9). Cristo Jesus, o outrora Deus feito homem sem divisão em sua natureza humano-divina que nos nossos dias mais esclarecidos pelo tempo, pois a verdade é filha do tempo, diria Santo Tomás de Aquino, em nossos dias o homem querendo ser Deus, pois o homem tem a sua sede atemporal e supra-cultural pela transcendência de busca da verdade como o são de forma muitíssimo inteligente os marxistas em sua disposição de verem o mundo sem preconceitos o que resulta na consciência bem aprimorada neles com relação ao social bem concreto que vê o homem bem na prática cotidiana deste mundo explorado por uma classe como a burguesa que tem por Deus o dinheiro, e é o homem imagem e semelhança de Criador (Gênesis 1, 26). Cristo lembrou, "sois deuses" (São João 10, 34). Também dissera o salmista que somos, nós, homens, deuses, pois somos filhos do Altíssimo (Salmo 81, 6) e a partir do cristianismo somos partícipes da natureza divina (2 Pedro 1, 4), porque em tudo isso Deus comunica-se com os homens que são tão inteligentes e livres quanto o próprio Deus. Em nossos dias, por isso tudo, o Sagrado Concílio Vaticano II, na pessoa do Papa São Paulo VI, bem viu que o homem que se fez homem, em Cristo, e o homem que quer ser Deus é claro que se dariam muito bem em sua aspiração de esclarecimento, liberdade justa de consciência e dignidade propriamente humana.

Ave, Maria, cheia de graça foi a saudação para a segunda Eva, para Maria Senhora Nossa, o novo começo para a humanidade, sendo Maria a primeira criatura e matriz da nova humanidade, gerada e parida por Maria no batismo. Maria tão imaculada quanto Eva. Maria que deu-nos por seu ventre a Jesus Cristo, o novo Adão (Romanos 5, 14; 1 Coríntios 15, 22), o primogênito entre uma multidão de irmãos (Romanos 8, 29) para fazer de nós, homens, filhos de Deus, família de Deus mesmo que sejamos órfãos ou abandonados (Salmos 67, 6, 7) neste mundo, desde que tenhamos fé em Deus e por isso na prática muito amor no coração, pois a fé sem obras é morta (São Tiago 2, 17), escreveu São Tiago, e a fé opera, age, pelo amor (Gálatas 5, 6) ainda que obra alguma que o homem faça chegue sequer aos pés do que fez Jesus, pois somente é o nome d'Ele debaixo do céu que pode os homens salvar (Atos 4, 12) mediante a fé por graça e somente pela graça, como hoje a Igreja Católica concorda com certos setores eminentes de irmãos separados protestantes. Somos salvos somente pela graça não por obras para que ninguém se glorie (Efésios 2, 8, 9) e é bom que nos lembremos como disse Isaías que "nossas boas ações são como roupa manchada" (Isaías 64, 6a).

Feliz Círio 2020 de Nossa Senhora de Nazaré, a cheia de graça, eu desejo a ti e à tua família, caro leitor sobretudo se tu fores meu leitor daqui de minha cidade de Belém, a capital do Estado do Pará. Feliz Círio com em teu coração o círio aceso da fé, da esperança e do amor a irradiar a luz verdadeira pelo conhecimento da Palavra de Deus, pela participação no sacrifício eucarístico, mas sobretudo pela fé que é o princípio da justiça de Deus e da vida (Catecismo Maior de São Pio X, questão 219; Romanos 1, 17). Para ti que tiveres fé em particular fé na Palavra de Deus a Palavra será um facho para os teus passos e luz para o teu caminho (Salmo 118, 105) e de todo o mundo. Não te esqueças, meu leitor, de antes da festa do Círio acenderes esta chama de uma vela maravilhosa como a do círio, se a mesma foi apagada por algum pecado grave teu, acenda-a através de uma boa confissão sacramental que tu faças a um sacerdote e no dia da grande festa do Círio, dia 11 de outubro de 2020, fujas dos excessos na comida e na bebida que ocorrem no chamado tradicional almoço do Círio. Amém.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Deus

 Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Resumo: Uma reflexão sobre Deus que é algo fruto do homem maduro, que reflete, e para quem nada meramente relativo deste mundo é um ídolo ou é um absoluto.


A quem é livre para refletir, pensar melhor e mais, duas, três, quantas vezes for preciso. Ouvir mais e falar menos diante de muitos mestres e conselheiros e nos dias modernos de hoje ouvir ao seu próprio eu, também, que de tudo duvida, tudo que podem ser meros entraves ilegítimos autoritários externos, para se deparar consigo mesmo concretamente e existente, porque pensa na sua consciência crítica, porque capaz de discernir não aceitando facilmente meras coerções externas de instituições e pessoas que podem ser irrefletidas ou imaturas elas mesmas repetidoras como máquinas de costumes antigos. A quem queira realmente saber, saborear muitas coisas que há no mundo, a fim de saber qual o melhor vinho ou alimento que melhor no espelho de sua alma, de seu eu crítico consciente de si, reflita o que seja a verdade sobre o mundo. A todo aquele que quer ter o direito de pelo menos perguntar, mas também que suporte que a pergunta sobre as suas reais intenções seja arguida, conforme ensina a sabedoria judaica, porque o judeu costuma perguntar alguma coisa a quem lhe faz uma pergunta, Jesus Cristo fazia o mesmo (São Marcos 11, 27-30), e Ele era judeu. A todo aquele, então, que não teme perguntar e nem está diante de alguém que se ofende diante de uma mera pergunta.


A tal pessoa, o mundo, a natureza, é algo transparente, nada de natural ou criado é-lhe um ídolo ou um absoluto, a tal pessoa a ideia de Deus é-lhe evidente. A tal pessoa, certamente, a fim de prová-la, muitos quererão ser deuses e senhores neste mundo, mas ela reconhecerá que Deus é só um. Contudo é bom lembrar que o Santíssimo Padre o Papa São Paulo VI em seu discurso de encerramento do sacrossanto Sínodo Vaticano II (1962-1965) não viu o Deus que se fez homem em Jesus Cristo a condenar o homem que quer ser Deus que é o homem nosso moderno ou contemporâneo, pois eu veria aí em tal ausência de condenação a sede do homem moderno por sua justa e honesta liberdade como a liberdade de consciência e o reclamo do homem nosso irmão atual em busca de sua dignidade humana no que poderia estar por séculos de farisaísmo a reduzir-lhe à obediência não permitindo-lhe instruir-se e iluminar-se livremente pela reflexão. Deus é o Eterno, que revelou-se trino e uno, a Santíssima Trindade. Deus revelou-se o Salvador em Jesus Cristo, porque o homem não poderia ter paz e intimidade com a Verdade, a Sabedoria que é Deus, por si mesmo, mas mediante a fé no Cristo (Romanos 5, 1). Deus é invisível, está para além da linguagem, nomes e imagens que se lhe possa retratar, ainda que para surpreender Ele próprio retratou-se como homem, tornou-se imagem de filho de homem, revelou-se Deus através de Seu Filho Jesus, a imagem exata do ser de Deus (Hebreus 1, 3), a expressão exata de Seu ser e em forma de um homem: Jesus Cristo, restituindo, por isso mesmo, em cada homem comum a sua imagem divina e vocação espiritual de ser um só com Deus. Deus é mais, é transcendente, é muito mais, está além do que se possa pensar, imaginar e desejar como melhor meramente espelhado neste mundo, já que o homem, imagem a quem Deus tomou para si, é para o céu e do céu: é para Deus e de Deus.

 

O SENHOR Deus está além deste mundo e da natureza. Deus é a ideia madura do homem experimentado na limitação e precariedade deste mundo, então, o homem busca o Eterno, o imortal, Deus, que sempre esteve aí e além e sempre estará ao contrário das criaturas que não podem penetrar o passado inteiro ao ponto de devassar-lhe a sua penumbra e nem é imortal a criatura para tudo saber o que virá para frente, no futuro, porque um dia a criatura morre e no dia seguinte à sua morte ou no instante seguinte à sua morte e nos tempos que virão após a sua morte nada mais saberá tal criatura. Deus é, então, a Sabedoria e o único sábio. Nós, homens, somos apenas filósofos, estudantes na escola da Verdade, com maior ou menor seriedade.


Deus, o grandioso, magnífico, o dominador, mas que em Jesus Cristo veio servir o homem e não ser servido (São Mateus 20, 28). Deus é a sabedoria mesma, o sumo bem, suma beleza e suma verdade que é tudo em todos, como diz a Bíblia Santíssima (1 Coríntios 15, 28); e que sendo a Trindade, tal Deus, é comunhão e não solidão. Sendo comunhão quis Deus que em Sua comunidade, a Igreja Sagrada, cujo cabeça de tal comunidade é Ele, o Cristo, quis Deus que houvesse na mesma Seu comunismo cristão onde todos tivessem tudo em comum e a cada um fosse dado segundo a necessidade de cada um (Atos dos Apóstolos 2, 44, 45) e não houvesse como eu vejo em minha Arquidiocese de Belém (capital do Estado do Pará) pessoas na porta de suntuosos templos católicos a pedirem o pão, com fome, e sem quase nenhum dente na boca...

 

Deus, enfim, como a própria Verdade e Sabedoria, poderá ferir o homem inclinado, seduzido como é para o erro. Poderá doer tal açoite, mas é bom tal açoite vindo como é d'Aquele que é a mais alta e reta aspiração do homem e dos anjos que são as únicas criaturas conscientes do mundo. O homem deverá alegremente, com divina paciência e resignação vender tudo o que tem para adquirir para sempre o tesouro escondido que encontrou no campo (São Mateus 13, 44) e desfrutar do bem maior que é Deus. Amém.

sábado, 3 de outubro de 2020

A paciência - uma virtude da Igreja pós-conciliar

 Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Ao fundo o santo Sínodo Vaticano II (1962-1965) e na frente os papas do Sínodo: São Paulo VI e São João XXIII

Resumo: Uma reflexão minha sobre a paciência em quem quer que não seja um louco ou burro da direita atual, além de um grande pecador excomungado e por isso não esteja fora do mundo, fora da realidade e fora da Santa Igreja Católica pós-conciliar, pós-Vaticano II.

 

Ontem, dia 02 de outubro de 2020, conversando com um amigo protestante e mais uma vez veio-me aquela impaciência fruto da seita tetraplégica mental extremista de direita religiosa e política que é a internet, atual. Eu rápido condenei como do diabo a comunidade eclesial protestante do meu amigo... Logo depois fui à Santa Missa da festa dos anjos da guarda e no ato penitencial pedi perdão a Deus pela minha impaciência, pois diz a Bíblia Sagrada nas palavras de São Paulo aos coríntios de que o amor é paciente (1 Coríntios 13, 4a) e o cristão deve ser só um com o amor que é o próprio Deus (1 São João 4, 16b), o Cristo que humanamente, como somos homens, entregou-se pacientemente à morte, à suma injustiça de pagar pelos pecados de outrem. Cristo, Ele com o Pai e o Espírito Santo o único ofendido pelos pecados dos tais, a humanidade, nós, todos, homens.


Eu penso que a paciência é uma virtude que deve ser exercitada na Santa Igreja Católica Romana renovada no sacrossanto Concílio Ecumênico Vaticano II, porque o próprio Papa São João XXIII em sua sabedoria e ensino dizia que se vai mais longe sem o chicote e tal santo Sínodo Ecumênico dos anos 1960 do século XX foi uma forma de estabelecer um diálogo - e é evidente que quem dialoga é paciente: ouve mais e fala menos - com o homem moderno. Foi estabelecido um novo humanismo e um culto ao homem, pois o mesmo Deus em Jesus Cristo fez-se homem, sem divisão em sua natureza humano-divina. Como não ver aí um culto em Cristo e da parte primeiramente de Cristo, de Deus, ao homem, pois o Cristo é Deus humanizado? Cristo, Deus e homem ainda que sem mistura de criatura com o Criador. E o magno Papa do Concílio, São Paulo VI, disse - ele mesmo disse que houve um culto ao homem no Vaticano II no discurso de encerramento de tal Sínodo santo - ao encerrar esse Sagrado Sínodo que não houve nenhuma condenação do Deus que se fez homem em Cristo contra o homem que quer ser Deus que é o homem moderno que é o homem, segundo o pouco que eu entendo de modernidade, é o homem maduro, já que a verdade é filha do tempo, diria Santo Tomás de Aquino, porque é o homem avançado de nossa época livre em sua consciência emancipada do que podem ser meras instituições externas à liberdade, à intimidade, à coisa concreta que é o indivíduo e à dignidade humana do seu eu que se percebe como algo real, porque pensa, porque duvida, não sendo um mero objeto inerte e joguete do mundo, tal qual, aliás, é inerte e joguete tudo o mais que há no mundo com exceção do digníssimo homem.

 

Quem não é da nova direita que há no Brasil e no mundo, atuais, que é uma direita burra, cabeça de jumento com orelhas bem grandes a relinchar bem alto. Quem não está fora da Igreja Católica renovada no santíssimo Vaticano II, por isso não está fora do mundo, fora do real que exercite a cristianíssima virtude da paciência, e ouça mais, dialogue mais e fale menos ao tratar com seu irmão. Pois, onde está verdadeiramente o homem, o homem com honestidade, boa fé, livre com sua humana dignidade íntegra em sua consciência também livre se ele não é nenhum drogado, bêbado, criança ou doente mental em pleno surto e se ele tem boa vontade, está em busca da verdade e do bem, aí estará Deus. O Deus feito homem sem qualquer divisão em tal união histórica que houve em Jesus Cristo que soube também desgarrar-se em vista da integridade de Sua consciência das amarras do sistema político e religioso contaminados de Sua época. Que nós saibamos que se é em vista da liberdade honesta, dignidade e respeito justos ao homem, aí haverá o amor: Deus, a sabedoria, e se há o amor, há paciência, a verdade não se perde e nem o bem. Amém.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Homossexualidade e universalidade do desejo e da afetividade

Autoria: João Emiliano Martins Neto

 

Resumo: Neste artigo eu sugiro uma abordagem legitimamente humana acerca da homossexualidade, logo, universal. A homossexualidade é algo, de fato, humano, visto que no reino dos animais o que preside ali é o puro acaso dos impulsos instintivos.


Eu penso que uma forma interessante de se abordar a homossexualidade é partindo de uma noção de universalidade. No caso eu refiro-me à uma abordagem quanto à universalidade do desejo e da afetividade humana. A homossexualidade se distingue humanamente pelo desejo e afetividade que uma alma humana tem por uma pessoa de seu mesmo sexo. Tirando isso, que aliás por si mesmo é evidente que é grave já que é a própria inversão do mundo, há uma universalidade no desejo e no afeto propriamente humanos que unem heterossexuais e homossexuais. Apaixonar-se por alguém do mesmo sexo ou por alguém do sexo oposto ou sentir-se atraído por uma pessoa do mesmo sexo ou do sexo oposto é idêntico em heterossexuais e homossexuais onerando em ambos os casos o homem em um vínculo que pode causar muita dor se não é correspondido ou se é fortemente impedido que é o que ocorre na homossexualidade. Então, é por aí que eu penso que seria interessante abordar a questão homossexual sem parecer que está se falando de um grupo muito seleto, um gueto, muito restrito e até mesmo esquisito, como quer dizer a palavra em inglês para homossexual, o queer.


A questão homossexual é humana, pois ao contrário do que dizem os grupos mais sectários do movimento gay, os animais agem por puro instinto e se coabitam com o mesmo sexo é apenas por uma questão de disputa por território, por disputa pelas fêmeas de tal território ou por outra injunção própria do impulso instintivo das bestas. No homem a quem propriamente se fala de homossexualidade entra o que distingue o homem que é a razão, o órgão, por assim dizer, da busca da verdade que é a busca do saber acerca da totalidade do que seja o mundo ou nos tempos modernos atuais pode ser a verdade uma atitude ou prática cuja máxima moral seja universal. Claro que fica tal órgão, por assim dizer, de busca do que seja a verdade muito deprimido pela absurdidade que é a prática homoerótica, pois com toda a força do que é evidente e óbvio o órgão excretor que é o ânus não foi feito para ser penetrado por um pênis ou duas vaginas a esfregarem-se, que é o que ocorre no lesbianismo, não tem sentido algum. Mas, de todo o jeito, a razão preside e conforma a afetividade homossexual da forma humana que é tal prática e que acaba dando uma dignidade legitimamente humana mesmo a algo tal qual a homossexualidade que rebaixa moralmente a humanidade ao ponto de afastá-la de seu próprio Criador ou de que a prática homossexual não se conforma à uma máxima moral universal, visto que a homossexualidade é coisa sempre de uma minoria no mundo.


Há, por fim, homossexualidade apenas no reino dos homens, a homossexualidade é uma questão humana ainda que a homossexualidade seja algo de trágico por desvincular os homens que a tal prática se entregam da verdade cuja raiz é teológica, encontra-se em Deus que desde tempos imemoriais e em todos os povos sempre inspirou os homens na sua melhor forma histórica a rejeitá-la. E no nosso tempo mesmo herdeiro da modernidade, não é digno do homem em todos os tempos e lugares estar desvinculado das máximas morais da religião que no caso do cristianismo a prática homossexual vem a afastar da mesma.

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